Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

01/08/2012 - 09:24

Indústria química desacelera no 2T12, aponta RAC da Abiquim

O segundo trimestre de 2012 foi marcado pela desaceleração nos volumes de produção e de vendas internas no segmento de produtos químicos de uso industrial, como mostra o RAC (Relatório de Acompanhamento Conjuntural) da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química. O índice de produção caiu 6,11% em relação ao primeiro trimestre de 2012 enquanto, na mesma comparação, o de vendas internas teve decréscimo de 6,56%. Em relação aos dados mensais, o índice de produção caiu 3,48% em junho, enquanto o de vendas internas teve recuo de 5,04%, ambos sobre maio. Apesar disso, os índices do acumulado do primeiro semestre do ano, sobre igual período do ano passado, tiveram acréscimo de 4,61% na produção e de 8,71% nas vendas internas.

De acordo com a entidade, os resultados do primeiro semestre foram influenciados positivamente pelo efeito reposição de estoques em diversas cadeias consumidoras de produtos químicos e também pela ocorrência de compras preventivas, motivadas pela expectativa de elevação dos preços de produtos químicos derivados do petróleo e da nafta petroquímica no mercado internacional especialmente nos primeiros três meses do ano. Além disso, houve ganho de competitividade, ainda que momentâneo, do produto nacional frente ao importado, em razão da valorização do dólar, em relação ao real.

“A partir do início do segundo trimestre, alguns desses efeitos parecem ter se esgotado e tanto a produção quanto as vendas internas exibiram recuos, motivados pela diminuição do ritmo de atividade de importantes segmentos consumidores de produtos químicos”, salienta a diretora técnica de Economia e Estatística da ABIQUIM, Fátima Giovanna. “Além disso, a redução da demanda no mercado internacional, em razão da crise financeira mundial, tem causado impacto sobre os preços dos produtos químicos, que iniciaram um período de declínio, a partir de maio. A observação dessa nova condição pelos consumidores locais pode ter adiado algumas compras no mercado interno”, explica.

A economista acredita que as medidas adotadas recentemente pelo Governo para vários setores industriais, como a desoneração da folha de pagamento e também dos impostos federais que incidem sobre a produção não tem surtido o efeito esperado. “Apesar de importantes, apenas tais medidas não resolverão o problema de falta de competitividade da indústria brasileira. Há a necessidade da adoção de medidas de caráter mais estrutural, que estimulem a indústria brasileira a ocupar a capacidade ociosa e a investir em aumento de capacidade produtiva”, declara Fátima

Perfil - A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim ),fundada em 1964 reúne as indústrias químicas de grande, médio e pequeno porte, bem como prestadores de serviços ao setor nas áreas de logística, transporte, gerenciamento de resíduos e atendimento a emergências. A entidade representa o setor nas negociações de acordos internacionais relacionados a produtos químicos. A ABIQUIM é responsável pela coordenação, em nível nacional, do Programa Atuação Responsável® e pela operação do Pró-Química®, além de administrar o CB 10 - Comitê Brasileiro de Normas Técnicas, da ABNT, para a área química.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira