CNI defende redução de 10% a 15% na tarifa de energia elétrica

Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a energia no Brasil é muito cara, e o corte na tarifa prometido pelo governo ajudará a recuperar a competitividade da indústria.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse que uma redução entre 10% e 15% na tarifa de energia elétrica é um bom número para ajudar a recuperar a competitividade da indústria brasileira. A declaração foi dada nesta quinta-feira, 30 de agosto, no Palácio do Planalto, ao fim da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) em que a presidente Dilma Rousseff confirmou que a medida será tomada na próxima semana.

“A tarifa de energia elétrica no Brasil é muito cara”, criticou Andrade, que afirmou desconhecer qual o percentual de redução em estudo pelo governo. Dados da CNI informam que, ao custo médio de R$ 330 por megawatt/hora, a tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é a quarta mais cara do mundo - atrás apenas da italiana, turca e tcheca –, o triplo da tarifa dos Estados Unidos e Canadá e o dobro da cobrada na China, Coreia do Sul e França.

O presidente da CNI disse esperar um segundo semestre melhor para a indústria do que os seis meses iniciais do ano. Mesmo assim, previu um crescimento do setor, este ano, menor do que os 2%, projetados para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB). Andrade estimou que a economia do país vai se recuperar no próximo ano e o PIB deverá crescer 4%.

Parcerias - Em seu pronunciamento na 39ª reunião plenária do CDES, fórum que tem representantes do empresariado, trabalhadores e do meio acadêmico, a presidente da República agradeceu à CNI, por duas vezes, pelas parcerias com o governo federal.

Citou como exemplos da parceria o programa Ciência Sem Fronteiras, no qual a CNI está financiando seis mil do total de 100 mil bolsas de estudo no exterior, e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), de expansão da educação profissional, que tem no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) um dos principais executores.