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11/07/2012 - 08:24

Programa Bate Bola transforma vidas em São Paulo


Alex Roberto da Silva e Aparecido Carlos Batista, professores, destacam importância do programa

Crianças sem acesso a áreas de esporte e lazer aproveitam participação no programa para viver bons momentos e aprender sobre disciplina, empenho e superação de desafios.

O esporte transforma vidas. A frase é chavão, mas se aplica perfeitamente ao programa Bate Bola, desenvolvido desde o primeiro semestre de 2011 pela Inmed Brasil, em parceria com a empresa Kraft Foods, no Centro Educacional Dom Orione, da Paróquia Nossa Senhora Achiropita, no Bairro do Bixiga, em São Paulo. São atendidos 400 crianças e jovens, que moram nas proximidades da paróquia e na região Central de São Paulo. A maioria deles não tem acesso a áreas de lazer nem possui espaço em casa para atividades físicas. Estudam em escolas públicas e, no contra turno, participam do programa.

O Bate Bola funciona de segunda a sexta-feira em dois períodos atendendo alunos com idades entre 6 e 15 anos. Eles são divididos em grupos (por faixa etária e desenvolvimento físico) e recebem noções de iniciação em diversas modalidades esportivas (de esportes com ou sem bola, coletivos e individuais), além de participar de atividades lúdicas e recreativas.

Para muitas dessas crianças, o programa é o momento mais importante e divertido do dia. Bruno, de 11 anos, é um típico exemplo de uma história que se repete entre os participantes do Bate Bola. O pai faleceu quando ele ainda era pequeno. Vive com a mãe em uma quitinete na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, próxima à Achiropita. A mãe dele, Jucinalda, é ajudante de cozinha em uma cantina na Avenida Paulista e passa muitas horas fora de casa. "Ela trabalha demais! De quinta a domingo o movimento no restaurante é grande e não vejo minha mãe. Ainda bem que posso vir aqui."

No começo do programa, Bruno enfrentava problemas disciplinares. O convívio com os professores do Bate Bola e o bom comportamento exigido para a prática de esportes e participação em eventos e competições melhoraram a conduta do garoto. Inclusive na escola. "Até agora não tirei nenhuma nota vermelha na escola. Estou indo muito bem." Os bons resultados do programa também se refletiram nos esportes. "Faço parte da equipe de futebol do clube Sírio Libanês. Treino e jogo com eles aos sábados."

O professor do Bate Bola Aparecido Carlos Batista conhece bem a importância do programa para a garotada, além da esfera esportiva. "Cresci na periferia de São Paulo. Perdi meu pai com oito anos de idade. Tenho sete irmãos. Fui jogador de futebol e trabalhei como auxiliar de escritório e manobrista para conseguir pagar a faculdade de Educação Física. Hoje, além do trabalho no Bate Bola, sou professor do Clube Pinheiros. Sei o quanto essa garotada precisa de apoio e o quanto um programa esportivo como esse consegue ensina sobre disciplina, empenho e superação de desafios."

O estagiário Alex Roberto da Silva, que auxilia Batista, completa o raciocínio do colega professor: "Acho fantástico esse trabalho feito para crianças que não têm lazer, nem locais de vivência com o esporte. Além de divertir e ser bom par a saúde, o esporte educa, ajuda a pessoa a ter uma vida melhor."

Batista relata que no começo do programa, muitos garotos não se adaptaram ao desafio de aprender diversas modalidades esportivas. "Só queriam futebol. Mas com o tempo, aprenderam a gostar. Descobriram ter talento para outros esportes. Ao trabalhar atletismo, por exemplo, alguns alunos demonstraram excelente habilidade para o salto em altura. Nós elogiamos e a autoestima deles ficou nas alturas. Agora eles divertem com handebol, voleibol e até com queimada."

Cândida, de 11 anos de idade, demonstra ter assimilado o gosto por outros esportes além do futebol. Ela torce para o São Paulo Futebol Clube, mas quando é indagada sobre seus ídolos esportivos, responde rapidamente: a jogadora de volei Fernanda Garay e Duda Amorim, armadora da seleção brasileira de handebol.

Felipe, de oito anos de idade, explica o impacto do Bate Bola em seu cotidiano: "Moro numa casa muito velha e pequena. Parece casa abandonada. Tem um quarto, cozinha e banheiro, só. Dormimos juntos eu, minha mãe e meu padrasto. Minha mãe é copeira e me traz aqui pela manhã. Aqui tenho espaço para brincar e para me divertir. A atividade que mais gosto é jogar queimada. Mas meu sonho é ser jogador profissional de futebol."

Hércules, de 13 anos de idade, é um ótimo aluno e vive com os pais e a irmã em um apartamento pequeno, mas confortável na região da Bela Vista. "Gasto energia aqui no programa. Gosto muito daqui. Aprendi a jogar vôlei e handebol no Bate Bola. Mas sou melhor com os pés do que com as mãos." Hércules revela enorme consciência das dificuldades que alguns de seus colegas vivem. "Tem colega que não tem comida em casa, que os pais brigam... Tem gente que nem tem pai. Mas aqui a gente conversa, brinca e isso ajuda." O sonho do garoto é ser médico. "Quero ajudar os outros. Quando fizemos os exames de Hgb eu já sabia para que eles serviam. Também já sabia muitas das coisas que foram passadas na palestra sobre alimentação saudável. É que a minha mãe é enfermeira e ensinou para a gente muita coisa, como a importância de lavar bem as mãos. Mas muita gente daqui não sabia de nada e aprendeu muito."

Sobre o Bate Bola - Por meio de aulas de futebol, vôlei e atividades lúdicas ministradas no contra turno escolar, o programa promove inclusão social; melhora a saúde e a qualidade de vida de crianças e jovens participantes; além de promover oportunidades para surgimento de novos atletas.Outro objetivo é organizar e promover atividades físico-desportivas, visando desenvolvimento físico e social e melhoria da qualidade de vida das comunidades. O programa Bate Bola realiza avaliação postural inicial das crianças e jovens para garantir plena saúde na execução de atividades físicas, além de realizar exame de sangue (para identificar anemia) e promover palestras sobre higiene pessoal e alimentação saudável. Os participantes do programa constantemente participam de eventos esportivos, competitivos, lúdicos e gincanas.

A Inmed Brasil - É uma organização sem fins lucrativos, registrada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que trabalha há 17 anos no Brasil, promovendo a melhoria na qualidade de vida de crianças e suas comunidades por meio de vários programas nas áreas de saúde, educação e esporte. Cinco milhões de pessoas já foram beneficiadas pelos programas regionais da Inmed Brasil.

A Inmed Brasil faz parte de uma organização Internacional, a Inmed Partnerships for Children (Parcerias para Crianças).

Perfil - A Kraft Foods Brasil, subsidiária da Kraft Foods Global Brands LLC., é a primeira indústria de alimentos dos Estados Unidos e a segunda maior do mundo. Possui seis fábricas no Brasil, nos Estados de São Paulo, Paraná e Pernambuco. No País, a companhia emprega cerca de 11 mil funcionários e tem em seu portfólio marcas consagradas, como os chocolates Lacta, Bis, Sonho de Valsa e Diamante Negro, os biscoitos Club Social e Trakinas, os refrescos em pó Tang, Clight e Fresh, as sobremesas e o fermento em pó Royal, o cream cheese Philadelphia, além de Trident, Chiclets, Bubbaloo e Halls.

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