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22/08/2012 - 11:56

Fitomedicamentos no Brasil: Biodiversidade abundante, investimentos escassos


Na atual conjuntura econômica do Brasil, que não mede esforços para reverter a insistente balança comercial deficitária, soa como contrassenso a falta de incentivo e atenção dispensados à indústria de fitomedicamentos. O resultado é que, a despeito da abundância de nossa biodiversidade, a indústria nacional ainda precisa recorrer à importação de espécies, em função de regulamentações pouco adequadas à realidade, que, na prática atuam como verdadeiros bloqueios ao desenvolvimento do setor em nosso país. E a partir daí toda a cadeia acaba por ser truncada – desde a pesquisa até a produção industrial, seja qual for o laboratório em questão.

Diante desse cenário, os desafios rumo ao desenvolvimento e produção de fitomedicamentos no Brasil a nível industrial tornam-se enormes, mas mesmo assim devem ser enfrentados, em nome da diminuição das importações e da multiplicação de possibilidades para o desenvolvimento de novos produtos genuinamente nacionais, consolidando um parque industrial 100% brasileiro. E aqui vale a ressalva: sempre falamos em uso sustentável da biodiversidade para produção de fármacos nacionais.

Do ponto de vista das pesquisas, é preciso haver melhorias na jurisdição do setor. Hoje, a legislação referente ao acesso ao patrimônio genético brasileiro é imprecisa, e gera insegurança em muitos profissionais, diminuindo o interesse pelo trabalho na área. Já do ponto de vista industrial, são os processos de manejo florestal que precisam de ajustes, principalmente com relação aos empregos gerados e manutenção das florestas.

A construção de uma via industrial e tecnológica capaz de reduzir drasticamente a dependência de insumos farmacêuticos estrangeiros requer interação e diálogo entre os diversos setores da cadeia de produção: é preciso melhorias e regulamentação no manejo agrícola, certificação das plantas, fortalecimento das politicas de produção e desenvolvimento nos laboratórios, interação entre instituições públicas e privadas, e valorização, por parte do Estado, nas pesquisas e inovações.

.Por: Luiz Francisco Pianowski, pesquisador, presidente do laboratório Kyolab e membro do Conselho Científico da Amazônia. Farmacêutico com Doutorado em Tecnologia Farmacêutica (Porto-Portugal), Pianowski é um dos profissionais diretamente envolvido nas pesquisas de fitomedicamentos que visam o combate a alguns tipos de câncer (AM10) e ao vírus do HIV (AM12). |Perfil-A Kyolab (outrora Pianowski & Pianowski Ltda.) é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de produtos farmacêuticos e cosméticos, com expertise em fitomedicamentos. Produz e padroniza extratos vegetais, isola e identifica substâncias ativas. Luiz Francisco Pianowski teve participação como inventor em 25 patentes depositadas de produtos que estão no mercado, como: Acheflan, Giamebil, Prostokos , Sintocalmy, Imunoglucan, Kronel etc, etc. A Pianowski & Pianowski e a Kyolab somam nove anos de atuação no mercado.

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