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09/08/2012 - 07:01

CDB pré ou pós-fixado?

Como diz o velho jargão financeiro, a escolha de um investimento deve ser feita sempre com foco na rentabilidade futura e não no resultado passado. Ou seja, analisar o retorno alcançado nos últimos meses ou anos não significa que a aplicação atingirá a mesma rentabilidade no futuro. A premissa vale tanto para aplicações de renda variável como de renda fixa. Assim, para escolher um investimento, um dos requisitos básicos é avaliar os fundamentos que irão influenciar a rentabilidade durante o período de aplicação.

Quando o assunto é renda fixa, o principal fator de influência é a condução da taxa de juros básica da economia. Os títulos públicos e privados, que são utilizados como aplicações de renda fixa, acompanham as taxas definidas pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central.

De modo geral, estes títulos são divididos em pré ou pós-fixados. No caso dos pré-fixados, as taxas são definidas previamente. Ou seja, no momento da aplicação, você já sabe exatamente quanto o investimento renderá nos próximos anos.

Já o pós-fixado, como o próprio nome diz, possui a taxa definida posteriormente. Isso significa que a rentabilidade irá seguir a trajetória da taxa de juros básica da economia. Ou seja, se os juros subirem ao longo do período de investimento, a rentabilidade da aplicação também aumentará. Porém, se os juros caírem, o retorno será menor.

Normalmente, para acompanhar estes movimentos, no caso dos CDBs – títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras -, a remuneração dos títulos pós-fixados é definida em percentual do CDI – taxa de juros interbancária. Assim, apesar de não saber quanto será a taxa do CDI futura, o investidor sabe o percentual da taxa que receberá. Muitas vezes, de acordo com o prazo do investimento, este percentual aumenta, podendo chegar a 112% do CDI.

Mas, como escolher? O primeiro ponto é definir o prazo e o objetivo do investimento. De acordo com os objetivos e os prazos, as recomendações podem ser distintas. Se o objetivo é ter total previsibilidade de rendimento para aquisição de um bem, por exemplo, optar por um investimento pré-fixado pode ser a melhor opção.

A partir destas informações, é preciso avaliar o contexto e as expectativas para a taxa de juros. Via de regra, em cenários de queda da taxa de juros, o mais recomendado são os papéis pré-fixados, que conseguem garantir hoje um retorno maior. Porém, se o cenário for de incerteza, alta de inflação e possibilidade de aumento dos juros, a recomendação é priorizar os investimentos pós-fixados, que acompanharão o movimento do mercado, evitando qualquer perda para o investidor.

Hoje, há no mercado títulos privados que oferecem taxas atrativas tanto para os investimentos pré como pós-fixados. No entanto, a escolha da melhor opção dependerá principalmente dos objetivos do investidor, do prazo previsto para este investimento e da perspectiva econômica para o período desejado.

.Por: Cláudio Ferro é presidente do Banco Ficsa | Perfil-Banco Ficsa -Com quase 50 anos de história, o Banco FICSA atua por meio de correspondentes bancários e é referência em financiamento de veículos para as classes C, D e E e em crédito a pequenos e médios lojistas (FICSANET). Além disso, lançou em 2011 o CDB Direto, que permite a compra direta de títulos da instituição (CDBs e RDBs) pela internet. Em 2011, pelo segundo ano consecutivo, o Jornal Valor Econômico incluiu o Banco FICSA entre os 100 Maiores Bancos do Brasil.

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