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13/07/2012 - 08:11

Indústria fecha 7.000 postos de trabalho em junho, aponta Fiesp

Segundo pesquisa da Fiesp e do Ciesp, indicador de emprego caiu 0,39% na comparação mensal e deve fechar o ano de 2012 com -2,3% A indústria paulista fechou 7.000 postos de trabalho em junho, registrando uma queda no mês de 0,39%, com ajuste sazonal, em relação ao desempenho verificado em maio, divulgaram no dia 12 de julho (quinta-feira),a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

Com exceção de 2009, ano em que a crise financeira internacional se agravou, este é o pior resultado mensal da série iniciada em 2006.

Segundo o diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp/Ciesp, Paulo Francini, o emprego na indústria deve encerrar o ano de 2012 com uma taxa negativa de 2,3% em comparação com o ano anterior. “Isso representa uma média de 100 mil empregos a menos do que havia em 2011”, projetou Francini.

De janeiro a junho de 2012, a indústria paulista gerou 31 mil empregos, com variação positiva de 1,20% para o período. Ainda assim, esse é o pior desempenho da série iniciada em 2006, com exceção de 2009, quando o indicador computou variação negativa de 1,87%.

A queda do índice no mês não foi maior porque o setor de açúcar e álcool abriu 16.533 vagas – o equivalente a um aumento de 0,64% –, enquanto os demais setores, incluindo a indústria de transformação, foram responsáveis pelo fechamento de 23.533 postos de trabalho no mês passado, com variação negativa a 0,91%.

Em maio, a pesquisa de emprego da Fiesp/Ciesp apurou um ganho 0,33% na comparação mensal. Na ocasião, o diagnóstico do mês apontou sinais de que alguma recuperação poderia ser percebida a partir do segundo semestre. No entanto, a esperança “foi frustrada”, avaliou o diretor de economia das entidades.

“Estávamos esperando algum prenúncio de um principio de recuperação e foi o que aconteceu no índice de emprego do mês passado, quando houve crescimento. Pensamos: talvez seja o início de uma recuperação. Mas a queda de junho se revelou uma frustração da expectativa”, acrescentou Francini.

“Continuamos acreditando numa certa recuperação, mas temos dúvidas quanto à sua intensidade”, concluiu.

Tempo -No dia 11 de julho (quarta-feira), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros Selic para 8% – o menor patamar da história da autoridade monetária. O diretor da Fiesp/Ciesp acredita que essa e outras medidas do governo para estimular a economia brasileira “estão na direção certa”, mas lembra que os efeitos positivos levam mais tempo para serem absorvidos pela atividade do que dos reflexos negativos.

“A indústria foi fortemente derrubada. E mesmo que você dê a ela o estímulo, o tempo que demora em reconstruir é maior do que o tempo para destruir”, avaliou Francini.

Setores e regiões -Das atividades analisadas no levantamento, oito apresentaram efeitos positivos, 12 fecharam o mês em baixa e duas ficaram estáveis. O setor de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias apresentou a maior queda, com 1,2% em junho, seguido por Produtos Têxteis, com recuo de 1%.

O segmento de Bebidas apurou ganho de 1,1% no mês, enquanto o índice de emprego na indústria de Produtos Alimentícios registrou moderada alta de 0,8%.

A pesquisa mostra ainda que das 36 regiões analisadas, 24 apresentaram quadro negativo, 10 ficaram positivas e duas regiões encerraram o mês estáveis.

Jundiaí foi a cidade que apresentou a maior queda, com taxa de 1,78% em junho, pressionada por Veículos Automotores e Autopeças (-5,06%) e Produtos de Metal,

Exceto Máquinas e Equipamentos (-2,64%).

A região de São José do Rio Preto registrou queda de 1,75%, sob influência negativa dos setores de Produtos Alimentícios (-4,17%) e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-3,28%).

Entre as cidades com desempenho positivo, destaque para Presidente Prudente, que computou a alta mais expressiva do mês (5,61%), impulsionada pelos ganhos em Produtos Alimentícios (11,88%) e Artefatos de Couro e Calçados (5,96%).

O emprego na indústria de Matão fechou o mês com alta de 1,56%, estimulado pelo bom desempenho dos setores de Produtos de Metal, Exceto Máquinas e Equipamentos (7,74%) e Produtos Alimentícios, (4,36%).

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