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28/06/2012 - 07:57

Minério de ferro – perspectivas do mercado e posicionamento do Brasil é tema de terceiro debate em São Paulo


No terceiro painel do Congresso Brasileiro do Aço e ExpoAço 2012, realizado pelo Instituto Aço Brasil, no dia 27 de junho (quarta-feira), foram debatidas as perspectivas do mercado e posicionamento do Brasil sobre o minério de ferro. O economista Paul Scott, do CRU Group, apresentou a conferência “Mercado Mundial de Minério de Ferro”. O painel teve coordenação do Presidente da Usiminas Julián Eguren, que assumiu o cargo no início deste ano. Em sua primeira participação no Congresso, Eguren ressaltou que o setor siderúrgico vive um momento de mudança de paradigmas, ressaltando que a produção própria de minério de ferro é uma premissa para a competitividade.

Paul Scott mostrou em sua apresentação os desenvolvimentos recentes no mercado mundial do minério de ferro. Destacou que os preços do insumo estavam deprimidos no primeiro trimestre deste ano, com uma queda de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Constatou que, como tendência mundial, mesmo a China – grande consumidor de aço, devido, principalmente, à intensa urbanização - sofreu perdas, a primeira desde 2000. Segundo Scott, a solução encontrada por eles foi usar matérias-primas mais baratas para a produção de metal fundido. O executivo previu que, nos próximos anos, as exportações da Austrália e Brasil vão aumentar. “O crescimento do Brasil só não será maior que o da Austrália por causa de alguns fatores, como projetos a serem concluídos, como a do porto, que está mais lento por causa de achados arqueológicos; e decisões do governo, como impostos sobre a exportação de minérios”.

O diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, chamou atenção para o fato de que, apesar de a China responder atualmente por 80% do que é consumido no mundo em minério de ferro, em termos de vencimento per capita, o país ainda não alcançou os Estados Unidos. De acordo com Martins, no que se refere ao consumo de aço acumulado nos últimos anos, a China ainda não tem os números do Brasil. “Não é só a China, o continente asiático como um todo é um grande consumidor. A oferta de consumo está na Ásia, onde está 70% da demanda”, disse. “Sobre o Brasil, ainda falta investimento em infraestrutura, que é o grande consumidor do setor”, completou.

Já Chequer Hanna Bou-Habib, diretor comercial da MMX, mostrou o projeto do Superporto Sudeste, no Rio de Janeiro, parte da Logística Integrada Única, que une minas, ferrovia e porto. O executivo chamou atenção para o fato de que minério de ferro é logística e que, por isso, o Brasil ainda tem dificuldades na produção e escoação, por conta da falta de infraestrutura. “Vamos produzir 29 milhões de toneladas por ano”, anunciou.

.[23ª edição do Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2012, de 26 a 28 de junho de 2012 (terça a quinta-feira) no Transamérica Expo Center, SP | Site: www.acobrasil.org.br/congresso2012 |.Organização: Instituto Aço Brasil ].

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