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04/08/2012 - 08:52

Petrobras atinge lucro líquido de 2012 foi de R$ 7 bilhões 868 milhões no 1º semestre de 2012


O lucro líquido da Petrobras no primeiro semestre de 2012 foi 64% inferior ao apurado no mesmo período do ano passado devido, principalmente, ao impacto da depreciação cambial sobre o endividamento e os custos. A geração operacional de caixa, medida pelo Ebitda, diminuiu 15%.

No segundo trimestre de 2012 houve prejuízo de R$1 bilhão 346 milhões em virtude da depreciação cambial e maior participação de derivados importados no volume de vendas. Outro fator que impactou o resultado foi o aumento das despesas extraordinárias com baixas de poços secos ou subcomerciais, especialmente em áreas de novas fronteiras, perfurados entre 2009 e 2012. O Ebitda no trimestre atingiu R$ 10 bilhões 599 milhões.

Um comunicado da Petrobras informa que em 25 de junho passou a vigorar o aumento de 3,94% para o diesel e 7,83% para a gasolina e, em 16 de julho, o diesel foi novamente reajustado, desta vez em 6%.

A produção de petróleo no Brasil diminuiu 1% no semestre e 5% em relação ao primeiro trimestre de 2012, devido à realização de paradas para manutenção como parte do programa de aumento da eficiência operacional na Bacia de Campos. No 2º semestre está prevista a entrada em produção de dois novos sistemas: Baleia Azul (100 mil barris/dia) e Baúna & Piracaba (80 mil barris/dia).

Os investimentos no 1º semestre alcançaram R$ 38 bilhões 673 milhões, valor 21% superior ao do mesmo período de 2011. As atividades de E&P corresponderam a 53% do total. Em junho, foi divulgado o Plano de Negócios e Gestão 2012- 2016, que prevê investimentos de US$ 208,7 bilhões para projetos em implementação e US$ 27,8 bilhões para projetos em avaliação.

Lucro líquido atingiu R$ 7 bilhões 868 milhões no semestre – A Companhia registrou lucro líquido de R$7 bilhões 868 milhões no primeiro semestre, valor 64% inferior ao apurado no mesmo período de 2011. O principal fator que impactou o lucro líquido foi a depreciação do real frente ao dólar (29% na cotação de fechamento do semestre e 14% na cotação média). O efeito cambial sobre o endividamento levou à redução do resultado financeiro em R$ 9 bilhões 391 milhões em relação ao 1º semestre de 2011, devido à perda de R$ 7 bilhões e 39 milhões neste semestre, frente ao ganho de R$ 2 bilhões 352 milhões no mesmo período do ano anterior.

A depreciação cambial também teve impacto nos custos do semestre. Embora o aumento do preço petróleo Brent em dólares tenha sido de apenas 2% (US$ 111,16/barril no 1º semestre de 2011 e US$ 113,34/barril no 1º semestre do corrente ano), em reais a variação foi de 17% (R$ 181,19/barril no 1º semestre 2011 e R$ 211,95/barril no 1º semestre de 2012), elevando os custos com importação de petróleo e derivados e o pagamento das participações governamentais. Este efeito foi parcialmente compensado pelo aumento de 8% no preço dos derivados no mercado interno, refletindo o reajuste da gasolina (10%) e do diesel (2%) em novembro de 2011.

O crescimento de 8% no volume de vendas de derivados no mercado interno, suportado em grande parte pelo aumento das importações, também afetou o custo do produto vendido (CPV). As despesas operacionais aumentaram 23%, principalmente pelo incremento dos custos exploratórios em R$ 2 bilhões 286 milhões em comparação ao 1º semestre de 2011. Este aumento ocorreu em função de despesas extraordinárias com poços secos, cujas perfurações foram realizadas entre 2009 e 2012, e do crescimento da atividade exploratória em novas fronteiras, de maior risco. Também cresceram as despesas com vendas (11%) e gerais e administrativas (16%), refletindo maiores volumes comercializados, gastos com pessoal e serviços técnicos.

Prejuízo de R$ 1 bilhão 346 milhões no segundo trimestre de 2012 – A Companhia registrou prejuízo de R$ 1 bilhão 346 milhões no 2º trimestre de 2012. Este resultado foi fortemente afetado pela perda de valor do real sobre o dólar (11% tanto na cotação de fechamento quanto na cotação média). O maior impacto foi sobre o resultado financeiro, que registrou perda de R$ 7 bilhões 307 milhões devido ao efeito cambial sobre o endividamento.

O resultado operacional também foi influenciado pelo câmbio. O custo dos produtos vendidos não se beneficiou da redução de 9% na cotação média do petróleo em relação ao trimestre anterior, pois o impacto da variação cambial resultou em aumento de 1% no valor do óleo em reais. Esta elevação de preços e câmbio aumentou o custo das importações e outras despesas direta ou indiretamente atreladas ao dólar. Além disso, o mercado interno cresceu 4% e foi abastecido pelo aumento da participação de derivados importados nas vendas, pela utilização de estoques formados no trimestre anterior, a custos mais elevados. Também houve maior importação de GNL para suprimento da demanda térmica, assim como menor margem de comercialização de energia. A demanda térmica foi reduzida somente ao final do trimestre. A conjunção destes fatores resultou em um aumento de 13% no CPV e uma redução de 21% do lucro bruto no trimestre. As despesas operacionais também cresceram (27%), impactadas pelo aumento dos custos exploratórios (+ R$ 2 bilhões 405 milhões) devido a despesas extraordinárias com baixas de poços secos perfurados entre 2009 e 2012 em novas fronteiras exploratórias. Menor lucro bruto e maiores despesas operacionais resultaram na redução de 55% no lucro operacional em relação ao trimestre anterior. A redução do lucro operacional, somada ao efeito cambial sobre a dívida, levou a Companhia a registrar prejuízo no trimestre.

Produção de petróleo e gás natural – A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior atingiu, no semestre, a média diária de 2 milhões 628 mil barris de óleo equivalente (boe), volume em linha ao produzido no mesmo período de 2011. No Brasil, a produção total de petróleo e gás natural permaneceu estável na comparação entre os primeiros semestres de 2012 e 2011, alcançando 2 milhões 381 mil boed. A produção de petróleo e LGN diminuiu 1% devido à intensificação de paradas para manutenção. A produção de gás natural aumentou 4% em virtude da entrada em operação dos campos de Mexilhão, Uruguá e Lula e ao retorno à produção do poço de Lagosta. Na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre de 2012, a produção total no Brasil caiu 4%, resultado, principalmente, de paradas programadas para manutenção nas plataformas P-35 (Marlim) e P-65 (Cabiúnas) e nos FPSOs Cidade de Niterói (Marlim Leste) e Cidade de Angra dos Reis (Lula) e da interrupção da produção de Frade, que reduziram a produção de petróleo (-5%) e gás natural (-1%). Estas paradas já estão consideradas na curva de produção do Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 e ocorrem no contexto do Proef (Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos). O Proef é um dos programas estruturantes previstos no PNG 2012-2016 e que visa a elevar o índice de eficiência, que em 2011 foi de 71%, para 90% até 2016. No 2º semestre de 2012 dois novos sistemas entrarão em produção: FPSO Cidade de Anchieta, em Baleia Azul, com capacidade de 100 mil bpd e o FPSO Cidade de Itajaí, em Baúna e Piracaba, com capacidade de 80 mil bpd.

Investimentos com foco nas atividades de exploração e produção – Os investimentos no semestre totalizaram R$ 38 bilhões 673 milhões, em sua maioria dedicados ao segmento de Exploração e Produção (53%), com prioridade para a ampliação da capacidade de produção e desenvolvimento do Pré-Sal. Na área de Abastecimento foram investidos R$ 13 bilhões 259 milhões, dando continuidade aos projetos de modernização e ampliação do parque de refino que visam a aumentar a qualidade e o volume de derivados produzidos no Brasil para suprir a crescente demanda e substituir importações. No segmento de Gás e Energia continuamos investindo na integração e expansão de nossos sistemas de transporte. Em junho desse ano, a Companhia divulgou o novo Plano de Negócios e Gestão 2012-2016, que prevê investimentos totais de US$ 236,5 bilhões, sendo US$ 208,7 bilhões aos projetos em implantação e US$ 27,8 bilhões aos projetos em avaliação. Os investimentos enfatizam as atividades de Exploração e Produção no Brasil, com foco no crescimento da produção de óleo e gás natural.

Preços de petróleo e derivados – Na comparação com o 1º semestre de 2011, o preço do petróleo Brent aumentou 2% em dólares, porém, devido à desvalorização cambial, em reais a variação foi de 17%. O spread entre a cotação do petróleo nacional e o Brent foi reduzido de US$ 9,67/barril no 1º semestre de 2011 para US$ 5,33/barril no 1º semestre de 2012, em consequência da valorização do óleo pesado em relação ao leve. Assim, o preço médio do petróleo nacional vendido pela Petrobras aumentou 6% em dólares e 22% em reais. O preço médio dos derivados no mercado interno cresceu 8% em reais no comparativo entre os primeiros semestres de 2012 e 2011, refletindo o aumento de preços dos derivados referenciados nas cotações internacionais e o reajuste da gasolina e do diesel, em 10% e 2%, respectivamente, em novembro de 2011. Em junho, a Companhia divulgou o reajuste nos preços de venda nas refinarias da gasolina (+7,83%) e do diesel (+3,94%). A Petrobras divulgou novo reajuste de 6% para o diesel, que entrou em vigor em julho de 2012.

Recorde de processamento nas refinarias – Diante do crescimento da demanda no Brasil, a Petrobras vem empreendendo esforços para otimizar o aproveitamento de suas refinarias e maximizar a produção de derivados, principalmente diesel e gasolina. A Companhia atingiu, em junho, recorde no processamento de petróleo nas suas refinarias. A média mensal de refino naquele mês alcançou 2,01 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), 2,9% superior ao recorde anterior de 1,95 milhão de bpd, obtido em outubro de 2011. No semestre houve aumento de 5% na produção de derivados no Brasil em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 1 milhão 975 mil barris por dia. No trimestre, a produção foi de 2 milhões e 8 mil barris por dia, um crescimento de 3%.

Aumento das vendas de derivados e gás natural no mercado interno - O volume de vendas de derivados no mercado interno foi 8% superior ao 1º semestre de 2011, totalizando 2 milhões 204 mil barris por dia. Destaca-se a gasolina (+20%), por conta do expressivo crescimento da frota associado à vantagem do preço da gasolina em relação ao etanol, e à redução do teor de etanol na gasolina C (de 25% para 20%), a partir de outubro de 2011. As vendas de diesel cresceram 7% impulsionadas pelo crescimento da economia e o querosene de aviação (QAV) aumentou 9%, refletindo o crescimento do setor de aviação. A venda de gás natural cresceu 16%, refletindo a maior demanda termelétrica, bem como a substituição do óleo combustível, cuja demanda diminuiu 8%. No trimestre, o crescimento das vendas de derivados foi de 3%, com destaque para o diesel, devido à sazonalidade.

Balança Comercial da Petrobras impactada pelo aumento das importações de derivados – Na balança comercial de derivados, houve aumento de 21% na importação e redução de 5% nas exportações no semestre para atender ao crescimento da demanda. As exportações de petróleo recuaram 5% no comparativo entre os dois primeiros semestres, em função da menor produção de petróleo e aumento da carga fresca processada nas refinarias. O déficit comercial de petróleo e derivados da Petrobras no 1º semestre de 2012 alcançou 110 mil bpd.

No trimestre, houve redução das importações de derivados devido ao aumento da produção das refinarias no Brasil e à realização de estoques formados no 1º trimestre. As exportações de petróleo recuaram 146 mil bpd (-29%), devido à redução na produção de óleo e maior processamento nas refinarias. A menor exportação de petróleo impactou a balança comercial, que fechou com déficit de 170 mil bpd no trimestre.

Custo de extração e de refino – O custo de extração sem participações governamentais no país, em reais, aumentou R$ 4,65/barril em relação ao 1º semestre de 2011, em razão dos maiores gastos com intervenções e manutenções do Proef, cujos resultados não são imediatos. Além disso, parcela deste aumento deve-se à desvalorização do real frente ao dólar no período. O aumento do preço de referência do petróleo nacional contribuiu para o acréscimo de R$ 10,47/barril no custo de extração com participações governamentais no comparativo dos dois semestres. O custo de refino no país, em reais, reduziu 7% em relação ao 1º semestre de 2011 em função de menores gastos com paradas programadas. A redução foi parcialmente compensada por gastos mais elevados em conservação, reparos e pessoal.

Endividamento – O endividamento líquido da Petrobras aumentou 29% em relação a 31.12.2011, em função do efeito cambial e do alto volume de investimentos, que superou a geração de caixa no período. O limite para alavancagem de 35% para dívida líquida/capitalização líquida; e de 2.5 vezes para dívida líquida/EBITDA, divulgado no PNG 2012-2016, permanece inalterado.

Contribuição Econômica e Participações Governamentais – A contribuição econômica da Petrobras, medida pela geração de impostos, taxas e contribuições sociais, totalizou R$ 35 bilhões 394 milhões. No 1º semestre de 2012, as participações governamentais no país aumentaram 19% em relação ao 1º semestre de 2011, devido ao acréscimo de 17% no preço médio de referência do petróleo nacional e pelo aumento das alíquotas progressivas de Participação Especial dos grandes campos produtores. No 2º trimestre de 2012, as participações governamentais no país reduziram 6% em relação ao 1º trimestre, devido ao decréscimo de 1% no preço médio de referência do petróleo nacional, em decorrência da redução de produção nos grandes campos pagadores de participações especiais no período.

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