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26/07/2012 - 12:18

Programa da ONU vai divulgar casa popular mostrada pela Purcom-Fischer em Bangkok

O interesse de alguns dos 100 países que participaram da Conferência de Tecnologias Alternativas promovida pela ONU em Bangkok-Tailândia [21 a 24 de julho] em casas pré-moldadas com paredes de poliuretano ecológico (EcomateR) apresentadas pelo Brasil levou o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) à decisão de promover essa tecnologia, a começar por um documentário que vai mostrar o desenvolvimento do recheio de poliuretano sem HCFC (Hidroclorofluorcarbono) no Centro de Inteligência da Purcom, em S. Paulo, e a linha de produção da catarinense Fischer, que investiu R$ 50 milhões no projeto, homologado pelo IPT e aprovado pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

O documentário será veiculado no site oficial da ONU e levado a outras regiões do planeta pelo Grupo de Ambiente e Energia do PNUD. O gás HCFC – ainda utilizado pela indústria de refrigeração e como agente expansor de espumas de poliuretano – foi proibido nos países da Comunidade Européia em 2011 e estará banido, no Brasil, no final de 2013. A Purcom foi a única empresa a participar do evento da ONU, por ter desenvolvido um substituto do HCFC com eficiência energética e segurança industrial. Outras indústrias vêm utilizando o HFC (Hidrofluorcarboneto), que não destrói a camada de ozônio, mas é considerado como substância GWP (Global Warming Potential), que contribui para o aquecimento global.

A diretora do Grupo de Meio Ambiente e Energia do PNUD, Dra. Suely Machado Carvalho, que também é brasileira, disse que a decisão do Programa de convidar a Purcom a apresentar dois cases na conferência de Bangkok, e depois de promover as casas populares da Fischer no site da ONU, deve-se ao fato de que os sistemas desenvolvidos pela Purcom com EcomateR (formiato de metila) já estão sendo empregados em escala industrial, ao passo que o outro substituto do HCFC anunciados por grandes empresas, como as HFO (Hidrofluorolefinas) ainda não saíram das pranchetas dos pesquisadores.

Segundo a Dra. Suely Carvalho, sem o apoio de agências como o PNUD, as metas do Protocolo de Montreal se ateriam às exigências legais, com efeitos deletérios para a indústria e para o mercado consumidor. “O Protocolo de Montreal necessita da parceria entre os setores público e privado para promover inovação, reduzir barreiras às tecnologias alternativas e ajudar as indústrias dos países em desenvolvimento a se manterem competitivas”, disse ela, no encerramento da Feira de Bangkok. “Quando organizamos conferências como essa, buscamos parceiros capazes de oferecer uma informação tecnológica abrangente, mas também capaz de balancear os interesses públicos e privados. Acho que, neste evento, conseguimos isso”.

A diretora do Grupo de Meio Ambiente e Energia do PNUD acrescentou que a decisão de promover a tecnologia brasileira apresentada na Conferência de Bangkok foi reforçada pela convergência de seus atributos de sustentabilidade econômica, interesse social e compatibilidade ambiental.

A Fischer investiu R$ 50 milhões na produção de casas pré-fabricadas com painéis recheados de poliuretano à base de Ecomate, em sua fábrica de Brusque-SC, que ocupa uma área total de 3,6 km2, emprega 1.100 pessoas e tem capacidade para fabricar 500 casas/mês. Além da resistência mecânica, fornecida por uma amarração de aço apoiada em base de concreto (radier), as casas possuem isolamento térmico e acústico, resistem ao fogo e podem ser construídas em quatro dias. O peso de cada unidade oscila de 2.500 a 3 mil quilos e a área construída varia de 40 a 70 m2. Um único caminhão pode entregar painéis para cinco casas numa única remessa.

Folle-Randon -Além das casas populares, a Purcom levou a Bangkok uma outra de suas 40 experiências de aplicação industrial do EcomateR, exibida no painel da conferência pelo engenheiro Felipe Crestani, da Folle-Randon. No caso do fabricante de carroçarias para caminhões frigoríficos, a decisão de converter a sua produção, do HCFC-141b para o poliuretano ecológico com EcomateR foi influenciada pela aspiração de grandes clientes, como a Brasil Foods. A Folle-Randon concentrou a sua produção na unidade de Chapecó, na qual estão sendo investidos R$ 100 milhões, para expandir a produção que hoje alcança 100 unidades/mês, em média.

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