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12/10/2007 - 09:48

Juruti começa a formar Conselho de Sustentabilidade

A proposta resulta de amplo debate com cerca de 80 representantes de vários segmentos da sociedade local em busca de um projeto de mineração sustentável na Amazônia.

Um espaço permanente de diálogo entre a Alcoa e as comunidades de Juruti. Essa é a proposta que está sendo estudada por um grupo de trabalho formado a partir da Oficina de Integração promovida pela empresa, entre os dias 25 e 27 de Setembro, reunindo cerca de 80 representantes do Poder Público, entidades de classe, movimentos sociais de pescadores, produtores rurais e de mulheres trabalhadoras, e instituições especializadas que desenvolver trabalhos pela Alcoa em Juruti, além dos profissionais da Companhia. O grupo de trabalho terá um mês para propor uma espécie de “Conselho de Sustentabilidade” composto por vários representantes da sociedade de Juruti para assegurar o acompanhamento constante da comunidade sobre ações empreendidas pela Alcoa em benefício do município.

Para muitos que estavam presentes na Oficina de Integração, a criação de um Conselho de Sustentabilidade significa a real possibilidade de se fazer um grande empreendimento de mineração sustentável na Amazônia. O evento teve a proposta de iniciar um processo organizado de diálogo sobre os diversos temas de interesse da população jurutiense, avaliando as possibilidades de integrar o planejamento e as ações propostas pela Alcoa - Planos de Controle Ambiental (PCAs), Agenda Positiva, gestão da obra e outros projetos socioambientais – e pelos diversos segmentos do município.

“A Oficina de Integração foi um divisor de águas em termos de diálogo social”, definiu o prefeito de Juruti, Manoel Henrique Gomes da Costa. Ele participou do evento acompanhado de titulares das secretarias municipais de Meio Ambiente, Obras, Cultura, Educação, Ação Social, Planejamento, Agricultura e Saúde, e alguns técnicos que compõem o secretariado.

Os participantes se dividiram em oito grupos temáticos (Agropecuária, Educação, Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Cultura, Infra-Estrutura e Saneamento, e Economia e Trabalho). Cada grupo estudou as possíveis formas de interação entre a Alcoa e as organizações governamentais e não-governamentais de Juruti. Por exemplo, a Alcoa, com a contratação de técnicos especializados, desenvolveu diagnósticos e planos especialmente voltados à conservação do manancial do Lago Jará; e a Prefeitura de Juruti também possui planos de ordenamento urbano e educação ambiental na área. Foram estudadas as formas de interação desses atores para somar os esforços e potencializar os resultados em benefício da comunidade.

Na avaliação do pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi, Wolmar Wosiack, oficinas como essa são de extrema importância, pois possibilitam que todas as instituições visualizem o que seus parceiros fazem e possam contribuir para o trabalho científico e social em favor da comunidade. Cada um dos PCAs, projetos socioambientais de instituições parcerias e a Agenda Positiva foram apresentados para os participantes da Oficina e Integração. O objetivo foi nivelar o conhecimento de todos e mostrar a dimensão das ações propostas pela Alcoa no município, abrangendo desde os monitoramentos ambientais que são requisitos legais, até a elaboração de indicadores de sustentabilidade junto à comunidade e a criação de um fundo para oferecer recursos para o desenvolvimento sustentável de Juruti.

“É importante estabelecermos um modelo de gestão. Costumo classificar as ações em curto prazo, que é a implantação da Mina, e em longo prazo, que é o futuro da região de Juruti e seus atores. A Alcoa não quer que seja criada uma dependência em torno do empreendimento. Pelo contrário, é preciso criar uma interdependência, para que o empreendimento funcione como uma âncora econômica da região e que a própria comunidade conquiste e construa suas condições de sustentabilidade”, argumentou Mauricio Macedo, gerente de Sustentabilidade e Assuntos Institucionais da Alcoa Mina de Juruti.

Integração -A Oficina de Integração deu ainda mais ciência à sociedade do que vem sendo executado no empreendimento e os programas de ordem ambiental, social e econômico. “Por isso reunimos parceiros novos, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), e antigos, como a CNEC Engenharia e o Instituto Evandro Chagas (IEC), de modo que as pessoas tenham o mesmo conhecimento sobre as atividades e saibam como tratar as questões em andamento, bem como promover a interação”, explicou Maurício Macedo.

Autoridades ambientais se manifestaram - Técnicas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) acompanharam os debates. A iniciativa foi aprovada pela analista ambiental do órgão licenciador, Célia Odete Nascimento. “Estamos diante de um grande empreendimento que causa grandes transformações. E temos aqui um ambiente democrático, que vislumbra esse processo de mudanças para que a Amazônia não sofra como já sofreu. O engajamento de instituições e representantes locais vai possibilitar essas mudanças”, avaliou.

Para o secretário de Meio Ambiente de Juruti, Expedito Repolho, foi estabelecida uma relação de confiança. “Assim, com todos conversando na mesma língua, é possível fazermos um grande trabalho em favor não só de Juruti, mas de toda a região e do País”, diz.

Sociedade de Juruti: representação própria - Em Juruti, além do Poder Público municipal (Prefeitura e Câmara dos Vereadores), também marcaram presença representantes da Associação das Mulheres Trabalhadoras de Juruti, Sindicato dos Produtores Rurais, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Colônia dos Pescadores Z-42, Conselho Tutelar, Associação Comercial e Empresarial de Juruti (ACEJ), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Movimento 100% Juruti e Associação dos Produtores Rurais Assentados no Socó I (APRAS). Também foram convidados Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho (Acorjuve), Subprefeitura de Juruti Velho e polícias Militar e Civil, e Associação dos Artesãos de Juruti. O evento foi voltado especialmente às instituições que representam a comunidade de Juruti.

Neto Vieira, presidente do Movimento 100% Juruti, diz ter sentido o interesse, por parte da Alcoa, de estar integrada à comunidade. “Isso sempre foi o que o Movimento quis. Fizemos manifestações, mas nunca fomos contra o empreendimento de mineração. O processo deve ocorrer desta forma, abrangendo todas as áreas, mas principalmente o meio ambiente, e promovendo a manutenção das comunidades. Essa interação está de fato ocorrendo. É uma vitória de todos.”

Para o presidente da Colônia de Pescadores Z-42, Francisco Souza, isolamento não é o caminho para a busca por soluções sociais. “Os representantes de entidades comunitárias devem buscar o conhecimento do que está acontecendo e firmarem parcerias para não ficarem à margem do desenvolvimento.”

Inclusão para valer - Participaram do encontro especialistas de empresas que executam os Planos de Controle Ambiental (PCAs), como a CNEC Engenharia, Terra Meio Ambiente, Instituto Evandro Chagas (IEC), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Scientia Consultoria Científica, e instituições parceiras que desenvolvem outros projetos socioambientais, como a Conservação Internacional, Fundação Getúlio Vargas (FGV), , Instituto Cidadania Empresarial (IEC), ONG Saúde e Alegria, Instituto de Estudos da Religião (ISER), Instituto Chico Mendes/Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN), Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e Museu Paraense Emílio Goeldi.

Perfil da Alcoa - Há 42 anos no Brasil, a Alcoa Alumínio S.A. é subsidiária da Alcoa Inc., líder mundial na produção e transformação do alumínio, que atua nos mercados aeroespacial, automotivo, embalagens, construção, transportes e no mercado industrial. A Companhia possui 123 mil funcionários em 44 países e foi nomeada, em 2007, pela terceira vez consecutiva, uma das empresas mais sustentáveis do mundo, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça. A Empresa também integra pela sexta vez o Índice Dow Jones de Sustentabilidade. A Alcoa é uma das fundadoras da Parceria Americana pela Ação Climática (United States Climate Action Partnership - USCAP), uma associação composta por importantes companhias e ONGs ambientais norte-americanas que lutam pela redução significativa das emissões de gases causadores do efeito estufa.

Na América Latina, a Alcoa conta com mais de seis mil funcionários e opera em seis estados brasileiros - Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina - incluindo uma nova mina de bauxita, que está sendo instalada em Juruti (PA). Possui operações também na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Venezuela. Além das usinas de Barra Grande e Machadinho, a Alcoa tem participação nos consórcios das hidrelétricas de Estreito, na divisa do Tocantins e Maranhão; e Serra do Facão, entre os estados de Goiás e Minas Gerais. A Empresa foi reconhecida no Guia de Boa Cidadania Corporativa 2006, publicado pela revista Exame, nas áreas de Valores e Transparência e de Governo e Sociedade.| Site www.alcoa.com.br.

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