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21/08/2012 - 07:03

Não fazer exercício pode reduzir até 10 anos a expectativa de vida, alertam especialistas em saúde

Fazer atividade física regularmente reduz em até 50% a chance de desenvolver câncer, diabetes e sofrer acidentes cardiovasculares. Não existe nenhum fármaco que possa ser comparado com os benefícios do exercício ou que possa responder por um grande número de doenças simultaneamente. No encerramento do Simpósio sobre Balanço Energético, especialistas de saúde de todo o continente concordaram que promover a atividade física é a maneira mais eficiente para combater a epidemia de obesidade na região e deve ser uma prioridade nas agendas das políticas públicas.

Guarujá, Brasil -O exercício regular pode aumentar em até 10 anos a expectativa de vida e pode reduzir em até 50% a chance de desenvolver doenças crônicas, como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares. Por isso, é essencial que haja um esforço multidisciplinar envolvendo governo, indústria, organizações sociais e especialistas em saúde para promover a atividade física como forma mais eficiente para combater a epidemia de obesidade na região, concordaram especialistas no encerramento do Simpósio sobre Balanço Energético da Série Científica Latino americana.

O encontro reuniu mais de 130 especialistas e pesquisadores em nutrição e saúde pública em todo o continente, terminou com um diálogo intenso sobre os benefícios da atividade física em praticamente todos os aspectos da saúde, portanto, a sua promoção, disseram eles, deve ser uma prioridade nas agendas de políticas públicas de todos os países. Exercício físico e cuidados com a alimentação são as melhores formas de combater os problemas associados ao ganho de peso, concordaram.

"O controle inadequado do balanço energético é provavelmente a principal causa de obesidade que afeta a América Latina", disse o Dr. Fernando Lavalle, presidente do Comitê Científico responsável pela organização do simpósio.

Anteriormente, o especialista em Medicina Interna da Universidade de Rosário, na Colômbia, John Duperly, apresentou provas de várias disciplinas científicas, documentando os benefícios da atividade física em todas as áreas da saúde. Ele mencionou que fazer uma hora por dia de atividade física moderada ativa cerca de 800 genes que contribuem para a manutenção da boa saúde, bem como para reduzir em até 50% o desenvolvimento de doenças fatais, como câncer, diabetes e derrame.

Até agora, disse ele, não há droga no mercado que possa ter uma finalidade de manter um estilo de vida saudável tanto quanto o exercício. Ele explicou que cinco intervenções no estilo de vida podem reduzir o risco de até 90% de desenvolver diabetes tipo dois. Essas mudanças são: não fumar, ter um consumo moderado de álcool, comer cinco porções de frutas e vegetais, fazer pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por semana, equivalente a meia hora por dia, e ter um peso adequado.

No entanto, segundo ele, é importante que os profissionais de saúde tenham as ferramentas e conhecimentos básicos para prescrever atividade física terapêutica, porque atualmente não tem informação suficiente para motivar aos pacientes a mudarem seus hábitos e incorporar o exercício na sua rotina diária. "Compreender o comportamento humano e mudá-lo é o maior desafio do balanço energético", disse Duperly.

Ao apresentar a palestra "O Gasto de Energia e sua Avaliação," o pesquisador da Universidade de Sonora, Mauro Valencia explicou que o gasto energético total de um indivíduo está determinado pelo gasto do próprio metabolismo, o efeito termogênico dos alimentos e o gasto pela atividade física que é o mais variável.

Por sua parte, o Dr. Eric Ravussin, diretor do Centro Biomédico Pennington de Pesquisa em Nutrição sobre Obesidade da Universidade do Estado de Louisiana, disse que um dos fatores determinantes no ganho de peso experimentado pela população do mundo nos últimos anos é o aumento do consumo de gordura, em vez da ingestão de carboidratos e açúcares, uma vez que as gorduras têm um maior impacto no desequilíbrio de energia.

Ao apresentar a palestra “Fisiologia do gasto energético”, o especialista explicou que o metabolismo do corpo humano funciona de forma diferente para carboidratos e gorduras. Enquanto os primeiros vão para o fígado, e servem para proporcionar energia ao músculo esquelético, as gorduras praticamente servem para aumentar o tecido adiposo.

No entanto, segundo ele, é preciso mais estudos que tentem explicar o desequilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto energético porque "no meio ambiente há muitos gatilhos que podem disparar a obesidade e ainda há muitas coisas por saber".

Finalmente, o Dr. Hugo Laviada, professor da Universidade Colégio Marista, em Mérida, falou sobre a influência de diferentes macronutrientes no balanço energético.

Ao encerrar o Simpósio da Série Científica Latinoamericana, Dr. Fernando Lavalle anunciou que a próxima reunião, em 2013, será realizada no México com o tema: Como mudar hábitos.

Série Científica Latino Americana -Um fórum para apresentação e discussão sobre questões de saúde para a região. Este ano, a segunda edição, primeira vez realizada no Brasil, foi sobre balanço energético. Cada simpósio anual contará com apoio de instituições reconhecidas e estará integrado por um comitê para assegurar o seu rigor científico. [www.seriecientifica.org].

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