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08/08/2012 - 06:51

Conexão Londres-Brasil: Team GB, um inteligente processo de gestão

Na Grã-Bretanha se diz: "Nós somos bons nos esportes que se jogam sentado. Esportes que nos exigem ficar em pé, nunca foram a nossa taça de chá".

Ou seja: jogar em pé nunca foi algo visto como grande sucesso aqui na Inglaterra. Tirando, claro, o futebol. Mas e o cricket? E o rugby??

O ditado já não é tão atual, mas o futebol, o cricket e o rugby continuam sendo sucessos britânicos pelos campos do mundo. E é isso que sustenta o argumento deste artigo.

Revoluções aconteceram de verdade na Grã-Bretanha ou como se diz nesta Olimpíada, com o "Team GB".

A exemplo do que ocorre com o remo, tradicional esporte inglês, as conquistas de inúmeras medalhas, ao que parece, se deve a um inteligente processo de gestão. Mas, principalmente, pelo autêntico conhecimento de causa, capacidade de gerenciamento e a colocação de pessoas capacitadas nos lugares certos. Tudo isso vem dando resultados incríveis!

Vejam as bicicletas. Elas são o exemplo da revolução na gestão esportiva da Inglaterra. Foram exatamente as “magrelas” que trouxeram a maior concentração de medalhas de ouro para um país que sequer havia conhecido esporte nas olimpíadas anteriores. Já na China, em 2008, a Inglaterra, sem tradição alguma nesta modalidade, surpreendeu, faturando medalhas no ciclismo.

Em Londres, em uma semana de provas, a Inglaterra, ou melhor, o Team GB, conseguiu ganhar nada menos do que sete medalhas: seis de ouro e uma de prata!

Um resultado incrível, que merece uma análise, ainda que rápida, mas que traga algumas respostas adaptáveis à realidade brasileira.

A Inglaterra decidiu investir em esporte, mas não simplesmente pela busca de medalhas! Elas são as plataformas de uma estrutura voltada ao legado. O sucesso dos atletas são trampolins para saltar mais alto: gerar resultado para a sociedade, que seja tangível por muito tempo.

O ciclismo inglês se transformou num exemplo de educação e de superação. E acima de tudo, da clara disposição do governo em investir recursos de maneira sensível, coerente e inteligente, prestando contas e apresentando resultados. Um pacote com sucesso total: na seleção de atletas para formar as equipes, nos investimentos, e, principalmente, no bom emprego do dinheiro público.

É destaque também a valorização dos centros de tecnologia, neste caso do esporte, para obter resultados importantes que sirvam de base para um sucesso maior no futuro.

São inúmeros os benefícios: os resultados positivos alcançados, o sucesso do plano de ações, as medalhas conquistadas, os atletas que se transformam em ídolos nacionais e, o mais importante, um ganho para a imagem nacional, interna e externamente.

Também vale lembrar que a sequência de investimentos coerente na saúde, no esporte e na educação são primordiais no processo.

Para concluir essa análise, é importante recordar um detalhe deste sistema: o modo inteligente e interessante pelo qual os ingleses montam a base da formação de suas equipes. Através de um sólido investimento, e sem dúvida sob total controle e conhecimento publico, criou-se uma equipe de olheiros a partir de um sistema de escolha entre os principais treinadores do país e de ex-atletas.

A procura por talentos se dividiu por faixas de idade: grupos jovens de 10,12 e 14 anos. Por meio de exames e análises foi montada a primeira turma de atletas da equipe britânica de ciclismo. A partir daí, começou a tomar forma o trabalho, com atenção a todos os detalhes, desde a nutrição, até a administração e o treinamento. Todos os atletas receberam condições especiais de moradia, ajuda de custo, estudos, alimentação, com apoio de psicólogos e técnicos, em centro de alta tecnologia montado na cidade de Birmingham.

O resultado concreto é simplesmente fantástico! Uma história que começa na Olimpíada em Beijing, em 2008, e passa pelo sensacional grito de vitória de Bradley Wiggins no Tour de France, pela primeira vez para Grã-Bretanha. A coroação são as seis medalhas de ouro conquistada no moderníssimo velódromo de Londres.

O sucesso da iniciativa está sendo colhido até pelo comércio. A venda de bicicletas e equipamentos ligados ao ciclismo aumentou desde janeiro de 2012, mais de 160%, em comparação ao mesmo período de 2011.

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