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31/08/2012 - 08:40

Turistas retornando de férias podem importar sarampo para o Brasil

Cuidados especiais são importantes para impedir que a doença reapareça no país.

Com o fim das férias, é hora de voltar para casa. Os turistas que retornam ao Brasil depois de viajarem para o exterior (principalmente Europa e EUA) trazem as malas cheias de presentes e boas lembranças. O grande problema é que essas podem não ser as únicas “bagagens” que os viajantes carregam quando reingressam ao país de origem. Ao visitar outras nações e circular por diferentes aeroportos, onde transitam milhares de pessoas das mais diversas origens, o turista se expõe à transmissão do vírus do sarampo e pode importá-lo ser perceber.

Doença infecciosa viral de transmissão respiratória, o sarampo é muito contagioso e facilmente transmitido diretamente de pessoa a pessoa (ao tossir, falar e espirrar). “Os cuidados de prevenção contra a doença são essenciais, uma vez que a mesma pode ser particularmente grave em recém-nascidos e crianças com menos de um ano de idade e indivíduos portadores de imunodeficiências”, alerta a gerente médica da Vaccini – Clínica de Vacinação, Flavia Bravo. O sarampo, em alguns casos, evolui para complicações sérias e até mesmo fatais.

Turistas que retornaram de viagens ao exterior há menos de 30 dias podem ser potenciais portadoras do vírus. Além disso, quem não viajou pode ficar suscetível à doença através do contato com um viajante contaminado.

É fundamental notificar todo caso suspeito de sarampo. Isso é fundamental para impedir a circulação do vírus e possíveis epidemias no Brasil.

Quando suspeitar de um caso -O paciente que apresentar febre e exantema maculopapular com um ou mais destes sintomas: tosse; coriza abundante; conjuntivite e importante queda do estado geral deve procurar imediatamente o serviço médico. O paciente também deve informar o itinerário de sua viagem.

O vírus do sarampo pode ser transmitido de cinco dias antes do aparecimento das erupções cutâneas até cinco dias após o surgimento das características manchas avermelhadas.

Sarampo no Brasil -O país não apresenta circulação endêmica do vírus do sarampo há mais de dez anos. No entanto, esse vírus continua a circular em vários países e, por isso, existe sempre o risco de que um turista importe-o para o Brasil. Em 2011, por exemplo, a Europa teve mais de 30 mil casos registrados da doença. Milhares de pessoas foram hospitalizadas e complicações mais graves, como pneumonia e encefalite, também foram manifestadas. Em decorrência dessa situação no continente europeu, o ano de 2011 apresentou recorde de casos de sarampo nos países latino-americanos nos últimos dez anos. O Brasil teve 43 casos.

Em 2012, a circulação do sarampo se manteve restrita nos continentes europeu, asiático e africano. Apenas um caso foi registrado em território brasileiro. Enquanto isso, a Europa teve mais de 13 mil casos apenas entre os meses de janeiro e abril. A ocorrência de megaeventos esportivos, como a Eurocopa e as Olimpíadas de 2012, fez com que as autoridades reforçassem as orientações de vacinação aos viajantes.

Prevenção -Flavia Bravo explica que a melhor forma de evitar o sarampo é orientar os viajantes sobre a necessidade de estarem com a vacinação em dia antes de embarcar. “O indicado é que o viajante brasileiro que não recebeu anteriormente duas doses da vacina seja vacinado pelo menos 15 dias antes da data de partida. A vacina tríplice viral imuniza contra o sarampo, rubéola e caxumba.”

“Imunizar trabalhadores que atuam na área de turismo (em hotéis e restaurantes), assim como profissionais de companhias aéreas e motoristas de táxi, também é uma ótima maneira de contribuir para a redução da circulação do vírus”, finaliza a médica da Vaccini.

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