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08/08/2012 - 06:01

Pacientes cardíacos desconhecem os alimentos saudáveis e confundem os tipos das gorduras, aponta HCor

82% dos entrevistados afirmaram que consomem gordura trans e saturada por desconhecerem os malefícios à saúde.

Para avaliar o grau de conhecimento de pacientes cardíacos sobre o consumo de gorduras na alimentação, foi realizada pesquisa com 600 pessoas, com idade acima de 20 anos, residentes da cidade de São Paulo de diferentes classes sociais.

O resultado revelou que a maioria dos entrevistados, mesmo sendo portadores de condições como pressão alta, diabetes, obesidade e colesterol elevado, não tem conhecimento sobre a diferença entre os tipos de gorduras, quais são as mais indicadas e quais alimentos possuem um perfil nutricional mais adequado.

De acordo com o nutrólogo e cardiologista do Hospital do Coração, Dr. Daniel Magnoni, responsável pela pesquisa, alguns nutrientes, bons ou maus para a saúde, são bem conhecidos pelos entrevistados, como o ômega 3 (86%). Já as gorduras que fazem mal a saúde como a trans (81,9%) e a saturada (80,2%) continuam sendo consumidas por parcela significativa da população. Outro ponto alarmante é que, cerca de 20% dos entrevistados desconhecem que as gorduras saturadas são ruins, realidade que preocupa os especialistas. “Percebemos algumas contradições no cruzamento dos dados e verificamos pontos importantes que precisam ser reforçados junto à população, como é o caso da gordura saturada, que deve ser evitada” alerta Dr. Daniel Magnoni. Outro exemplo é sobre a gordura insaturada, que teve 55% de reprovação quando questionada sobre sua saudabilidade. “É um equívoco, pois a classificação insaturada se refere às gorduras benéficas à saúde do coração”, esclarece Magnoni.

Estas gorduras boas, as insaturadas, se dividem em dois tipos: poli-insaturadas e monoinsaturadas. Os ômegas (3 e 6) são nutrientes saudáveis, encontrados na composição das gorduras poli-insaturadas. A pesquisa apontou, no entanto, que há uma grande confusão quando essas nomenclaturas aparecem para a população. A maioria das pessoas sabe que os ômegas são benéficos, mas desconhecem que estão presentes nas poli-insaturadas, uma vez que o estudo mostrou que 57% dos entrevistados acham que as polis devem ser evitadas na alimentação. “Há um desconhecimento sobre o significado dos termos técnicos. Além disso, poucos sabem os benefícios que essas gorduras trazem para saúde e em quais alimentos encontrá-las”, ressalta Dr. Magnoni.

Fontes de gorduras -A pesquisa apontou pontos positivos e negativos sobre a percepção dos pacientes em relação à presença em excesso de colesterol, gordura saturada e trans nos alimentos. A bolacha recheada e a manteiga foram apontadas como as grandes vilãs. Já a maionese foi tida como vilã nos três quesitos – 84,7% responderam que o produto tem elevado nível de colesterol, 74,4% acham que é rica em gordura saturada e 63,3% apontaram que contém gordura trans. “Como existem conflitos e discordâncias sobre o conhecimento e a realidade, iniciamos uma grande mudança no atendimento, passamos de consultas individualizadas para reuniões em grupos e discussões sobre nutrição saudável”, ressalta Daniel Magnoni.

O médico acredita que crenças e suposições atrapalham na busca de fontes de gorduras boas e acrescenta que 29,9% nunca leem os rótulos dos alimentos e 36,8% leem às vezes, ante os 17,6% dos que tem o hábito de ler sempre. “Essa prática ajuda a identificar o perfil do produto durante as compras, mas para isso, as pessoas precisam entender o que a tabela nutricional oferece de informação”. O médico completa afirmando que o simples entender de rótulos é uma das mais importantes ferramentas educacionais.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia, apoiada nessa pesquisa e em pesquisas semelhantes, sobre incidência de doenças cardiovasculares e atuações preventivas em nutrição, lança a diretriz sobre gorduras, estimulando o consumo de gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas, reduzindo a gordura trans e estimulando a utilização de Omega 3 em pacientes com risco de doença cardiovascular

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