Fri-Ribe promove V Curso de Sanidade em Piscicultura

E destaca novas tecnologias para nutrição e saúde de espécies aquáticas. Encontro acontecerá de 18 a 20 de julho, no campus da Unesp/FCAV, Campus Jaboticabal (SP), e discutirá formas de garantir maior sanidade ao sistema de criação de peixes.

O desafio de garantir eficiência zootécnica e ao mesmo tempo segurança alimentar aos produtos oriundos da criação de espécies aquáticas tem sido um importante fator de motivação da pesquisa no campo da nutrição animal.

A V edição do Curso de Sanidade em Piscicultura, 18, 19 e 20 de julho, no Centro de Convenções da Unesp/FCAV, Campus Jaboticabal (SP), abordará assuntos relacionados ao melhoramento genético, a importância da qualidade da água para uma produção sustentável de peixes, boas práticas de produção e manejo, resultados práticos da vacinação, abate humanitário, logística e organização da cadeia produtiva. O encontro é uma parceria da equipe do Laboratório de Patologia de Organismos Aquáticos do Caunesp em parceria com a Fri-Ribe, empresa do grupo Nutreco.

Segundo Daniela Nomura, que atua no departamento técnico da FriRibe, o curso de sanidade já está integrado ao calendário da cadeia aquícola e todos os anos reúne mais de uma centena de técnicos, empresários, alunos da graduação e pós graduação. A zootecnista da FriRibe discorrerá sobre o conceito das dietas de saúde que tem a função de melhorar o sistema imune, a saúde intestinal, ter efeito antimicrobiano, aumentar a capacidade antioxidante e fortalecer a pele e escama dos peixes.

A Nutrição Ativa é um conceito inovador, baseado em sólidos resultados obtidos pela Nutreco na produção de peixes e crustáceos pelo mundo. Este conceito está incorporado nos alimentos FRI-ACQUA PROTEC, que são dietas especiais, cujo objetivo é proteger a biomassa em produção. “A Nutreco Fri-Ribe Nutrição Animal S.A. mais uma vez disponibiliza ao mercado inovação, por meio de tecnologias extremamente aplicáveis na nutrição de organismos aquáticos”, destaca Daniela Nomura.

Na ocasião o gerente técnico de aquicultura da FriRibe, Marcelo Toledo, discorrerá sobre a ferramenta de análise da produção para Tilápia, sistema denominado Gaiola x Gaiola, conceito que vem sendo adaptado com sucesso ao modelo de produção brasileiro e que parte da relação entre alimento fornecido, crescimento e conversão alimentar. “Apenas com alimento de manutenção não existe crescimento e a conversão alimentar é alta, ou seja, o alimento é utilizado apenas para manter o animal vivo”, destaca.

O aumento gradativo da quantidade de alimento disponibiliza nutrientes para o crescimento e consequentemente a conversão é mais baixa no ponto máximo de crescimento. Deste ponto em diante o alimento fornecido não resulta em crescimento e a conversão se eleva novamente, pois há desperdício de alimento.

Este conceito é muito importante porque a maioria dos produtores acredita que as variações entre o crescimento e conversão alimentar são devidas a causas ambientais ou biológicas, porém, na maioria das vezes, a quantidade de alimento ofertado diariamente tem impacto mais severo sobre a produção do que estes fatores.

Quando utilizamos a análise “Gaiola x Gaiola” e comparamos com o modelo de crescimento, podemos identificar e quantificar o quanto o manejo alimentar está aproximando os resultados obtidos no campo da taxa de crescimento específico (TCE) e conversão alimentar (CA) indicados pelo histórico de produção inserido no modelo. Desta forma conseguimos identificar quatro cenários básicos classificados em primários subalimentação, sobrealimentação, secundários: subcrescimento e sobrecrescimento, dentre outros cenários possíveis que permitem melhores recomendações de manejo alimentar.