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29/08/2012 - 10:14

2º Congresso Brasileiro sobre HIV/Aids e Vírus Relacionados em Salvador

Especialistas internacionais discutem em Salvador desafios e perspectivas para combater a Aids.Com 800 novos registros em 2012, Bahia tem maior número de casos da doença no Nordeste; no ano, já foram 85 mortes no estado.

Salvador (BA)– Especialistas internacionais e de todo o Brasil estarão reunidos em Salvador entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro (quarta a sábado), para o 2º Congresso Brasileiro sobre HIV/Aids e Vírus Relacionados. O evento, realizado pela Fundação Baiana de Infectologia, irá discutir os principais avanços obtidos no combate à epidemia e o impacto das descobertas na prática clínica. Terá ainda duas atividades paralelas: o Summit sobre HIV, evento pré-congresso realizado pela MSD com o tema “Imagine o futuro além do vírus”, e o VII Simpósio sobre Avanços na Patogenia e Manejo da Aids.

Pautarão os debates assuntos como as complicações decorrentes da resistência ao tratamento para o combate à Aids e a importância do desenvolvimento e do acesso a novas opções terapêuticas para lidar com esse desafio. O assunto será o tema da conferência de abertura do congresso: Novas Drogas, Novas Classes e a Erradicação do HIV, proferida pela P.h.D. Daria Hazuda, vice-presidente mundial dos Laboratórios de Pesquisa da MSD, empresa empenhada na luta contra a Aids há mais de duas décadas e pioneira em soluções para o combate à epidemia.

Com mais de 20 anos de experiência na descoberta de novos medicamentos, a cientista foi responsável pelo desenvolvimento do primeiro e único inibidor da integrase aprovado, o raltegravir (ver quadro). A cientista também está à frente de importantes iniciativas anunciadas recentemente para o desenvolvimento de outras três opções terapêuticas para a Aids, entre elas, medicamentos eficazes contra cepas mutantes e resistentes do HIV.

A equipe liderada por Daria Hazuda também colaborou com estudo pioneiro sobre medicamento que se mostrou capaz de despertar e eliminar o HIV latente de células infectadas em humanos sem provocar toxicidades evidentes. O experimento forneceu provas persuasivas de que podem haver novas estratégias para o gerenciamento da infecção. "Acreditamos que esse é o primeiro passo crítico para o desafio de encontrar uma cura para a Aids. Estamos entusiasmados com essa pesquisa pioneira e continuamos esperançosos sobre seu potencial”, comemorou.

Outra questão que será discutida é o momento ideal para iniciar a terapia antirretroviral. No final de julho, a International AIDS Society recomendou o acesso precoce ao tratamento em função da disponibilidade de remédios com menos efeitos colaterais e da probabilidade de transmissão ser menor quando a carga viral torna-se indetectável, o que pode conter a propagação da epidemia. “Se os medicamentos que temos agora são realmente cada vez melhores e serão cada vez menos e menos tóxicos, talvez devêssemos colocar mais pessoas em tratamento”, avalia outro palestrante do evento, Anthony Mills, com atuação clínica reconhecida em Los Angeles (EUA).

Infectologista, homossexual e soropositivo assumido, ele costuma explicar para os pacientes que o diagnóstico positivo de Aids, hoje, não é uma sentença de morte, nem de grande impacto sobre suas qualidades de vida. “As novas drogas são, definitivamente, menos tóxicas e mais seguras.” Mills falará sobre sua experiência com soropositivos com alto risco cardiovascular no evento pré-congresso.

Os desafios de envelhecer com o HIV também serão ponto alto da discussão: além das doenças do coração, hepatites, diabetes, insuficiência renal, depressão e alterações ósseas são outros complicadores para o manejo da Aids. Essas comorbidades são uma realidade bem recente e preocupam médicos e pacientes, pois têm se tornando episódios comuns aos soropositivos e, muitas vezes, fatais. Decorrência de alterações do organismo sob o ataque do HIV e do próprio aumento na sobrevida do soropositivo (vivendo mais, torna-se perceptível a instalação de certos quadros), podem ser agravadas pelos efeitos colaterais das medicações.

“Já estão disponíveis no Brasil drogas mais modernas, altamente eficazes, com boa tolerabilidade e poucos efeitos colaterais”, esclarece o coordenador do congresso e professor da Universidade Federal da Bahia, Carlos Brites. Nesses casos, complementa, é necessária a avaliação de cada quadro de forma individualizada e a adequação do tratamento, com a administração de medicamentos que afetem o menos possível o organismo, daí a importância de incluir essa discussão no evento.

Ainda serão debatidos tópicos como o uso de antirretrovirais como forma de prevenção ao contágio e o impacto disso sobre a epidemia, após a liberação dessa estratégia nos Estados Unidos; o tratamento de crianças e de adolescentes e durante a gestação para erradicação da transmissão vertical e perspectivas futuras, entre elas a possibilidade de desenvolvimento de vacinas, para o enfrentamento à epidemia. “Contaremos com um seleto grupo de convidados que trarão as mais recentes atualizações nessas áreas, permitindo troca de informações, reciclagem de conhecimento e, em consequência, uma otimização do cuidado que podemos oferecer aos pacientes sob nossa responsabilidade”, finaliza Brites.

Como é o tratamento da aids no Brasil? A terapia para o combate à Aids é feita através de antirretrovirais, medicamentos que não eliminam o vírus, mas ajudam a impedir que o HIV se multiplique. Para isso, é necessário usar, pelo menos, três antirretrovirais combinados.

Classes de antirretrovirais -Inibidores da transcriptase reversa – atuam na enzima transcriptase reversa, responsável pela transcrição do RNA do vírus em DNA, possibilitando sua inserção no material genético da célula do hospedeiro. Tornam a cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. São eles: abacavir, didanosina, estavudina, lamivudina, tenofovir, zidovudina e a combinação lamivudina/zidovudina. Inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa – bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus. São eles: efavirenz, nevirapina e etravirina.

Inibidores de protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV. São eles: atazanavir, darunavir, fosamprenavir, indinavir, lopinavir/r, nelfinavir, ritonavir, saquinavir e tipranavir. Inibidores de fusão – impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir. É a enfuvirtida. Inibidores da integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. É o raltegravir*.

Quando é iniciado? O paciente nem sempre começa a tomar os antirretrovirais logo após o diagnóstico, ao contrário do que se possa imaginar. A avaliação é individualizada, mas, segundo diretrizes do Ministério da Saúde, o tratamento, para pessoas sem sintomas, começa apenas quando a contagem das células de defesa CD4 fica abaixo de 350 por mm3 de sangue. Há exceções, como gestantes, pacientes com hepatites, com mais de 55 anos ou com carga viral alta, entre outras condições, que pedem tratamento com 500 ou menos células por mm3. Pelo novo protocolo anunciado recentemente, no entanto, a prescrição ocorrerá para pacientes com HIV com contagem de CD4 igual ou inferior a 500 por mm3 de sangue. Além disso, casais sorodiscordantes (somente um dos parceiros é soropositivo) poderão começar a tomar o remédio em qualquer estágio, independentemente da contagem de CD4. [*Fonte: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais / Ministério da Saúde].

Perfil - Raltegravir, conhecido comercialmente como Isentress, é o inibidor da integrase fabricado pela MSD, indicado em terapia combinada para o tratamento da infecção por HIV em pacientes adultos virgens de tratamento ou não. O medicamento integra o coquetel contra Aids distribuído pelo Ministério da Saúde e é o primeiro e único de uma nova classe de antirretrovirais (inibidores da integrase), essencial para aumentar as possibilidades de tratamento do HIV/Aids. Funciona ao dificultar a integração do material genético do HIV ao DNA humano pela enzima integrase e demonstra atividade antiviral rápida. A inibição dessa função essencial limita a capacidade de o vírus se replicar e infectar novas células. Outros medicamentos para o HIV em uso inibem outras enzimas fundamentais para o processo de replicação do HIV – a protease e a transcriptase reversa.

Raltegravir é aprovado em terapia de combinação em mais de 45 países para uso em pacientes adultos com HIV que nunca haviam recebido tratamento e em mais de 90 países para uso em pacientes adultos com HIV que já receberam tratamento. E agora também tem indicação pediátrica nos Estados Unidos. O medicamento não cura a infecção pelo HIV. Os pacientes devem permanecer em tratamento contínuo para controlar a infecção pelo vírus e diminuir doenças relacionadas ao HIV.

Números no Brasil: 630 mil pessoas convivem com o HIV |.34 mil novos casos registrados por ano cerca de 12 mil mortes por ano |.250 mil pacientes recebendo medicamentos através do Sistema Único de Saúde.

.No Nordeste, de 1980 a junho de 2011: .78.686 casos de Aids =12,9% do total no Brasil.

.Maiores números de casos: • Bahia – 19.290 / 24,5% da região |• Pernambuco – 18.215 / 23,1% | • Ceará – 12.936 / 16,4%.

.Em 2010: 6.702 registros , sendo 19,6% das ocorrências do país.

.Maiores números de casos: • Bahia – 1.682 / 25,1% da região | • Pernambuco – 1.500 / 22,4% | • Ceará – 942 / 14,1% .

.No Norte, de 1980 a junho de 2011: 28.248 casos de Aids = 4,7% do total no Brasil.

.Maiores números de casos:• Pará – 12.532 / 44,4% da região | • Amazonas – 8.470 / 30,0%.

Em 2010: 3.274 registros |9,6% das ocorrências do país.

.Maiores números de casos: • Pará – 1.476 / 45,1% da região | • Amazonas – 1 .077 / 32,9%.

.No Sudeste, de 1980 a junho de 2011: 343.095 casos de Aids =56,4% do total no Brasil.

.Maiores números de casos:• São Paulo – 207.077 / 60,4% da região | • Rio de Janeiro – 84.197 / 24,5% | • Minas Gerais – 42.283 / 12,3% | • Espírito Santo – 9.538 / 2,8%.

Em 2010:14.142 registros | • 41,3% das ocorrências do país.

.Maiores números de casos: • São Paulo – 6.577 / 46,5% da região | • Rio de Janeiro – 4.504 / 31,8% | • Minas Gerais – 2.344 / 16,6% | • Espírito Santo – 717 / 5,1%.

.No Sul, de 1980 a junho de 2011: 123.069 casos de Aids =20,2% do total no Brasil.

.Maiores números de casos:• Rio Grande do Sul – 60.512 / 49,2% da região | • Paraná – 32.273 / 26,2% | • Santa Catarina – 30.284 / 24,6%

Em 2010:7.888 registros =23,1% das ocorrências do país

.Maiores números de casos: |• Rio Grande do Sul – 4.018 / 50,9% da região| • Paraná – 1.886 / 23,9% | • Santa Catarina – 1.886 / 23,9%.

.No Centro-Oeste, de 1980 a junho de 2011:35.116 casos de Aids = 5,8% do total no Brasil.

. Maiores números de casos:• Goiás – 12.588 / 35,8% da região | • Mato Grosso – 7.884 / 22,5% | • Distrito Federal – 7.741 / 22,0% | • Mato Grosso do Sul – 6.903 / 19,7%.

Em 2010: 2.211 registros = 7,5% das ocorrências do país.

.Maiores números de casos: • Goiás – 840 / 38,0% da região |• Mato Grosso – 527 / 23,8% |• Mato Grosso do Sul – 438 / 19,8% |• Distrito Federal – 406 / 18,4%.

.[*Fontes: Boletim Epidemiológico sobre DST/Aids e Hepatites do Ministério da Saúde, divulgado em Novembro/2011 e Secretaria Estadual de Saúde da Bahia].

.[ Pré-Congresso: Summit HIV – Imagine o futuro além do vírus e 2º Congresso Brasileiro sobre HIV/AIDS e Vírus Relacionados mais o VII Simpósio Sobre Avanços na Patogenia e Manejo da Aids, de 29 de agosto a 1º de setembro (quarta a sábado), em Salvador (BA), na Fundação Baiana de Infectologia | Site: http://www.aidsinbahia.com.br ].

Perfil - A MSD é líder mundial em cuidados com a saúde e trabalha para ajudar as pessoas de todo o mundo a ficar bem. Por meio de nossos medicamentos, vacinas, terapias biológicas, produtos de consumo e de saúde animal, trabalhamos em parceria com nossos clientes em mais de 140 países para oferecer soluções inovadoras na área da saúde. Também faz parte do nosso compromisso buscar alternativas para aumentar o acesso da população a nossos medicamentos e fazemos isso por meio de programas e parcerias em todo o mundo.

MSD no Brasil -Presente no Brasil desde 1952, a MSD conta com cerca de 2.300 funcionários no país, que respondem por todas as divisões globais da companhia: Saúde Humana, Saúde Animal, Produtos de Consumo e Pesquisa Clínica. Sua sede fica em São Paulo, e conta atualmente com seis unidades fabris, nas cidades de São Paulo, Barueri, Sousas, Cruzeiro, Cotia e Fortaleza. [ www.msdonline.com.br].

MSD X Aids -A MSD está empenhada na luta contra a Aids, há mais de duas décadas. Em 1988, pesquisadores do laboratório foram pioneiros ao demonstrar que a inibição da enzima protease impedia a replicação do HIV, vírus causador da doença. No ano seguinte, cientistas da MSD reproduziram, pela primeira vez, a estrutura dessa proteína. Especialistas ligados à companhia também foram os primeiros a demonstrar, in vitro e in vivo, a inibição da integrase, outra enzima atuante no processo de reprodução do vírus HIV. Atualmente, a MSD busca ativamente soluções focadas em cinco alvos distintos e possui diversos medicamentos em desenvolvimento. Desde a disponibilização do primeiro antirretroviral para o tratamento da Aids, a MSD vem investindo na ampliação do acesso a seus medicamentos, inclusive viabilizando parcerias para garantir que os benefícios cheguem aos pacientes.

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