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25/07/2012 - 09:32

Alternativa para economizar com energia

O crescimento industrial brasileiro nos últimos anos é evidente e a tendência, apesar de moderadamente, é que continue nesse ritmo. No entanto, o alto custo para estabelecer grandes plantas industriais no país estimula a necessidade de se criar alternativas de redução de gastos e aumento das receitas, ainda mais em uma nação onde se gasta muito com energia elétrica.

Para se ter uma ideia, o Brasil ocupa a quarta colocação entre os países com as maiores tarifas industriais de consumo de energia no mercado cativo (também conhecido como regulado). Essa modalidade permite ao consumidor receber energia elétrica de apenas um fornecedor, desfavorecendo os planejamentos mais longos e com melhores prazos e condições.

O valor praticado no Brasil é três vezes superior ao praticado em países como Argentina e Paraguai, e só é inferior aos praticados na Itália, Turquia e República Tcheca. Os demais países do bloco econômico G8 (composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia) praticam preços inferiores aos praticados no Brasil. Apesar de ter crescido rapidamente nos últimos anos e alcançado o posto de segundo maior exportador do mundo, a China cobra de suas indústrias, pouco mais que a metade cobrada no Brasil.

Isso acontece principalmente por três motivos: os altos custos de geração, transmissão e distribuição (GTD) no país, os altos encargos setoriais e a alta carga tributária a qual o empresário brasileiro está sujeito atualmente. Estes motivos fazem com que os consumidores sejam obrigados a desenvolver alternativas energéticas com o intuito de diminuírem seus gastos.

Uma das opções é a possibilidade de atuação no âmbito do Mercado Livre de energia, em que uma indústria com demanda contratada superior a 500 kW e com bom planejamento a longo prazo se protege de intempéries da natureza e das oscilações de preço, passando a economizar com a contratação de energia elétrica em vez de gastar com ela. Comparativos certificam que, com essa migração, os empresários, quando bem orientados, enxergam mais oportunidades e podem reduzir substancialmente os seus custos, na margem entre 10% e 20%, simplesmente optando por um modelo diferenciado, em que a corporação escolhe o seu fornecedor de acordo com as melhores condições. Essa forma de contratação já é responsável por cerca de 30% do consumo energético no Brasil.

No entanto, há que se planejar e gerenciar riscos, que são dois gestos importantes no cotidiano atual das empresas. Nos primeiros seis meses de 2012, o preço da energia oscilou 225% atingindo o mínimo de R$ 31,31 e máximo de R$ 218,80. Para compararmos, o Dólar comercial variou apenas 11,7% no mesmo período. Por isso, não basta apenas optar pela contratação no mercado livre de energia, mas, além disso, fazer um bom planejamento e uma boa gestão de riscos para auferir os resultados esperados.

Em resumo, as empresas que visualizaram o mercado livre de energia e tiveram um bom planejamento e gestão de energia puderam trabalhar com boas perspectivas e conseguiram tomar decisões mais competitivas que as demais, já que foram capazes de operar vislumbrando a economia a ser auferida com o consumo de energia elétrica e a otimização ainda maior dos seus lucros.

.Por: Fábio Cuberos, gerente de regulação e Back Office da Safira Energia, uma das principais comercializadora e gestora de energia elétrica no Brasil. | Grupo Safira -A Safira é um grupo de capital nacional, que reúne profissionais especializados e experientes no setor elétrico. Agente de comercialização homologado pela ANEEL e CCEE, é apta a negociar energia incentivada e convencional. Além disso, atua como consultora e prestadora de serviços de representação de agentes no âmbito da CCEE.

Com taxa de crescimento dos montantes negociados em torno de 30% ao ano, a expectativa de faturamento da empresa para 2012 é de R$ 250 milhões. Para isso, sua estratégia passa pela ampliação do número de clientes atendidos pela comercializadora e consultoria em energia, bem como o aumento dos montantes negociados no mercado.

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