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24/08/2012 - 09:03

HCor desenvolve nova técnica para diagnóstico precoce de Alzheimer

Neurocirurgiões do Hospital do Coração desenvolvem método pioneiro no país que combina imagens obtidas por meio do PET/CT, tomografia e ressonância magnética das vias cerebrais para localizar com maior precisão possíveis pontos de desenvolvimento da doença.

Atualmente, o Mal de Alzheimer atinge cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 1 milhão estão no Brasil. Embora a doença ainda não tenha cura, existem tratamentos que tentam retardar os declínios cognitivos que ela causa. Isso faz com que os portadores de Alzheimer lutem contra as alterações de comportamento que podem desenvolver ao longo dos anos, em função de sintomas da doença como a perda de memória. Portanto, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais chances os médicos têm de proporcionar maior conforto e qualidade de vida aos pacientes. "O Alzheimer é a principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos no Brasil. O problema chega a ser duas vezes mais comum que a demência vascular (microinfartos cerebrais) no país, cujos índices são cada vez mais altos. Diante desse cenário, é imprescindível contar com ferramentas capazes de diagnosticar a doença com antecedência e precisão”, afirma o neurocirurgião do Hospital do Coração (HCor), Dr. Antônio De Salles.

Atento a essa necessidade, Dr. De Salles, em parceria com a também neurocirurgiã do HCor, Dra Alessandra Gorgulho, trazem um método pioneiro no país para o diagnóstico precoce de Alzheimer. A partir de estudos que desenvolveram na Universidade da Califórnia (UCLA), onde ele e Dra. Alessandra são docentes e operam pacientes com Mal de Alzheimer, os neurocirurgiões do HCor combinam imagens geradas por aparelhos de PET/CT e ressonância magnética para encontrar, com mais precisão, possíveis pontos de desenvolvimento da doença, bem como alvos para cirurgia. “Esse método diagnostica Alzheimer precocemente, ao indicar com mais clareza os locais onde há maior concentração de células inativas no cérebro do paciente”, explica Dra. Alessandra. "Esta manipulação de imagens se torna possível com a vinda de fusão de imagens neurocirúrgicas e com auxilio do serviço de Neuroradiologia e Medicina Nuclear do HCor.”

Para funcionar, o método usado por Dr. De Salles e Dra. Alessandra é realizado em diferentes estágios. No primeiro, ele analisa as imagens geradas por tomografias isoladas e pelo aparelho de PET/CT que consiste em uma combinação da imagem estrutural obtida pela tomografia computadorizada e a imagem funcional oferecida pela tomografia molecular por pósitrons (PET). Em seguida, Dr. De Salles avalia as vias cerebrais e o grau de atrofias no cérebro utilizando a ressonância magnética. “Ao visualizar os exames, vemos diferentes áreas do cérebro e suas vias representadas por cores diferentes, dependendo da direção das fibras nervosas. Os locais com baixa absorção de glicose no córtex cerebral representam áreas com função deficiente e são vistas com menos intensidades que as áreas normais. A partir desse indício, intensificamos as análises por meio do uso de comparação e adição de imagens.", explica Dr. De Salles. "Com esse recurso poderemos identificar e desenvolver tratamento precoce ou prevenção para vários outros tipos de doenças cerebrais degenerativas, associadas ao envelhecimento", conclui o neurocirurgião.

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