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22/06/2012 - 09:38

Autoridades definem Computação em Nuvem


Reges Bronzatti, presidente da Assespro-RS

Evento da Assespro-RS debateu os aspectos jurídicos, econômicos e de regulamentação.

É consenso que vivemos momento de revolução tecnológica que se refletirá na economia como um todo. Para esclarecer dúvidas e discutir os melhores caminhos a seguir, a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Regional Rio Grande do Sul (Assespro-RS) realizou, com patrocínio da Microsoft, na manhã da última quinta-feira, 14, o Seminário Cloud Computing. O presidente regional da entidade abriu o encontro destacando o momento de quebrar paradigmas, no qual se deve refletir as possibilidades capazes de agregar economia e maior agilidade às empresas. Com Cloud Computing, o acesso será facilitado e universal. “Uma pequena empresa que hoje, tem dificuldades de conhecimento e de recursos econômicos para comprar computadores e implantar uma rede de dados interna, agora pode ter acesso, por exemplo, a sofisticados sistemas de gestão baseados em pagamentos mensais, como se fosse consumo de eletricidade e/ou água”, afirmou Reges Bronzatti, presidente da Assespro-RS.

Palestra de Raimundo Costa -O diretor nacional de Tecnologia para o setor público da Microsoft Brasil, Raimundo Costa, apresentou a palestra ‘Computação em Nuvem no Brasil: Aspectos econômicos e regulatórios’. Costa destacou o grande aproveitamento de estrutura utilizada em computação em nuvem, alcançando 65%. Para ele, o grande desafio está na segurança: “O Cloud Computing já existe, já está na vida de todos quando, por exemplo, utilizamos e-mail. Mas quando se trata de serviço, a preocupação com segurança e privacidade aumenta”, disse Costa. A necessidade de haver diferenciação entre os dados também foi destacada. “Lei de acesso à informação estabelece que os dados podem ser classificados dependendo do nível do funcionário ou autoridade. Aqui se começa a ter uma definição do que pode ir para nuvem pública e o que é privado. Quem pode ter acesso a determinada informação? E como vou me certificar disso?”, apontou o diretor da Microsoft Brasil.

Raimundo Costa, diretor nacional de Tecnologia para o setor público da Microsoft Brasil

Painel com autoridades -O painel para discussão da computação em nuvem teve como mediadora a jornalista de economia, Denise Nunes. Os participantes foram: o assessor da presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Ademir Piccoli; o diretor técnico da Procergs, Lino Kieling; o CIO da CEEE, Luís Carlos Niedersberg; o diretor técnico da Procempa, Zilmino Tartari; Professor Dr. Tiago Ferreto, da PUCRS e Jorge Krug, presidente da autoridade certificadora do Estado do Rio Grande do Sul (ACRS) da Superintendência de Segurança de TI do Banrisul.

A legislação, novamente citada como um dos entraves do tema veio à tona: “Quando é feita um licitação, por exemplo, normalmente não irão questionar onde estão os dados. Podem estar no Brasil ou alocados em qualquer outro lugar. E não há uma legislação que regulamente isso”, disse o CIO da CEEE, Luís Carlos Niedersberg. A lentidão legal também foi citada por Jorge Krug: “O processo legal no Brasil é muito lento. Carecemos da regulamentação”, destacou o gestor do Banrisul.

O posicionamento das entidades frente a esse novo modelo também se destacou. Ademir Piccoli, comentou a realidade vivida Tribunal de Justiça do Estado. “Não há utilização e pode vir a ser um diferencial para o futuro para facilitar e agilizar o sistema. A realidade é uma dependência onde cada tribunal investe milhões em soluções. Com um novo modelo, o processo pode ser facilitado”, disse. Representando a Procergs, Lino Kieling citou as realizações já em funcionamento. “O modelo de nota fiscal eletrônica é em nuvem e a Procergs é contingência nacional. Já estamos integrando os dados das áreas de segurança do Estado, pois como sede da Copa de 2014, Porto Alegre precisa estar preparada, e a integração dos dados é fundamental para uma cidade mais segura”, destacou Kieling.

Outro ponto questionado durante o painel é a mudança que a computação em nuvem trará ao mercado de trabalho e o papel da universidade na formação desses profissionais. Professor Dr. Tiago Ferreto apontou que existem carreiras distintas. “O profissional da infraestrutura não perde espaço, mesmo com a mudança de modelo. Cada um tem suas tarefas. Pode soar engraçado, mas, em meio a tanta discussão quanto a computação em nuvem, o números de interessados em trabalhar em infraestrutura está aumentando”, finalizou Ferreto.

Assespro-RS -A Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação Regional RS (Assespro-RS), foi fundada em 1979, com o objetivo de representar em nível nacional o setor de informática do Rio Grande do Sul. A entidade contribui para o fortalecimento de todas as empresas de tecnologia, regidas sob as leis brasileiras, e a representação institucional dos seus interesses junto às autoridades públicas e outros organismos, nacionais e estrangeiros. Além de promover parcerias entre filiados, realiza encontros para debate de temas de interesse das empresas associadas, estabelece rumos, zela pela difusão e prática da conduta ética nas relações de mercado, e perante a sociedade, desenvolve programas de fomento e apoio à atividade. A Assespro-RS promove ainda programas de benefícios de todos os segmentos que representa, sendo eles: Software, Hardware, Treinamento, Assessoria, Consultoria e Serviços de Informática. E para atingir tais objetivos, busca convênios, parcerias e projetos de operação em consórcio para serviços, treinamento, hardware e software. A instituição é engajada no Programa Nacional de Exportação de Software, Softex2000, que proporciona apoio para capacitação tecnológica e comercial em nível nacional e internacional das empresas associadas. [www.assespro-rs.org.br].

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