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04/07/2012 - 09:40

Setor vitivinícola brasileiro pode ter maior produtividade

O melhor desempenho econômico do País, o aumento do poder aquisitivo de muitos brasileiros e expectativa dos grandes eventos que deverão atrair um volume de turistas estrangeiros nunca visto por aqui, favorecendo o crescimento de muitos setores. Entre eles, o de vinhos.

De acordo com dados divulgados pelo programa Vinhos do Brasil, criado pelo Ibravin em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a área de produção vitivinícola no Brasil soma 83,7 mil hectares, divididos em seis regiões: Serra Gaúcha, Campanha, Serra do Sudeste e Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul; Planalto Catarinense, em Santa Catarina; e Vale do São Francisco, no Nordeste. São mais de 1,1 mil vinícolas espalhadas pelo país, a maioria instalada em pequenas propriedades, com média de dois hectares por família.

Ainda que o vinho estrangeiro continue sendo muito valorizado – e sempre o será, não há como negar que a indústria vitivinícola no Brasil evolui a passos largos. Já temos títulos premiados, marcas reconhecidas internacionalmente e vinhedos de estrutura cuidadosa surgem a cada dia, em pequenas e médias propriedades que já seguem os mesmos padrões de qualidade adotados nos melhores vinhedos do mundo. Empreendedores que têm investido forte em pesquisas geológica e climática, para produzirem uvas perfeitas quanto ao sabor, coloração, acidez, açucares e outros elementos tão importante para a produção de um bom vinho.

Notícias recentes também demonstram o empenho do setor em conquistar um maior número de consumidores no mercado interno. Há uma crescente participação dos produtores de vinho brasileiros em eventos de gastronomia, que querem estar aptos a atender com qualidade a demanda de um consumidor que vai se tornando mais exigente à medida que amplia suas opções de compra na gôndola. Temos ainda a perspectiva de um grande volume de turistas internacionais para os próximos anos, por conta dos grandes eventos esportivos.

Como qualquer processo produtivo, no entanto, a rigorosa atenção às perdas e uma gestão competente de cada etapa pode ser determinante do sucesso de um negócio. Quanto mais enxuta uma estrutura, maior sua necessidade de procedimentos que possam controlar a capacidade produtiva, a cadeia com fornecedores, administração de estoques e demais sistemas.

Bons exemplos e resultados efetivos -Na Europa, alguns vinhedos e produtores já descobriram o quanto é importante combater o desperdício em suas operações, para tornarem-se mais rentáveis. O Kaizen Institute Portugal, em parceria com consultores brasileiros do Kaizen Brasil, estão trabalhando na melhoria de processos do Aveleda, um dos maiores produtores de vinho portugueses, por exemplo.

Um programa é capaz de aumentar a eficiência nas linhas de produção de uma vinícola em até 20% e reduzir o excedente de estoques na ordem dos 30%. Além disso, o projeto também acaba por diminuir em 10% os consumos de energia, água e gás, contribuindo para a redução de custos e para a sustentabilidade ambiental da empresa neste segmento.

Brasil tem forte potencial nesse segmento -No Brasil, as perspectivas par o setor, neste ano de 2012, são bastante otimistas. No começo do ano, o governo anunciou medidas de proteção para conter as crescentes importações de vinho e, com a boa safra de uvas projetada pelos agricultores para este ano, tudo indica que o vinho nacional poderá conquistar bom espaço entre os consumidores dentro e for do país.

Com boa gestão e um programa que priorize a redução de perdas, o setor terá mais chances de vencer a competitividade externa e aproveitar o bom momento.

.Por: Ruy Cortez de Oliveira é CEO do Kaizen Institute Consulting Group – Brasil. [www.br.kaizen.com].

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