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21/07/2012 - 13:08

Prestadoras de serviços ganham espaço no mercado


Cada vez mais, as empresas têm direcionado suas estratégias para a oferta de prestação de serviços, ao invés da venda de produtos. Este movimento vem sendo feito pelos próprios fabricantes, mas também é acompanhado por uma camada, cada vez maior, de empresas intermediárias, puramente prestadoras de serviços que compram produtos do fabricante e, em seguida, oferecem apenas o uso destes produtos. Com isso, os clientes não precisam se preocupar com manutenção, limpeza, abastecimento, licenças, permissões de uso, nem mesmo precisam ter que apresentar o ativo em seus balanços, evitando assim possíveis tributos sobre o mesmo, já que ativos viram despesas.

Nas empresas de Tecnologia da Informação este movimento é percebido de forma mais clara. O mercado de Software como Serviço (SaaS) deve crescer em torno de 20% em 2012, ainda mais com a tecnologia de cloud computing, que nos permite acessar o aplicativo via web, evitando investimento com hospedagens.

Este movimento influencia o crescimento da oferta de Infraestrutura como Serviço (IaaS). Ou seja, os Data Centers, de pequeno ou grande porte, estão vendendo disponibilidade, escalabilidade e gerenciamento da infraestrutura, onde, no final, tudo vira um Nivel de Serviço Acordado, os famosos SLA´s.

Muita vezes, neste tipo de contrato a empresa cliente mal sabe qual será o hardware utilizado na solução, nem mesmo a capacidade do disco, escalabilidade da máquina, número de fontes e placas de redes redundantes. O cliente apenas apresenta a sua necessidade, em termos de espaço em disco necessário, número de usuários e demais demandas importantes para o negócio. Com isso, a empresa fornecedora compromete-se em atender o SLA, o que deve acontecer de forma muito planejada. Na hora de compor a solução, não pode-se fazer nenhum tipo de economia, pois qualquer falha no SLA pode significar uma multa astronômica.

Saindo do mundo de TI, este movimento também é verdadeiro. Deparo-me, cada vez mais, com empresas que alteram seus modelos de negócios, visando uma melhor oferta para o cliente e uma maior margem de contribuição nos demonstrativos financeiros da empresa. Isso no Brasil e em todo o mundo. Na Europa é comum nos depararmos com empresas que oferecem tudo como serviço. Quando digo tudo é tudo mesmo. Já me deparei, no aeroporto de Lisboa, com uma empresa que aluga terno, incluindo as meias, notebook, gravata e tudo que você precisa para ir a uma reunião, caso sua mala tenho sido extraviada. Na mesma loja, alugam bicicleta, taqueira de golfe, pen drive, iPad, iPod e muitas outras coisas que jamais pensei alugar.

Para ilustrar esse fenômeno é possível citar o caso da Brastemp, que aluga o filtro de água, ao invés de vendê-lo. Outro exemplo são as “faxineiras como serviço”. Elas entram nos conjuntos comerciais, sem vínculo empregatício, e fazem em 30 minutos (SLA), uma limpeza em cada unidade.

Isso nos leva a concluir que, seja nas empresas de TI ou nos demais segmentos, em âmbito nacional ou internacional, as empresas estão buscando alternativas para diminuir seus custos e uma das mais importantes estratégias, atualmente, é a troca de funcionários por empresas prestadoras de serviço. Mas até que ponto essa é uma boa alternativa?

.Por: João Paulo Camargo, sócio-gerente da Asap - consultoria de recrutamento e seleção de executivos – e representa o setor de TI e Telecom.

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