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21/06/2012 - 12:11

Economista ensina as melhores estratégias para negociar dívidas

A facilidade de pagamento que as lojas oferecem, o pagamento do valor mínimo nas faturas de cartão de crédito e o excesso de compras podem resultar em grandes dívidas para o consumidor, já que muitos acabam perdendo o controle e não conseguem liquidar os débitos. Pensando nesta parcela da população, que só no mês de maio subiu 4,32% de endividados, o economista e professor de finanças, Richard Rytenband, explica alguns dos métodos que as credoras disponibilizam para a negociação.

Negociar uma dívida, seja no cartão de crédito, comércio ou outro tipo de instituição financeira, é sempre um bom negócio para ambos. Pois esta negociação permite que o devedor pague menos juros e aumenta as chances da empresa receber o valor devido.

No momento atual, com as taxas de juros em queda, podemos considerar este período como o ideal para exigir melhores condições na hora da negociação. Uma forma eficiente são as empresas que oferecem renegociação coletiva, que reúnem uma série de devedores do mesmo credor e renegociam todas as dívidas em uma única proposta. As empresas são especializadas e cobram um percentual do valor que conseguiram economizar na dívida.

Infelizmente, muitos acreditam que depois de cinco anos, a dívida não negociada e não paga, "caduca", o que não é verdade, o nome do devedor apenas sai da lista das empresas de análise de crédito, mas o consumidor ainda terá restrições com as credoras.

Então, para evitar problemas como estes, o primeiro passo é ter consciência financeira e saber que a partir do momento que se negocia uma dívida, será preciso arcar com o valor mensalmente, para que a negociação não seja em vão. "Não adianta aceitar uma proposta que não poderá ser cumprida, mesmo que o credor no primeiro momento insista que não tem como facilitar mais. O credor tem todo interesse em receber, lembre-se disso", alerta o economista.

Liste todas as dívidas que possui, priorize sempre as com a maior taxa de juros para evitar o efeito bola de neve, que começa a crescer de forma descontrolada e torna-se impagável. "Dependendo do tamanho da sua dívida, venda algum bem material, assim, será possível pagar ou amortizar parte da dívida, sem se enforcar cada vez mais".

No caso de cartões de crédito existem formas que auxiliam na hora de quitar os débitos, muitas instituições aceitam a portabilidade da dívida oferecendo melhores condições do que o credor original, "outra solução, é ao entrar em contato com a central de atendimento do cartão, peça para falar diretamente com o setor de cobranças. Normalmente o atendente faz uma primeira proposta e esta não é a mais vantajosa".

As credoras oferecem muitas formas de negociação, muitas dívidas podem ser reduzidas em até 50%, além de ser refinanciadas com juros mais baixos e com uma boa condição de pagamento para cada devedor. "E não esqueça de solicitar o CET (Custo Efetivo Total) da dívida, que mostrar os juros, as taxas e impostos que serão cobrados. O fornecimento desta informação é obrigatório por lei" - conclui Rytenband.

.Por: Richard Rytenband, Economista pela PUC-SP e especialista em investimentos e métodos quantitativos pela FGV. Richard é autodidata em diversas áreas, como teologia, antropologia, filosofia e psicologia experimental. Possui certificações do mercado financeiro da Ancor, Anbima CPA-20, todas da BM&F e CNPI-P da Apimec. www.timos.com.br e www.infoprobrasil.com.br.

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