Londres/2012: Scheidt e Prada garantem medalha na Star e decidem o ouro no domingo

Dupla brasileira já têm, no mínimo, o bronze e Scheidt conquistou quinta medalha olímpica, tornando-se o maior vencedor do Brasil e da vela mundial. Fernanda e Ana começam bem na 470.

São Paulo (SP) - A dupla brasileira Robert Scheidt e Bruno Prada garantiu no dia 03 de agosto (sexta-feira), a medalha na classe Star antes da última regata da Olimpíada, a chamada Medal Race, marcada para o domingo (05), a partir das 9h da manhã. Os tricampeões mundiais, que estão em segundo na classificação geral, com 26 pontos, não podem mais ser alcançados pelos noruegueses Eivind Melleby e Petter Morland Pedersen, em quarto com 53 pontos.

As equipes da Grã-Bretanha (18 pontos) e da Suécia (30) também estão garantidas no pódio e resta saber qual será a cor da medalha de cada uma das três parcerias. "Ficamos muito contentes com o resultado, mas não vamos nos acomodar. A raia onde será disputada a Medal Race é bem complicada, com vento bem rondado e tudo pode acontecer. Vamos entrar para ganhar", diz Bruno Prada.

As regatas desta sexta-feira na Star mostraram que as três duplas estão acima das demais. Na primeira prova, os brasileiros dominaram em todos os contornos de boia e cruzaram em primeiro, seguidos pelos suecos Fredrik Loof e Max Salminen. Os britânicos ficaram em quarto. Na última, porém, recuperaram-se e dominaram completamente a prova, com Scheidt e Prada tendo de fazer uma regata de recuperação. Largaram em sétimo e terminaram em terceiro.

A matemática para o ouro está difícil para os brasileiros, mas não impossível. Com oito pontos atrás, Robert e Bruno precisam chegar quatro posições à frente dos ingleses na Medal Race, que tem pontuação dobrada. "Os ingleses estão velejando bem de popa, por isso conseguem recuperar bem o final de prova. Nós estamos bem também, mas eles estão um pouco mais rápidos em todas as condições, o que, às vezes, fica muito difícil de segurar e acabamos esperando um erro deles, que ainda não aconteceu", comenta Prada.

Além de atacar os ingleses, os brasileiros devem ficar atentos aos suecos, que estão quatro pontos atrás, em terceiro lugar. "O campeonato foi bastante equilibrado e o resultado é prova que eles velejaram bem e chegaram à disputa da medalha", finaliza Bruno Prada.

Scheidt é maior medalhista olímpico brasileiro e da vela mundial - Com a medalha olímpica garantida nos Jogos de Londres/2012, Robert Scheidt se junta aos outros três grandes nomes da história da vela mundial em Jogos Olímpicos. O velejador já tem quatro (duas de ouro e duas de prata) e tem garantida sua quinta, resta saber qual cor será. O brasileiro Torben Grael tem cinco medalhas olímpicas, sendo dois ouros, dois bronzes e uma prata. O dinamarquês Paul Elvstrom é dono de quatro ouros (1948, 1952, 1956 e 1960) e o inglês Ben Ainslie, que tem três ouros e uma prata, tem grande chance de conquistar mais uma medalha neste domingo, na disputa da Medal Race da classe Finn. Ele está em segundo lugar, dois pontos atrás do dinamarquês Jonas Hogh-Christensen.

Estreia na 470 - A sexta-feira na raia de Weymouth foi dia de estreia da classe 470 feminina. As brasileiras Fernanda Oliveira e Ana Barbachan começaram bem e estão entre as melhores após duas regatas. Na primeira, as gaúchas fecharam em 11º e depois conseguiram uma recuperação na segunda, fechando em quinto. Pela somatória, a dupla tem 16 pontos perdidos e está em sexto lugar. Favoritas, as britânicas Hannah Mills e Saskia Clark estão em primeiro com sete pontos perdidos.

"Por terem vencido o campeonato Mundial em maio e por estarem competindo em casa, a dupla britânica deve velejar com bastante pressão, mas tem feito resultados consistentes, conhece muito bem as raias, portanto é forte candidata a uma medalha", explica Fernanda Oliveira, que tenta seu segundo pódio olímpico.

Laser retoma calendário - As regatas das classes Laser Standard e Laser Radial voltaram nesta sexta-feira com dois brasileiros na disputa. No masculino, Bruno Fontes tem poucas chances de entrar na Medal Race faltando duas provas para o final. O atleta está em 14º com 25 pontos atrás do 10º colocado, o argentino Julio Alsogaray. O melhor desempenho na Olimpíada até o momento é de Tom Slinsby, da Austrália.

Já Adriana Kostiw está em 24º na Laser Radial após oito provas e um descarte. Na primeira prova do dia, a paulista acabou tomando bandeira preta logo na largada e foi desclassificada. Na segunda prova ela terminou em 26º. A brasileira soma 152 pontos perdidos e a liderança da categoria em Weymouth é da alemã Evi Van Acker.

Finn -O brasileiro Jorge Zarif se despediu da Olimpíada 2012 nesta sexta-feira. O jovem de 19 anos da classe Finn, mais novo da delegação brasileira, ficou em 20º lugar com 161 pontos perdidos. Em primeiro aparece o dinamarquês Jonas Hogh-Christensen seguido de perto pelo inglês Ben Ainslie, considerado o maior favorito à medalha de ouro.

RS:X voltam no sábado - As provas da prancha à vela serão retomadas. Já foram disputadas seis no masculino e no feminino. Patrícia Freitas ocupa a 14º posição e Ricardo ‘Bimba’ Winicki está em 14º, com 66 pontos perdidos.

A vela na Olimpíada - Como é comum em olimpíadas, a competição de vela não é na cidade-sede dos Jogos de Londres. As regatas estão sendo disputadas em Weymouth, na costa sul da Inglaterra. O local é a sede da Academia Nacional de Vela, o principal centro da modalidade no País. A disputa termina no dia 11 de agosto, com a final do Match Race feminino. As Medal Races para as demais classes serão realizadas entre os dias 5 e 9 de agosto.

Preparação ideal para os Jogos - A preparação da equipe brasileira de vela para Londres foi a melhor já feita para Jogos Olímpicos. Com o patrocínio do Bradesco, através da Lei de Incentivo ao Esporte, e a parceria com o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), a Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) montou um calendário ideal para cada membro do grupo, aproveitou a área de Ciência do Esporte do COB para mapear as necessidades de cada atleta e montou uma equipe multidisciplinar para que nada faltasse aos velejadores.

A Confederação Brasileira de Vela e Motor tem o patrocínio do Bradesco por meio da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal, e apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Travel Ace.

O Bradesco é um dos bancos líderes do setor financeiro no Brasil. Fundado em 1943, cresceu e evoluiu acompanhando as tendências e os ciclos econômicos do País. Dispõe de uma ampla rede de atendimento, com mais de 47,7 mil pontos em todo o Brasil. O atendimento aos clientes está segmentado por áreas de especialização, de acordo com o perfil de cada cliente. Seu modelo administrativo preserva o compromisso com as boas práticas de governança corporativa, proporcionando uma política de dividendos que oferece retorno atraente aos seus acionistas e o reconhecimento de sua atuação nas questões socioambientais. É ainda um dos maiores empregadores da categoria no País. O Grupo Bradesco de Seguros e Previdência é líder no mercado de seguros, previdência e capitalização, entre os conglomerados que atuam no setor na América Latina.