FGV realiza workshop sobre conciliação e mediação no Brasil

Evento organizado pela FGV e APM com apoio da COPEDEM, UIJLP, APAMAGIS e participação da OAB, IAB e AASP acontece dia 24 de agosto (sexta-feira), na Fecomércio.

O sistema judiciário brasileiro há décadas apresenta uma demanda bem acima da sua capacidade. Somente em São Paulo, estima-se que exista mais de 17 milhões de processos à espera de avaliação. Além do tempo de espera, há os desgastes emocionais, custos diretos e indiretos que envolvem um processo judicial.

Diante deste cenário, a FGV (Fundação Getulio Vargas) realiza na próxima sexta-feira (24), a partir das 9h, no Auditório da Fecomércio, o workshop “Mudança de Cultura pela Composição de Litígios”. O evento reunirá mais de 300 desembargadores, juízes, representantes de grandes escritórios de advocacia, além de advogados, gestores de grandes corporações e especialistas.

No Brasil, a cultura e formação jurídica é a de contender e resolver conflitos por meio de processos, mesmo que esses sejam levados em última instância, contrariamente a alternativa da equação através da mediação. Com milhões de processos em espera, o Conselho Nacional de Justiça criou em 2010, a resolução 125, que visa à conciliação e à mediação como parte do sistema judiciário brasileiro. Esses instrumentos oferecem a possibilidade de diminuir o número de processos visando tornar o sistema judiciário mais eficaz.

Durante o workshop, serão expostos os benefícios que a conciliação e a mediação podem trazer para a sociedade, para advogados e para o sistema jurídico brasileiro. Haverá ainda a palestra de advogados internacionais e profissionais que fazem da mediação grande fonte de receita e apresentação de cases nacionais e internacionais sobre os usos dessas medidas.

“A ideia dessa iniciativa é apresentar a importância da mediação e da conciliação para a resolução de um problema que afeta toda a sociedade, além de mostrar aos advogados que é possível fazer desta, uma atividade altamente eficaz e extremamente bem remunerada, destaca o professor da FGV, Pérsio Talarico. E acrescenta: “Esses instrumentos, juntamente com a arbitragem e outros meios alternativos de resolução de conflitos, oferecem a esperança de aliviar o atual embaraço do sistema, mas o sucesso dependerá de como os meios alternativos serão encarados em um futuro muito próximo, por todos os segmentos envolvidos

À tarde serão realizadas simulações de mediações envolvendo magistrados, advogados e mediadores em 04 núcleos: Consumeristas, Empresas, Família e Bens Públicos e Meio Ambiente. O evento é gratuito, mas as vagas são imitadas. Inscrições para o Workshop devem ser feitas pelo e-mail: [email protected]

Para os painéis da tarde, sujeitas a aprovação da inscrição, reserva através do telefone (11) 3799-3452 com Valéria.

FGV - Criada em 1944 com a missão de promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil, a Fundação Getulio Vargas construiu uma trajetória de destaque no cenário histórico nacional, sendo responsável pela elaboração dos principais indicadores econômicos do país. Da formação acadêmica à pesquisa científica, da assessoria técnica à orientação e avaliação das práticas de políticas públicas, sua importância em âmbito nacional está diretamente relacionada à qualidade e ao prestígio de sua marca. A competência, confiabilidade, espírito de vanguarda e postura ética que sempre a caracterizaram, fazem desta instituição referência nas áreas de Administração, Economia, Documentação, Pesquisa Histórica e Direito.

A partir desse conjunto de competências, a Fundação Getulio Vargas foi citada entre os Top 50 Think Tanks Worldwide (Non-US), ocupando a 28º posição, e como o Think Tank número 1 entre os Top 40 Think Tanks na América Latina e Caribe, segundo a pesquisa “The Leading Public Policy Research Organizations In The World”, divulgada em 2010, que considerou um universo de 6.300 instituições em 169 países. A Revista Foreign Policy também classificou a FGV entre os 5 maiores Think Tanks do mundo na categoria “formuladores de políticas”.