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05/07/2012 - 09:38

Light quer fechar R$2,7 bilhões em investimentos neste ciclo

São Paulo - A distribuidora de energia Light espera investir cerca de 2,7 bilhões de reais até o final do segundo ciclo para que este valor seja considerado na base de remuneração do terceiro ciclo de revisão tarifária, disse nesta quarta-feira o diretor financeiro da companhia, João Batista Zolini.

Segundo o executivo, "2,7 bilhões de reais é o total do investimento que estamos fazendo em todo o ciclo desde 2008 a 2012 em distribuição... claro que o melhor dos mundos seria ter os 2,7 bilhões somados na base", disse a jornalistas ao se referir à expectativa de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) considere todo esse investimento para calcular a tarifa do terceiro ciclo.

A Light passará pelo terceiro ciclo de revisão tarifária em novembro de 2013 e está se preparando há pelo menos dois anos para que todo o investimento realizado seja considerado pela Aneel na base de remuneração.

Entre as ações que estão sendo realizadas, a Light está treinando funcionários para a correta contabilização e lançamento dos dados referentes aos investimentos que estão sendo feitos.

Além disso, a empresa já está em contato com a Aneel, está realizando simulações sobre a base de remuneração a cada semestre, e fazendo a contabilização dos ativos por meio de georeferenciamento. A expectativa é de que o georeferenciamento seja concluído até dezembro desde ano.

A Light já investiu 2 bilhões de reais desde 2008 até agora, e pretende investir mais 700 milhões de reais até o final do ano. Segundo Zolini, para que o investimento possa ser considerado na base de remuneração do terceiro ciclo de revisão tarifária, devem ser concluídos até no máximo o início do ano que vem.

Resultados-A Light vai registrar queda nas despesas financeiras no resultado do segundo trimestre diante da redução da taxa de juros. Cerca de 72 por cento da dívida da empresa é ajustada pela CDI e Selic e 27,6 por cento por TJPL.

"Foi ótimo para nós e já impactou no segundo trimestre...Como a dívida não aumentou e o custo dela caiu, vamos ter uma redução na despesa financeira, na despesa de juros", disse Zolini.

A Light tem uma dívida total de cerca de 4,5 bilhões de reais.

O resultado do segundo trimestre, entretanto, ainda deve registrar aumento nas despesas com compra de energia diante da alta do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) no período.

Zolini disse ainda que o pagamento de dividendos complementares neste ano é uma possibilidade, embora nada tenha sido deliberado pelos acionistas nesse sentido ainda. "Se a gente está com um caixa bom, vamos ver até o final do ano, e aí pode ser pode ser deliberado um adicional em cima desse caixa... Tem que ter caixa e tem que ter lucro", disse.

Crescimento em geração -Até 2017, quando todos os projetos de geração nos quais a Light tem participação entrarem em operação, o segmento de geração de energia deverá ter uma participação de 40 por cento no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) do grupo, segundo Zolini.

Atualmente, 82,2 por cento do Ebitda do grupo Light vem do segmento de distribuição de energia e 16,9 por cento da área de geração.

"Essa é uma estratégia nossa de estar fortemente nos dois negócios. Nós vamos continuar investindo em distribuição, é o nosso negócio, mas nós queremos também estar mais fortemente na geração. A margem é melhor", disse.

Ele explicou no entanto que esses 40 por cento de participação no Ebitda não ficarão explícitos no resultado consolidado da empresa em 2017, já que as novas regras em IFRS não permitem que seja contabilizado nesse balanço consolidado os dados referentes aos ativos compartilhados com outras empresas.

A Light tem participação na usina hidrelétrica Belo Monte, nas pequenas centrais hidrelétricas Paracambi e Lajes, na hidrelétrica Itaocara, entre outros.

Ainda no segmento de geração, a Light tem volumes de energia que ficará descontratada para comercialização a partir de 2013.

Segundo Zolini, o preço médio de venda dessa energia ao mercado livre está em cerca de 135 reais por megawatt-hora(MW) em 2013, 148 reais por MWh em 2014 e sobe para a casa dos 150 reais por MWh nos anos seguintes. O preço médio de venda dessa energia quando foi contratada para o mercado regulado era de 75 reais por MWh.| Anna Flávia Rochas/Reuters.

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