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30/08/2012 - 10:28

Onde atuar para aumentar a produtividade agrícola?

Sabemos da demanda por aumento da produção agrícola, sem incorporar novas áreas. Portanto, é necessário elevar a produtividade. Mas, onde atuar prioritariamente?

Numa primeira aproximação, se considerarmos a produção total agregada de grãos, temos que as maiores produtividades ocorrem em 8 microrregiões, sendo 3 no Mato Grosso e 1 em cada um dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul. Cada microrregião tem cerca de 10 municípios.

Por outro lado, temos que 29 microrregiões têm grandes áreas de produção de grãos, não necessariamente em grandes propriedades, e apresentam baixa produtividade. Se elevarmos a produtividade desse grupo para o nível médio, o que significa mais que triplicá-la, teremos um aumento de 3,5% na produção total de grãos.

Se, por sua vez, atuarmos prioritariamente nas 62 microrregiões que também têm grandes áreas de produção de grãos (também não necessariamente em grandes propriedades), mas com média produtividade, elevando-a para alta, o que significa aumentá-la em 40-50%, teremos um acréscimo de 10% na produção total de grãos do país.

Os dados aqui rapidamente apresentados são agregados, mas já nos dão um esboço da importância do conhecimento da distribuição espacial da agricultura, base da gestão territorial. Esses cálculos precisam e podem ser feitos e detalhados para cada produto agropecuário e, assim, teremos condições de estabelecer regiões prioritárias de atuação na busca do aumento da produtividade de cada uma delas.

A agricultura é difusa no espaço geográfico e devido à sua distribuição e sua dinâmica, tanto temporal como espacial, a gestão territorial se impõe como instrumento de planejamento, implantação e acompanhamento das políticas públicas e de setores privados do agronegócio. Na agricultura, assim como em outros setores, a gestão territorial requer a capacidade de produzir e interpretar dados, geoestatísticas e mapeamentos, apresentados em estudos, relatórios e sistemas informatizados para o gerenciamento, tendo o espaço geográfico como base e referência.

CCAS -Conselho Científico para Agricultura Sustentável - CCAS é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicílio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.

O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.

Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.

A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado a disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça.

.Por: Claudio A. Spadotto, Gerente Geral da Embrapa Gestão Territorial e Diretor do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS).

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