Empresários não planejam os próximos passos dos negócios e erram em estratégias de investimento

Ao contrário do que dizem muitos estudiosos e especialistas do mercado, a grande maioria dos empresários não planeja os próximos passos de seus investimentos e agem quase sempre conforme as oportunidades do momento. Em mais de 12 anos de convívio com mais de 1.000 donos de negócios de médio e grande porte, percebi que grande parte deles age de acordo com as chances de lucrar que aparecem de forma repentina. Embora muitos defendam a tese de que planejar é preciso, é praticamente impossível exigir que programem seus atos de forma antecipada. Muito pouca gente faz isso!

Essa falta de programação, porém, não é necessariamente um fato negativo. Ao buscar os lucros no surgimento de oportunidades, o empreendedor tende a desenvolver habilidades para enxergar o melhor momento de investir, além de melhorar sua capacidade de agir sob pressão. Um dos desafios durante a modalidade de terapia em grupo que desenvolvi – o Grupo Dirigido de Psicodinâmica Aplicada a Negócios, ou GD - é fazer com que o dono de negócio controle sua impulsividade ao investir. Embora tenha mais tendência para agir de forma inconsequente, com o conhecimento de técnicas, ele saberá a hora certa de ver o que trará lucros e não correrá tantos riscos na hora de investir.

Além de não programar os próximos passos, o empreendedor tem muita dificuldade para enxergar em que fase sua empresa se encontra. Homens e mulheres de negócios erram em estratégias por não saberem diagnosticar o momento indicado de pôr em prática algumas ações. Durante a convivência com empresários, cheguei à conclusão que muitos deles não conseguem entender que o que serve para o outro não serve para ele, pois cada empresa se encontra em uma fase distinta. Enquanto um deve pôr em prática métodos e organizar a companhia, o outro deve apenas focar seus esforços em vendas, por exemplo.

Esse e outros fatores me fizeram desenvolver uma modalidade exclusiva e inovadora no Brasil, que tem por objetivo fazer com que donos de negócios entendam sua mente e, então, passem a modificar não apenas suas atitudes, mas as atividades de sua empresa. Depois de 42 edições, percebi que muitos deles aprenderam novas técnicas e não deixaram de aplicá-las, o que, quase sempre, potencializou o desempenho da equipe e, consequentemente, o lucro das empresas.

.Por: Luiz Fernando Garcia – Administrador de Empresas, criador da metodologia de Psicodinâmica em Negócios, formando em Psicanálise e responsável pelo desenvolvimento de mais de 50 metodologias de treinamento destinadas à capacitação de empresários e profissionais de liderança, com mais de 1.500 empresas atendidas em 30 mil horas de aplicação em estratégia de desenvolvimento.

É responsável pela coordenação do projeto de Educação Empreendedora no ensino médio – MEC/Sebrae – 2000, no qual qualificou 12.700 educadores por meio de estratégias de educação à distância. É um dos quatro consultores certificados pela ONU (Organização das Nações Unidas) para coordenar os seminários e capacitar os coordenadores, facilitadores e trainees do Empretec/Sebrae. Coordenou a equipe responsável pelo desenvolvimento do T.O.T. (Training of Trainers) da metodologia Empretec no Brasil, na América Latina e na África (ano 2002/2003).

É pioneiro no Brasil na abordagem de Orientação para Resultados em equipes e empresas, e no desenvolvimento da metodologia de Manejo Comportamental como no Projeto APL (Arranjos Produtivos Locais) para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Idealizou o 1° Reality Show empresarial da mídia escrita no mundo, pela Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios (PEGN) – Editora Globo, 2004/2005.

Autor de livros como o Inconsciente na sua Vida profissional, de 2008, lançado pela Editora Gente, e do Manual Projeto Integrado MEC/Sebrae de Técnicos Empreendedores, de 2000.