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22/06/2012 - 10:42

Apex-Brasil e BSCA assinam novo convênio do Projeto que promove as exportações brasileiras de cafés especiais

Valor exportado pelas empresas participantes do Projeto passou de US$ 8milhões, em 2008, para US$ 132 milhões, em 2011, um crescimento de 1650% no período.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) assinarão, no dia 21 de junho, em Três Pontas, Minas Gerais, o novo convênio do Projeto BrazilianSpecialty and Sustainable Coffees para o período de 2012 a 2014. Por meio do convênio, serão investidos, nos próximos dois anos, R$ 3,4 milhões em ações de promoção das exportações brasileiras de cafés especiais. O Projeto já conta com81 participantes, entre produtores, cooperativas e empresas.

O convênio será assinado durante o Seminário Apex-Brasil: Exportar é Inovar, que tem o objetivo de oferecer às empresas do setor informações sobre o trabalho de promoção de exportações realizado pela Apex-Brasil e sobre como os empresários podem ter acesso aos produtos e serviços oferecidos pela Agência.

O Projeto Brazilian Specialty and Sustainable Coffees tem como foco a promoção comercial do setor para o mercado externo. O objetivo é reforçar a imagem dos cafés brasileiros em todo o mundo e posicionar o Brasil como fornecedor de produto de alta qualidade com utilização de tecnologia de ponta decorrente de pesquisas realizadas no país. O Projeto visa,também, expor os processos exclusivos de certificação e rastreabilidade adotados na produção brasileira de cafés especiais, evidenciando sua responsabilidade socioambiental e incorporando vantagem competitiva aos produtos brasileiros.

Parceria-A parceria da Apex-Brasil com a BSCA começou em 2008 e, desde então, já foram realizados dois projetos, totalizando investimentos de mais de R$ 4milhões. A adesão cresceu bastante: passou-se de 27 empresas (quando foi assinado o primeiro convênio) para as atuais 81, com progressiva ampliação do escopo de atuação. Também houve aumento exponencial do valor das exportações das empresas participantes do Projeto, que passou de US$ 8 milhões, em 2008, para US$ 132milhões, em 2011, o que representa um crescimento de 1.650% no período.

Com vigência até o final de 2014, o Projeto tem os seguintes mercados-alvo: Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos,Finlândia, Itália, Japão, Reino Unido e Taiwan. Nesses países, serão realizadas ações estratégicas, como a participação em feiras e em outros eventos, incluindo os Projetos Carnaval e Fórmula Indy, da Apex-Brasil, além de parcerias com projetos setoriais de outros segmentos da economia brasileira.

“O investimento na promoção de cafés verdes especiais do Brasil fortalece a imagem do país como origem de cafés da mais alta qualidade e posiciona o produto brasileiro em novos patamares”, explica o diretor de Negócios da Apex-Brasil,Rogério Bellini. “Isso agrega valor aos produtos brasileiros, que passam a se destacar por qualidade e não por preço, gerando renda e competitividade para os produtores, as cooperativas e as empresas”.

Bellini enfatiza que a Apex-Brasil é parceira do agronegócio brasileiro. “Produzimos alimentos de qualidade para o mundo, com preços competitivos, com sustentabilidade e inovação. Essa é a imagem que queremos para o setor de cafés do Brasil”, diz.

Para o presidente da BSCA, Luiz Paulo Dias Pereira Filho, o Projeto Brazilian Specialty and Sustainable Coffees éde vital importância para os produtores brasileiros de cafés especiais e diferenciados. “Por meio do Projeto, consolidamos e ampliamos nossa participação em volume e receita em mercados tradicionais (como Japão, Estados Unidos e países da Europa) e, principalmente, introduzimos nossos cafés em novos nichos de mercado, como a Coreia do Sul e a China. É da China o comprador do lote vencedor do Cup of Excellence - Natural Late Harvest de 2011".

Cafés especiais e diferenciados -No mercado mundial dos cafés diferenciados,existem planilhas que são utilizadas para a avaliação sensorial e de qualidade gustativa da bebida. Os itens técnicos julgados por provadores e degustadores profissionais são aroma, uniformidade, xícara limpa, doçura, sabor, acidez,corpo, sabor remanescente, balanço e nota geral.

Com base nesses atributos, os cafés são julgados em uma escala de 0 (zero) a 100 pontos. Os que não atingem nota superior a 79 são considerados convencionais. Os cafés com nota de 80 a 84pontos são classificados como especiais, e os que obtêm notas superiores a 85pontos são cafés considerados raros, finíssimos, “presidenciais”, ou simplesmente gourmets.

Quem não é especialista também pode entender oque é um café especial ou gourmet,segundo a diretora executiva da BSCA, Vanusia Nogueira. “Esses produtos diferenciados são marcantes e podem ser identificados pelo aroma incomparável que deixam nos ambientes, em especial nos nossos lares, e pelo seu sabor peculiar no ato do consumo”, explica. “O café especial é uma bebida que pode ser degustada sem adição de açúcar ou adoçante e, ainda assim, a lembrança do gosto cria uma sensação de não querermos perdê-lo em nosso paladar”.

Exportações brasileiras de cafés diferenciados - A partir deste ano, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), entidade responsável pela compilação dos dados referentes aos embarques do produto feitos pelo país, passou a discriminar os cafés diferenciados em seus balanços mensais. A distinção entre esses tipos de cafés em relação aos cafés convencionais é feita com base em atributos informados pelo vendedor no ato do embarque, como "cafés lavados","orgânicos", "semilavados", "especiais gourmet", "certificados"e "bebidas moles".

No acumulado dos quatro primeiros meses de2012, as remessas ao exterior totalizaram 2,1 milhões de sacas de café diferenciado beneficiado de 60 kg, respondendo por 28% da exportação total dos cafés em grão e por 24,5% dos embarques totais (incluindo café torrado e moído,solúvel e extratos de café).

A receita obtida com a remessa dos cafés diferenciados ao exterior foi de US$ 658,4 milhões, ou US$ 312,78, em média,por saca de 60 kg. O valor é equivalente a 33% da receita obtida com a exportação de café em grãos e a 30% das exportações totais de cafés.

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