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11/10/2007 - 10:24

Às crianças, os livros.

O Dia da Criança, comemorado no Brasil em 12 de outubro, embora efeméride de origem “marqueteira” e comercial, é um momento oportuno para, muito além de dar presentes, refletirmos sobre como oferecer melhores perspectivas de desenvolvimento à infância. Nesse sentido, é interessante observar alguns dados constantes de excelente estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), realizado para a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL).

O trabalho, intitulado “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro/2006”, demonstra que o segmento infanto-juvenil continua aquecido. Num universo total de 320,63 milhões de exemplares de livros produzidos no ano passado (4,62% a mais do que o registrado em 2005), 20,35 milhões referem-se à somatória das rubricas “Literatura Infantil” (12,80 milhões) e “Literatura Juvenil” (7,54 milhões), ante 22,40 milhões relativos à “Literatura Adulta”. Ou seja, as famílias parecem estar comprando livros para suas crianças e jovens e os incentivando à leitura.

Reflexos desse positivo comportamento pode ser conferido nos dados relativos à produção de títulos em primeira edição. No ano passado, foram 1.422 no segmento da literatura infantil e 717, juvenil. Surgem novos autores, num interessante movimento de resgate da literatura brasileira, sem dúvida uma das mais belas e ricas de todo o mundo. Independentemente de variações positivas e negativas de alguns itens do estudo em relação ao exercício imediatamente anterior, a verdade é que o público infanto-juvenil ganha cada vez mais espaço no mercado editorial.

Essa tendência é muito importante para a sustentabilidade e o crescimento do setor e toda a cadeia produtiva, na qual inclui-se a indústria gráfica, em cujo mix de faturamento o setor editorial é o responsável pela maior fatia, com cerca de 37% do total. Porém, a imperiosa necessidade de formar leitores em grande escala no Brasil, onde o índice de venda de livros ainda está aquém da média de países com semelhante perfil socioeconômico, transcende às questões mercadológicas. A disseminação do hábito de leitura é fundamental para o sucesso de um objetivo mais amplo e prioritário: o desenvolvimento e o ingresso do País num fluxo duradouro de crescimento, melhor distribuição de renda e multiplicação de empresas e empregos.

O livro e as mídias impressas continuam sendo os mais importantes canais de acesso à cultura e à informação, valores decisivos, na presente civilização, para o sucesso das pessoas, empresas e países. Estas são reflexões muito pertinentes quando se aborda qualquer tema relativo à infância. Afinal, o conhecimento é o único patrimônio indestrutível de uma pessoa. Por isto, às crianças, os livros!

. Por: Alfried Karl Plöger, o presidente da Abigraf Regional São Paulo (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) e vice-presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

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