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O bê a bá do investimento

Com a chegada do décimo terceiro salário e a liberação dos últimos lotes da restituição do imposto de renda, as pessoas começam a se perguntar onde vale a pena investir seu dinheiro. Contudo, muitos descartam a possibilidade de investir em fundos, pois acreditam que não compensaria aplicar pequenos valores e com isso acabam deixando suas reservas esquecidas em uma poupança ou até mesmo na própria conta corrente.

Para clientes mais conservadores, que priorizam a segurança em seus investimentos, são indicados os fundos referenciados DI ou os fundos de curto prazo. Os referenciados apresentam no mínimo 95% de sua carteira aplicada em títulos públicos ou privados e tem por objetivo seguir o mais próximo possível as variações de um índice, normalmente da taxa CDI (média de valores emprestados entre os bancos todos os dias) ou SELIC (média de valores negociados dos títulos públicos). Quanto aos de curto prazo, são todos indexadas a CDI e SELIC. Outra opção também conservadora são os fundos de renda fixa. Estes apresentam uma rentabilidade pouco diferenciada dos de curto prazo e referenciados. A carteira é composta basicamente por títulos públicos federais, títulos privados e uma pequena porcentagem dividida entre ações, derivativos e CDBs.

Essas carteiras de investimento apresentam baixo risco de crédito, rentabilidade acima da média da poupança, sem carência, e com baixo valor de investimento inicial, variando de banco para banco, assim como sua taxa de administração (porcentual cobrado em cima da rentabilidade pela administração do fundo por parte do banco).

Para pessoas que buscam maior rentabilidade, com estilo mais arrojado (entenda-se aplicações com maior risco), os fundos de renda variável (multimercado, cambial e ações) são os mais indicados, principalmente num cenário econômico de queda lenta, mas constante da taxa de juros. Dependendo do banco, é possível aplicar nesses fundos com valor inicial de R$ 100.

Não podemos esquecer que os fundos de investimentos têm incidência de CPMF, imposto sobre operações financeiras (IOF) e imposto de renda. Há uma diferenciação na tabela do IR entre os fundos de curto prazo (aplicações até 365 dias), com a tributação variando entre 22,5% e 20%. Já nos fundos de longo prazo (acima de 365 dias), a tributação varia de 22,5% até 15%. Os fundos de ações são tributados sempre em 15%. O IOF incide nos resgates efetuados no período inferior a 30 dias. Quanto à CPMF, a cobrança é de 0,038% e incide no momento das aplicações.

Quando falamos em um fundo de investimento, vale lembrar que o risco sempre vai existir, pois por melhor que tenha sido seu planejamento é impossível prever as tendências do mercado. Nesse aspecto, ressaltamos os três riscos que incidem, sobre os fundos: crédito, liquidez e mercado, sendo que eles não existem isoladamente. Risco de crédito é a possibilidade do cedente do título não pagar ao comprador os juros prometidos. Risco de liquidez surge da dificuldade de se encontrar compradores de um determinado ativo num momento e preço desejado. E por fim, risco de mercado, é a possibilidade da desvalorização ou valorização de um ativo, devido a alterações políticas e econômicas, ou até mesmo, a situação individual, como por exemplo, a falência do Banco Santos.

Os caminhos para a escolha tanto do fundo quanto da instituição devem ser procurar instituições financeiras confiáveis com boa cotação no mercado, não confiar em empresas encontradas pela internet, não fazer aplicações por telefone ou caixas eletrônicos e sempre exigir do seu gerente termo de ciência e o prospecto do fundo. A maioria dos bancos mantém serviços para as dúvidas e, se ainda restarem questionamentos, não hesite em procurar um profissional credenciado à CVM – Comissão de Valores Mobiliários para planejar em conjunto o seu futuro financeiro. Boa sortte;

Por: Cláudio Boriola Consultor Financeiro, Conferencista, Especialista em Economia Doméstica e Direitos do Consumidor. Fundador e Presidente da Boriola Consultoria empresa criada há mais de doze anos. Autor dos livros Paz, Saúde e Crédito - Práticas de Negociação - De Um tostão a Um Milhão e do Projeto para inclusão da disciplina Edcucação Finandceira nas Escolas.

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