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05/10/2007 - 11:50

R$ 4,1 bilhões: injeção das micro e pequenas empresas fluminenses, somente em julho de 2007


Diretor-superintendente do Sebrae regional, Sérgio Matal atribui tal fato a atuação direta dos prefeitos que estão com foco no desenvolvimento econômico através da criação de emprego e renda nos seus municípios. A exemplo de Cabo Frio que está empenhado em reduzir carga tributária para atrair novos investimentos

Faturamento (11,4%) e massa salarial (12%) cresceram dois dígitos em um ano, segundo sondagem de Sebrae/RJ e FGV; só em julho (2007), volume de negócios chegou a R$ 4,1 bilhões e foram gerados 25 mil novos empregos

Desde julho de 2006, o Sebrae/RJ, em parceria com a FGV, estuda o desempenho, o dinamismo e a confiança das micro e pequenas empresas fluminenses. Com boas novas, os Indicadores das MPE (IMPE) apontaram que as cerca de 145 mil empresas - formais e empregadoras do Estado do Rio - pagaram aos seus funcionários um adicional de 12% em salários e ampliaram o faturamento em 11,4%.

"Os dados são fabulosos e nos servem de referência para avaliar o ambiente no qual estão inseridas as micro e pequenas empresas fluminenses", comemorou Sérgio Malta, diretor-superintendente do Sebrae/RJ. "O crescimento da massa salarial, por exemplo, significa que mais dinheiro entrou no bolso de trabalhadores para depois circular na nossa economia", explicou.

O salário médio também sofreu acréscimo significativo, com variação anual de 6,4%. Em julho de 2006, a média era de R$ 583,53. Depois de um ano, a sondagem registrou R$ 646,93.

E o interior foi destaque, com crescimento real de 7,3% contra 6,2% da região metropolitana. A média atual, no entanto, ainda é maior nos centros urbanos próximos à capital: R$ 674,77 - mais de R$100 de diferença para o interior (R$ 567,52).

Serviços impulsionaram alta - O setor de serviços puxou para cima o faturamento, com variação real de 15,6% - pouco maior que a indústria (11,9%) e mais que o dobro do comércio (7,4%). Entre as atividades que mais contribuíram para o bom desempenho registrado estão os restaurantes e estabelecimentos de bebidas (24,1%), hotéis (16,9%) e lojas de vestuário e calçados (9%).

Em doze meses, as MPE formais e empregadoras pagaram 12% a mais em salários. Neste contexto, o interior saiu na frente, com alta de 12,8%. Na metrópole, o aumento foi registrado em 11,8%. O comércio apresentou o maior crescimento de massa salarial: 12,8%, contra 11,9% de serviços e 10,1% da indústria.

Embora a média salarial da indústria tenha crescido mais (8,1%), os trabalhadores do setor de serviços ostentam a maior média: R$ 680,78, seguidos pela indústria (R$ 665,40) e pelo comércio (R$ 606,28).

MPE faturaram R$ 4,1 bilhões - Em julho de 2007, as micro e pequenas empresas do Estado do Rio ocuparam 1,9 milhão de pessoas e geraram 24,9 mil novos empregos. Estes empreendimentos injetaram na economia, a título de remuneração dos seus empregados, R$ 991 milhões - R$ 13,5 milhões adicionais em comparação a junho deste ano.

No quesito volume de negócios, R$ 4,1 bilhões foram movimentados - R$ 43 milhões em um mês. O setor de serviços fluminense esteve à frente da média estadual: 1,4% contra 0,9%. Entre metrópole e interior, a primeira região teve o melhor desempenho.

A massa salarial das micro e pequenas empresas fluminenses apresentou, em julho de 2007, crescimento de 1,2% em relação ao mês anterior. Segundo a pesquisa, a região metropolitana teve a maior variação em salários pagos, especialmente nos setores da indústria (1,7%) e do comércio (1,6%).

Em relação ao mês anterior, o número de pessoas ocupadas cresceu 1,1%. Novamente, os setores que mais contribuíram para o resultado foram indústria (1,7%) e comércio (1,3%). Na região metropolitana, o desempenho foi de 1,1%, ao passo que o interior cresceu 1,2%.

Empresários comemoram "onda de ascensão social" - Donos de micro e pequenas empresas do Estado do Rio acreditam que, entre outros motivos, os bons ventos foram trazidos pelo aumento do poder aquisitivo de camadas mais pobres. Como sugere a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O instituto registrou um ganho real de 10% em salários para os mais pobres - maior que a média geral, de 7,2%. Motivados por estes dados, Sebrae/RJ e FGV perguntaram a empresários se eles têm sido beneficiados pela "terceira onda de ascensão social" - a primeira, com o Plano Real; a segunda, no início da década de 2000.

Ao todo, 61% dos entrevistados afirmaram perceberem o aumento do consumo nas classes de menor poder aquisitivo. Deste grupo, cerca de 60% crêem estar se favorecendo deste quadro ou que um dia se beneficiarão.

De acordo com o IBGE, o gasto com bens não-duráveis cresceu cerca de 11% de 2005 (29,1%) para 2006 (40,3%). Já as classes C e B teriam crescido - com mais 1,5 e 1,2 milhão de famílias, respectivamente -, infladas por emergentes das classes E e D.

“A pesquisa enfim revela que o empreendedor fluminense hoje é um ator com confiança e dinamismo, e que está preparado para o futuro, até em congomitância com o que vem ocorrendo a nível nacional, onde a inserção dos pequenos como força de trabalho e renda começa a aparecer. Destacando que quando se trata de massa salarial o Rio de Janeiro ganha mais destaque ainda por ter salário mínimo acima da média nacional”, lembra Malta.

Ele considera que se vive um círculo virtuoso, pois detecta-se que 85% das micro e pequenas empresas já não morrem mais no segundo ano, hoje elas conseguem passar a barreira e chegar aos três anos, com tendência a ganhar cada vez mais força, com mais experiência administrativa e conseqüentemente, mais crédito para dinamizar a expansão. | Foto: (esq./dir.) Cezar Kirszenblatt, gerente da Área de Estratégias e Diretrizes do Sebrae-RJ | Sérgio Malta, diretor-superintendente do Sebrae-RJ e Sérgio Gustavo da Fundação Getúlio Vargas.

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