Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

26/07/2012 - 12:18

Peugeot e Citroën sofre retração no 1S12 mas acredita no futuro de suas marcas pela reconquista da competitividade

O faturamento do Grupo caiu 5,1%, para 29,6 bilhões de euros. O faturamento da Divisão Automotiva teve uma queda de 10,5%. O resultado operacional corrente do Grupo ficou equilibrado em 4 milhões de euros, ante 1,157 bilhão de euros no primeiro semestre de 2011. O resultado operacional corrente da Divisão Automotiva registrou um prejuízo de -662 milhões de euros. O resultado líquido parte do Grupo foi de -819 milhões de euros.

O fluxo de caixa livre ficou em - 954 milhões de euros excluindo-se elementos extraordinários e em -449 milhões de euros após dividendo extraordinário do Banco PSA Finance, alienações de imóveis e investimentos financeiros. A dívida liquida em 30 junho de 2012 baixou para 2,4 bilhões de euros, ante 3,4 bilhões de euros em 31 de dezembro de 2011 Plano « Rebond 2015 » para gerar um caixa adicional de 1,5 bilhão de euros em 2015, além do plano de redução dos custos iniciado em 2012.

.Conta de resultados simplificada:

Philippe Varin, presidente do Conselho de Administração da PSA Peugeot Citroën, declarou a respeito desses resultados: « O Grupo está atravessando momentos difíceis. A magnitude e o caráter duradouro da crise que afeta nossa atividade na Europa tornaram necessário o lançamento de um projeto de reorganização de nossa base industrial na França e de redução dos custos estruturais. Embora tenhamos plena consciência dos esforços que este projeto acarreta para um grande número de funcionários, temos a responsabilidade executá-lo no respeito de um diálogo social exemplar.

Graças à reconquista de sua competitividade, o Grupo poderá garantir o seu futuro e prosseguir o desenvolvimento mundial de suas marcas Peugeot e Citroën. O Salão do Automóvel de Paris será uma ocasião de avaliar os avanços em matéria de subida de gama com a extensão das gamas Citroën DS e Peugeot 208.»

Perspectivas -Nesse contexto, o Grupo prevê uma retração mais acentuada, de cerca de 8%, do mercado automobilístico na Europa e um crescimento de cerca de 7% na China, 2% na América Latina e 9% na Rússia. [1]

No final de 2012 o Grupo pretende estabilizar sua dívida líquida em um nível próximo ao de junho de 2012, graças a um plano de redução de custos de 1 bilhão de euros, à alienação de ativos, incluindo a abertura de capital da GEFCO e a volta dos estoques ao nível de 2010.

Em 2013, o ritmo de consumo do caixa operacional deve cair pela metade.

Paralelamente, o Grupo prossegue sua estratégia de subida de gama com lançamentos bem-sucedidos de quatro veículos híbridos, do Peugeot 208 e a chegada da linha DS na China, Rússia e América Latina. Sua estratégia de globalização materializou-se num pico de investimentos em capacidade em 2011, que continua em 2012.

O trabalho iniciado como parte da Aliança com a General Motors segue adiante e, na esteira do acordo logístico entre a Gefco e a General Motors, novas realizações serão anunciadas no segundo semestre.

Rebond 2015 -A contínua degradação da demanda na Europa torna atualmente necessário, além das medidas atualmente em vigor de redução dos custos e de gestão do caixa implantadas no início de 2012, um plano de 1,5 bilhão de euros em 2015. O plano « Rebond 2015 » permitirá obter um fluxo de caixa operacional equilibrado[2] no final de 2014. Ele prevê: .A reorganização da base industrial francesa e a diminuição dos custos estruturais, com um impacto estimado em 600 milhões de euros, anunciada em 12 de julho. O projeto prevê o fim da produção da fábrica de Aulnay em 2014, a adaptação do dispositivo industrial da fábrica de Rennes, medidas de revitalização nas unidades de Aulnay e de Rennes e o ajuste das estruturas do Grupo.

.Uma redução de 550 milhões de euros das despesas de capital (CAPEX) após o término do ciclo de investimentos em capacidade na Rússia, América Latina e China. A redução será significativa a partir de 2013.

. Uma otimização dos custos de produção resultante principalmente da Aliança e totalizando 350 milhões de euros, sendo que a metade será proveniente das primeiras sinergias de Compras da Aliança e a outra metade provirá dos planos de ação voltados para os custos unitários de concepção e de produção.

Esse pacote de medidas contribuirá para restaurar o desempenho da divisão Automotiva, reduzindo tanto a capacidade ociosa das fábricas na Europa quanto a base de custo, enquanto se espera que os resultados da Aliança com a GM se tornem plenamente efetivos. As medidas serão amparadas pela continuidade da estratégia de subida de gama das marcas e pelo desenvolvimento da globalização, com novas capacidades operacionais.

Resultados consolidados -O faturamento do Grupo foi de 29,553 bilhões de euros, em baixa de - 5,1%, afetado pela queda de -10,5% do faturamento da divisão automotiva, que caiu para 20,2 bilhões de euros, refletindo principalmente a queda de 13% das vendas. O faturamento das outras divisões registrou aumento no caso da Faurecia e do BPF, fechando respectivamente em 8,765 bilhões de euros e 979 milhões de euros. A Gefco, com 1,881 bilhão de euros, foi ligeiramente afetada pela queda dos volumes da divisão Automotiva.

O resultado operacional corrente do Grupo fechou em 4 milhões de euros, ante 1,157 bilhão de euros no primeiro semestre de 2011. Essa forte baixa resultou essencialmente do mau desempenho da divisão Automotiva, assim como, em menor proporção, do impacto sobre a margem da Gefco das novas cláusulas de preço do contrato de logística de longo prazo e do resultado da Faurecia de 303 milhões de euros, em baixa de 11%. O resultado operacional corrente da divisão Automotiva ficou em -662 milhões de euros, refletindo o declínio dos mercados, o encolhimento dos volumes e a pressão constante sobre os preços.

Os produtos e encargos operacionais não correntes fecharam em -420 milhões de euros, comparados com -30 milhões de euros no primeiro semestre de 2011. No primeiro semestre de 2012, os encargos operacionais não correntes provieram principalmente da exposição ao risco de câmbio dos contratos em iene do Grupo, assim como de provisões para os estoques para o Irã e os ativos de Aulnay. As provisões relativas às novas medidas de reorganização das atividades industriais e redistribuição dos efetivos serão integradas aos resultados do segundo semestre de 2012, com pleno impacto em 2013, totalizando cerca de 500-600 milhões de euros.

· As despesas financeiras líquidas totalizaram 264 milhões de euros, ante 132 milhões de euros Esse aumento é explicado em grande parte pelo impacto do reembolso, em 2011, do empréstimo contraído junto ao governo francês, que gerou uma reversão de provisões excepcional de 73 milhões de euros no primeiro semestre de 2011 e duas novas emissões de obrigações da PSA de 500 milhões de euros em setembro de 2011 e de 600 milhões de euros em abril de 2012, com custos financeiros que representaram 25 milhões de euros no primeiro semestre de 2012.

O Resultado líquido parte do Grupo foi de -819 milhões de euros, ante um lucro de 806 milhões de euros no primeiro semestre de 2011.O resultado líquido por ação ficou em -2,73 €, ante 3,55 € em 30 de junho de 2011.

.Resultados por atividade.: Divisão Automotiva:

O faturamento da divisão Automotiva encolheu 10,5%, para 20,203 bilhões de euros no primeiro semestre de 2012, em um mercado europeu em declínio de -7%, com uma altíssima exposição do Grupo no sul da Europa. As vendas do Grupo na Europa encolheram -15,2%. O faturamento gerado pelas vendas de veículos novos encolheu 12,9 % para 14,778 bilhões de euros contra 16,968 bilhões de euros no primeiro semestre de 2011.

Ele foi parcialmente compensado pelo efeito favorável do mix de produtos, que ficou em +3,5%, após ter fechado em elevados +7% no primeiro semestre de 2011. Tal efeito confirma a subida de gama das marcas Peugeot e Citroën em 2012, com os lançamentos do Peugeot 208, do Citroën DS5, dos SUVs e de 4 veículos híbridos que completam essa oferta. Os veículos Premium registraram uma progressão de 19% em comparação com 17% no primeiro semestre de 2011, sendo que os segmentos C & D subiram para 45% das vendas totais (enquanto que os segmentos A & B caíram para 38%).

Porém esse impacto positivo não conseguiu compensar a forte contração de 13% dos volumes em relação ao primeiro semestre de 2011, que foi marcado pelo aumento dos licenciamentos em previsão do término da medida de incentivo à troca de um veículo usado por um novo, em um contexto de crise na Europa e de concorrência acirrada em torno dos preços. A pressão sobre os preços continua forte, com um efeito sobre os preços de -1,6%. As variações das taxas de câmbio foram ligeiramente favoráveis no semestre.

As vendas fora da Europa cresceram para 39% das vendas totais ante 38% no primeiro semestre de 2011.

O resultado operacional corrente da divisão Automotiva registrou no primeiro semestre de 2012 um prejuízo de -662 milhões de euros, ante 405 milhões de euros no primeiro semestre de 2011.

Esse resultado reflete uma contração da demanda dos mercados de -444 milhões de euros, assim como o aumento dos custos de matérias primas e outros custos (-294 milhões de euros), com um impacto global decorrente do ambiente operacional desfavorável de -588 milhões de euros.

O Grupo envidou esforços para reduzir os custos, obtendo assim uma economia de +503 milhões de euros no primeiro semestre e obteve, graças à melhoria do mix de produtos, um ganho de +155 milhões de euros em relação a um primeiro semestre de 2011 historicamente elevado devido ao fim das medidas de incentivo à troca de veículos.

Esses efeitos positivos não compensaram o impacto das perdas de participação nos mercados que representou -415 milhões de euros nos mercados europeus fortemente deprimidos, nem a pressão sobre os preços que teve um impacto fortíssimo de -734 milhões de euros, particularmente devido aos enriquecimentos dos produtos antes dos novos lançamentos. Todos esses fatores estão na origem do resultado negativo da divisão Automotiva, de -479 milhões de euros no primeiro semestre de 2012.

Os estoques são de 468.000 veículos no final de junho de 2012, indicando um índice de rotação de 72 dias de vendas em comparação com 76 dias em 30 de junho de 2011 e estabelecendo-se no mesmo nível que os estoques do final de junho de 2010, o que corresponde ao objetivo anunciado. Os estoques baixaram em 25.000 unidades em relação ao final de dezembro de 2011.

Globalização do Grupo em andamento: Desenvolvimento estratégico na China -No primeiro semestre de 2012, as vendas de veículos na China cresceram 7,5% para 209.000 unidades. O resultado líquido parte do Grupo na DPCA atingiu 71 milhões de euros. A DPCA pagou ao Grupo no semestre um dividendo de 776 milhões de RMB (ante 589 milhões de RMB em 2011), em alta de 31,7%.

Dois lançamentos no segmento C serão realizados no segundo semestre: o Citroën C4-L e o primeiro SUV da marca Peugeot.

A terceira fábrica de Wuhan está em construção desde maio de 2011 e a primeira parcela estará operacional em 2013. Em 2015, a DPCA terá uma capacidade de produção de 750.000 unidades em Wuhan.

A CAPSA, a segunda joint venture chinesa, lançou em 28 de junho a linha DS na China, com os modelos DS5 e DS4, e o DS3 no segundo semestre. 24 DS store serão abertos até o fim do ano. Implantada em Shenzhen, a joint venture terá uma capacidade de produção anual inicial de 200 000 veículos e motores.

.Continuação do desenvolvimento na Rússia -Na Rússia, as vendas do Grupo cresceram 14,7% para 41.000 unidades. O Peugeot 308 e o Citroën C4, montados localmente em regime de SKD, tiveram uma contribuição importante nesse crescimento. Em julho, esses modelos ganharão a companhia do Peugeot 408, que será o primeiro veículo montado em ciclo completo, assim como dos modelos Citroën DS4, DS5, C4 Aircross e Peugeot 508 e 4008. Os VUL tiveram uma progressão de 55%, atingindo uma participação no mercado de 8,7% no primeiro semestre.

.Renovação da gama na América Latina -Na América Latina, as vendas do Grupo caíram 21,1% para 122.000 unidades, impactadas pela parada de produção prolongada na fábrica de Porto Real após o aumento de capacidade no primeiro trimestre e por um tenso ambiente competitivo. Sua participação no mercado fechou em 5,1% no período. A situação deve se estabilizar no segundo semestre, com o prosseguimento da renovação da gama. O recente lançamento do Peugeot 308 será completado no segundo semestre pelo lançamento do Citroën C3. Os Citroën DS3, DS4, C4-Aircross e Peugeot 508 e 4008 virão enriquecer a gama em 2012.

.Faurecia:

Faurecia registrou, no primeiro semestre de 2012, um crescimento de 7,5% de seu faturamento, com um aumento de +3,8% em perímetro constante. O resultado operacional corrente diminuiu 10,9%, totalizando 303 milhões de euros, amparado pelo crescimento realizado fora da Europa. A margem operacional ficou em 3,5% ante 4,2% no primeiro semestre de 2011. Faurecia está se desenvolvendo fora da Europa, sustentada por seus investimentos.

.Gefco -A Gefco teve uma retração 6,7% do seu faturamento, registrando uma queda de -13% com a PSA Peugeot Citroën e um aumento de +4% com clientes de fora do Grupo. Seus volumes de negócios foram afetados pela desaceleração da atividade automotiva na Europa. Seu resultado operacional corrente foi de 63 milhões de euros após o impacto da renovação das cláusulas de preços no contrato de longo prazo com a divisão Automotiva em 1º de janeiro de 2012.

.O contrato de logística entre Gefco e GM Europa e Rússia foi anunciado em 2 de julho, constituindo o primeiro resultado tangível da Aliança com a GM.

.Banco PSA Finance:

O Banco PSA Finance apresenta um bom desempenho, com um produto líquido bancário que progrediu 3,4% para 542 milhões de euros, apesar de uma contração nos números de novos contratos, refletindo a desaceleração da atividade da divisão Automotiva. A taxa de penetração teve uma importante alta de 1.7 ponto percentual, atingindo o nível histórico de 28,1%. As provisões líquidas representam 0,65% da média de empréstimos líquidos em circulação, refletindo provisões constituídas no sul da Europa.

.O Banco PSA Finance dispõe de um importante nível de liquidez, graças a uma série de operações de refinanciamento bem-sucedidas, com 8,3 bilhões de euros de liquidez disponível, de acordo com sua estratégia de manter uma margem de segurança superior a seis meses. Desde 1º de janeiro de 2012, o Banco PSA Finance teve acesso a 700 milhões de euros de financiamento ORPA (operação de refinanciamento de longo prazo) e beneficiou-se com a diversificação de seu financiamento.

. Seu refinanciamento continua dinâmico, com o apoio de seu consórcio de bancos e com a intenção de aumentar rapidamente o peso das operações de securitização de 18% para cerca de 30%.

Situação financeira -A dívida líquida das atividades industriais e comerciais em 30 de junho de 2012 era de 2,445 bilhões de euros, ante 3,359 bilhões de euros no final de dezembro de 2011. Com um nível elevado de liquidez disponível de 12,1 bilhões de euros, em alta em relação aos 9,6 bilhões de euros do final de dezembro de 2011, a estrutura financeira é sólida, com 8,9 bilhões de euros de tesouraria e ativos financeiros e 3,1 bilhões de euros em linhas de crédito não utilizadas.

O Grupo consolidou os seus recursos no primeiro semestre, em especial com o aumento de capital de 1 bilhão de euros, à emissão de obrigações de 600 milhões de euros com taxa de 5,625% a mais de 5 anos, à execução do plano de alienação de ativos e ao pagamento do dividendo extraordinário do BPF. Esses recursos compensaram o consumo de caixa operacional de -954 milhões de euros no primeiro semestre excluindo-se elementos extraordinários (dividendo extraordinário do Banco PSA Finance, alienações imobiliárias e investimentos financeiros), após um consumo de -1,468 bilhão de euros no segundo semestre de 2011.

No primeiro semestre, o Grupo obteve uma margem bruta de autofinanciamento de 1,184 bilhão de euros, ante 1,920 bilhão de euros no final de junho de 2011, financiando investimentos e despesas de desenvolvimento capitalizados de 1,994 bilhão de euros para sustentar o desenvolvimento das capacidades na Rússia, América Latina e China, o desenvolvimento do Grupo na Europa e seu desenvolvimento internacional, a dinâmica de produtos assim com 195 milhões de euros de investimentos financeiros (Joint venture CAPSA essencialmente). A necessidade em capital de giro das sociedades industriais e comerciais eleva-se a -317 milhões de euros, com um nível de estoques bem controlado de -79 milhões de euros, créditos a receber dos clientes refletindo a sazonalidade e dívidas junto a fornecedores em um nível mais baixo que o normal, devido a interrupções na produção em maio e junho (365 milhões de euros).

O Grupo recebeu um dividendo extraordinário de 360 milhões de euros do Banco PSA Finance. O plano de alienação de ativos segue seu curso, com 448 milhões de euros provenientes da venda da CITER e 340 milhões de euros de alienações de imóveis. O aumento de capital representou recursos suplementares de 967 milhões de euros e 89 milhões de euros foram obtidos com a venda de ações próprias e direitos preferenciais de subscrição.

Reforço da estrutura financeira e do balanço -Com recursos em caixa de 8,9 bilhões de euros em 30 de junho de 2012, e 3,13 bilhões de euros em linhas de financiamento não utilizadas, a estrutura financeira das sociedades industriais e comercias se mantém sólida. Os capitais próprios totalizam 14,796 bilhões de euros em 30 de junho de 2012, a taxa de endividamento é de 16,5%, comparados com 23% no final de 2011. [www.psa-peugeot-citroen.com].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira