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Rio de Janeiro e os seus cenários expostos na Biblioteca Nacional

Muita emoção, surpresas e reencontros marcam a exposição “Rio Cidade-paisagem”, um convite para turistas e moradores conhecerem as diversas faces dessa cidade maravilhosa.

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN/Minc) oferece, até o dia 05 de agosto, a exposição “Rio cidade-paisagem”, uma celebração ao Rio de Janeiro. As transformações da cidade, como a abertura da Av. Rio Branco e o desmonte do Morro Castelo; as avançadas ideias de engenharia como o túnel rumo a ‘Nitheroy’, idealizado no século XIX, e os diversos aterros modificando o visual, prometem emocionar moradores antigos, novos e turistas de todas as nacionalidades. "O Rio de Janeiro não é uma cidade como as outras. Somos vistos como a 'capital ecológica' do planeta. Temos, por exemplo, as duas maiores florestas urbanas do mundo: a Floresta da Pedra Branca e a Floresta da Tijuca. É um privilégio viver no Rio", diz o economista Sergio Besserman Vianna, um dos três curadores da exposição.

Para o presidente da FBN, Galeno Amorim, a exposição reforça a qualidade do acervo da Biblioteca Nacional. “São mais de 120 itens escolhidos entre outras centenas de obras que contam em detalhes a história do Rio. É um orgulho ver o delicado trabalho feito pelos profissionais da casa e os curadores para mostrar como a natureza privilegiou este ponto do mundo e como o homem se integrou à ela”. A Baía de Guanabara, a Floresta da Tijuca e outros locais da cidade estarão retratados na exposição, que conta com também com reportagens, músicas e outras obras. “Vamos levar o visitante a fazer um passeio pela cidade e uma viagem no tempo, para entender as transformações que mudaram a cidade através dos anos”, completa o presidente.

E entre tantas imagens e histórias, músicas sobre a cidade e os seus bairros criam o clima de nostalgia, assim como os trechos de documentários. E como citado por Besserman, a curadora Ana Luiza Nobre aponta como destaque documentos que retratam a preocupação precoce da cidade com o meio ambiente: “são peças como mapas que mostram quais espécies de árvore foram plantadas na Floresta da Tijuca e a minuta de um decreto de 1817 sobre a preservação de mananciais e cursos d’água”. Propostas de arrasamento do Morro do Castelo feitas ainda no século XIX (a obra só foi realizada na década de 1930) e a mais antiga imagem da cidade no acervo da BN (uma ilustração da Baía de Guanabara que consta em “Duas viagens ao Brasil”, de Hans Stadden – livro de 1557) são outros trunfos da exposição destacados pela curadora.

Já o curador Joaquim Marçal de Andrade, outro dos responsáveis pelas obras expostas, foca sua atenção na homenagem aos fotógrafos que retrataram a história da cidade. “Nosso painel de abertura contará com uma imagem feita nos anos 1960 por Raul Lima, que fez belas fotos do Rio e estará presente na abertura da exposição”, revela. Além disso, Joaquim conta que jornais de subúrbio e músicas relacionadas aos diversos bairros da cidade são partes imperdíveis da exposição.

Ao fim do percurso, um local será reservado para que grupos escolares possam debater com os monitores e desenvolver atividades educativas relacionadas à exposição. A ideia do espaço é estimular a reflexão crítica e levar jovens e adultos a produzir frases e desenhos que respondam à pergunta: “Que Rio queremos?”

O evento acontece em um momento mais do que especial. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) traz à cidade um grande número de pessoas, que terão assim a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os pontos turísticos e a história do Rio de Janeiro.

O evento é fruto de um esforço conjunto de levantamento documental por parte de todas as áreas de acervo do Centro de Referência e Difusão da FBN e conta com o apoio e a participação de servidores das áreas de preservação e restauro, de reprodução documental e de editoração.

"Os curadores fizeram um trabalho belíssimo, pois a exposição transmite carinho e cuidado pela história do Rio e dos cariocas. É um mosaico alegre e colorido à altura da Cidade Maravilhosa. A 'Rio Cidade-Paisagem' é um presente da Biblioteca Nacional para os visitantes que estão chegando à cidade. Ela estimula um sentimento de cidadania e de respeito ao meio-ambiente que tem tudo a ver com a Conferência", finaliza o presidente Galeno Amorim se referindo a Rio + 20.

Rio cidade-paisagem, de 12 de junho a 05 de agosto -A exposição é uma homenagem a Cidade Maravilhosa, sede de grandes eventos internacionais como a conferência Rio +20 e os Jogos Olímpicos 2016. Ela apresenta um eixo histórico com cerca de 150 peças de gêneros distintos pertencentes ao acervo da Biblioteca Nacional. A Baía de Guanabara, mapas e plantas das fortalezas, projetos viários nunca realizados, antigos planos urbanísticos e impactantes vistas panorâmicas, em gravuras e fotografias, estão entre os documentos expostos. A Floresta da Tijuca e seu entorno, com base em rica documentação manuscrita, e também o Parque Estadual da Pedra Branca e a Serra do Mendanha, juntamente com o morro do Castelo e o seu desmonte compõem o terceiro módulo da mostra. A região litorânea da Glória, Flamengo e Botafogo, que sofreu muitos aterros, também merece atenção na exposição, assim como a zona norte da cidade e a região suburbana, através de plantas, gravuras, periódicos, partituras e fotografias. Finalizando, a exposição aborda a orla da zona sul e da zona oeste, desde o período das primeiras iniciativas visando a sua integração à vida na cidade, até os dias atuais. Músicas e trechos de documentários sobre a cidade compõe a exposição.

.[Espaço Cultural Eliseu Visconti (Rua México, s/nº - Centro – Rio de Janeiro – RJ), acesso pelos jardins da Biblioteca Nacional.Terças a sextas, das 10h às 18h, sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h.Entrada franca].

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