Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

28/07/2012 - 07:43

Fibria: aumento no preço e desvalorização cambial impulsionam resultado do 2T12

No segundo trimestre de 2012, a Fibria teve uma pequena redução nas vendas destinadas ao mercado externo T/T, mas que foi totalmente compensada pelo aumento no preço lista da celulose que, somado à valorização do Dólar que impulsiona o preço quando convertido em Real, resultaram na elevação de 17% no faturamento da companhia, é o que observou analistas do BB Investimentos. Segundo a Fibria, essa queda nas vendas se deve à menor participação da Ásia nas vendas externas, que passou de 28% no 1T12 para 20% no 2T12.

Quando comparado ao mesmo período do ano passado, as receitas avançaram 2,2%, devido ao aumento do preço médio em Real, parcialmente compensado pela ausência do segmento de papel nos resultados. Custo Caixa. Em função das paradas programadas para manutenção nas Unidades Aracruz e Três lagoas, o CPV consolidado aumentou 2% em relação ao 1T12, mantendo-se estável quando comparado ao 2T11. Já o Custo Caixa foi positivamente reduzido em R$ 7/ton. no comparativo A/A, devido às melhorias realizadas na planta da Aracruz, aos menores gastos com manutenção de equipamentos no período e, principalmente, ao menor consumo de insumos. Resultado Operacional. As despesas com vendas aumentaram 14% em relação ao trimestre anterior, devido às maiores despesas portuárias e à valorização do Dólar. Já as despesas administrativas tiveram um incremento de 11% T/T em virtude da elevação nos gastos com serviços de terceiros. Mesmo com esses aumentos, o maior preço médio da celulose resultou em um Ebitda ajustado – que exclui principalmente a variação do valor justo dos ativos biológicos – de R$ 550 milhões (+46,9% T/T), com margem de 36,9%. No comparativo anual, esse valor foi superior em 12,2%, mesmo considerando a ausência dos ativos de papel.

Resultado Financeiro. Como a grande maioria das dívidas da companhia é em moeda estrangeira, a desvalorização do Real acabou aumentando a despesa financeira de variação cambial, que atingiu R$ 981 milhões no trimestre. Com isso, o prejuízo no 2T12 foi de R$ 524 milhões. Endividamento. Após a oferta de ações e a conclusão da venda dos ativos florestais da Bahia, a companhia captou um total de R$ 1.596,4 milhões no período. Com isso, a posição de caixa da Fibria sem considerar a marcação a mercado dos instrumentos de hedge ficou em R$ 3.709 milhões, representando um índice de Dívida Líquida/Ebitda de 4,7x, versus os 5,2x registrados no 1T12. Após a renegociação realizada pela empresa em junho junto às instituições credoras, os limites máximos passaram a ser de 4,5x a partir do 2T12, além de considerar os itens analisados em Dólar, e não mais em Reais. Perspectivas. Consideramos o resultado da Fibria neutro, sem grandes oscilações em volume, mas que foi positivamente impulsionado pelo aumento no preço da celulose e a desvalorização cambial. Ressaltamos que a companhia tem se mostrado focada em melhorar sua estrutura financeira, após picos preocupantes atingidos no final do ano passado em função da volatilidade cambial e da queda no preço da celulose. Esse movimento tende a deixar a empresa um pouco mais protegida, já que movimentos especulativos com a respectiva queda no preço do insumo, diante da instabilidade econômica internacional, devem ser ocorrer no curto e médio prazo.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira