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10/07/2012 - 08:09

O dragão como aliado


Na CIC, especialista no mercado chinês sugere que o país é um mercado de oportunidades para o Brasil.

Se queixar do avanço chinês é uma perda de tempo. É melhor os empresários concentrarem esforços para expandir as empresas e identificarem as oportunidades de negócios com a China. Este é o pensamento do CEO da ChinaInvest, empresa de consultoria especializada em negócios internacionais, Thomaz Machado. “A China é um mercado de oportunidade para o Brasil. É preciso ter conhecimento maior sobre o país para saber quem são os grandes players e como se aliar a eles”, ressaltou. O especialista no mercado chinês foi o palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), do dia 09 de julho (segunda-feira).

Com uma população sete vezes maior que a do Brasil, a China é um país de contrastes em franco desenvolvimento econômico. Assim como existem 800 milhões de pobres em busca de emprego, a taxa de consumo cresce 15% ao ano.

“Essa China de agora tem 30 anos”, informou Machado. Ele explicou que até 1979 a China vivia um sistema agrícola e rudimentar, sem tecnologia, infraestrutura e educação. Segundo ele, o “milagre” aconteceu com a abertura do mercado para investimentos de empresas estrangeiras. “A China ofereceu mão de obra e área em troca de tecnologia e treinamento”, esclareceu. Machado disse que 30 anos mais tarde, o país se tornou competitivo globalmente em função do desenvolvimento tecnológico, da produção em escala, da mão de obra, da capacidade de logística e dos baixos impostos.

Para Machado, o país consegue produzir e exportar com eficiência globalmente porque reúne três itens fundamentais: prazo, qualidade e preço.

O especialista evidenciou que a mão de obra barata não é a única razão de a China ser altamente competitiva, tendo em vista que em muitas empresas as despesas com salários chegam a 68% do custo dos produtos. “Existem produtos na China de alto valor agregado que não têm mercado no Brasil de tanta qualidade”, observou. Um exemplo que comprova esta realidade é a posição chinesa (2º lugar) no ranking mundial dos países que mais inventam patentes.

Conforme dados apresentados por ele, o país é o segundo do mundo com as maiores malhas ferroviárias e rodoviárias, possui 175 aeroportos e mais de dois mil portos. Na opinião dele, é preciso aprender com a China em muitos aspectos, incluindo infraestrutura e logística. “A China somente cresceu porque é uma ditadura. Os chineses não estão preocupados com eleições. Mas não precisa ser um sistema único de governo para uma obra ter início, meio e fim”, frisou.

Ilustrando a gravidade do problema de gestão pública do Brasil, o palestrante citou que a nação seria a terceira mais competitiva do mundo na venda de aço, não fossem os impostos. “O problema do Brasil é interno: é o custo Brasil”, afirmou. [www.cic-caxias.com.br].

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