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17/07/2012 - 09:30

Outras medidas precisam ser tomadas para o crescimento do Brasil, aponta Boucinhas Campos&Conti Auditores Independentes

Pela oitava vez consecutiva, o Banco Central (BC) baixou a taxa de juros, indicando que o Governo está alinhando o BC à sua política econômica, que visa insular o País da crise internacional, mediante a promoção do crescimento da economia brasileira e o realinhamento do câmbio. Além disso, esse alinhamento reflete a mudança de postura do Governo perante o Banco Central, em relação ao cumprimento das metas de inflação, que sempre foi a maior meta do Banco Central.

Correntemente, a taxa SELIC ao nível de 8% indica que, se desconsiderarmos impostos e taxas de administração, a taxa real de juros se aproxima de zero, considerando a inflação ao nível de 5% ao ano.

Apesar de vermos com bons olhos a diminuição da taxa de juros, a medida não traz o resultado almejado, que é o crescimento econômico do País, porque existem outras iniciativas a tomar, tão ou mais importantes que a taxa de juros. Um dos efeitos da política de juros é valorizar o dólar em relação ao Real, mas isto não é suficiente para melhorar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. O principal problema a ser enfrentado é o da produtividade de nossas empresas: para enfrentar esta questão é preciso que o governo invista em infraestrutura que juntamente com a carga tributária sufocam as empresas. No caso da mão de obra há de se investir em educação e esta não é uma solução de curto prazo. Com dificuldades desta natureza não há como a economia brasileira, mormente o setor industrial, reagir positivamente aos incentivos com que o governo acena.

Portanto, a retomada do investimento público em infraestrutura e uma reforma tributária ampla que realmente tenha como foco o pagador dos impostos é o que a sociedade brasileira demanda. De qualquer maneira é preciso ter consciência que se a crise internacional se aprofundar, o Brasil, como os demais que formam os BRICs, será fortemente impactado.

.Por: José Fernando Boucinhas, presidente da Boucinhas, Campos &Conti Auditores Independentes.

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