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10/08/2012 - 09:20

A morte súbita não é tão inesperada assim


Frequentemente nos deparamos com notícias de atletas que morrem subitamente. Esta ocorrência de forma inesperada em atletas jovens, durante as competições, impressiona fãs e também profissionais da saúde que lidam com isso no dia a dia. O impacto é amplificado com as transmissões ao vivo, quando assistimos ao drama durante um evento esportivo.

Estudos mostram que os atletas de alto rendimento que acabam morrendo, na sua maioria, já tinham algum problema cardiovascular herdado geneticamente dos pais ou devido ao desenvolvimento de uma aterosclerose precoce. Exames cardiológicos rigorosos feitos antes de treinamentos de modalidades aeróbicas, como futebol, vôlei, maratona, basquete são essenciais e determinantes para evitar uma tragédia. E esses cuidados têm sido tomados com a realização de exames periódicos. A incidência de morte súbita nesse público é muito baixa. Entre os homens, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, é de um caso para 133 mil atletas. Já entre as mulheres, é ainda mais rara, um óbito para 700 mil.

Além dos atletas profissionais, os esportistas amadores ou mesmo as pessoas que praticam atividade física de rotina ou esporadicamente devem ficar atentos e cuidar da saúde.

Ao se deparar com uma parada cardíaca poucos sabem o que fazer e quais os passos para evitar que aquela pessoa morra, sem qualquer socorro. A ação imediata é que diante de uma pessoa inconsciente e que não respira, o leigo peça a alguém para telefonar para o 192 e inicie imediatamente a compressão do peito, ou seja, a massagem cardíaca. Em locais de grande aglomeração de pessoas, como estádios, aeroportos e shoppings solicitar para alguém trazer o mais rápido possível um desfibrilador automático. Não é preciso mais fazer respiração boca a boca, segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Quando ocorre uma parada cardíaca o paciente perde 10% de chance de sobreviver a cada minuto. Se nada for feito em 10 minutos, a chance de sobrevida é mínima. Fazendo a massagem cardíaca sem parar até a chegada do socorro especializado pode fazer a diferença para salvar vidas.

.Por: Frederico Carbone Filho, diretor médico do Hospital Santa Isabel

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