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31/08/2012 - 09:16

A era do IPv6: Como garantir que dar este passo atenderá as expectativas do futuro?

Após anos de negociações e planejamento, a transição para a 6ª versão do Protocolo de Internet (IPv6) finalmente aconteceu mundialmente com o seu lançamento oficial em 6 de junho de 2012. Organizado pela Internet Society, o dia foi escolhido para que fornecedores de equipamentos e serviços ao redor do mundo pudessem disponibilizar o IPv6 em suas ofertas. O lançamento mal começou e especialistas já esperam que, no próximo ano, entre 10 e 15% dos dados utilizarão o novo protocolo.

O governo federal americano também estabeleceu suas metas. A partir de 30 de setembro de 2012, suas agências federais devem migrar seus serviços web para IPv6 e em um prazo de dois anos, a migração acontecerá com as redes internas e operacionais. Para facilitar a transição, os requisitos de teste do governo federal americano para IPv6 (USGv6) estão a disposição dos fornecedores de tecnologia para que eles possam demonstrar suporte às redes de IPv6 do governo, assim como demonstrar a sua interoperabilidade entre todas os componentes de rede de TI utilizados para construir, manter e assegurar a infraestrutura de TI de agências federais.

É inquestionável a necessidade da transição para o novo protocolo, uma vez que o IPv4 já se esgotou. O IPv6 disponibiliza mais de 340 trilhões de endereços que impulsionarão a economia global - conectando bilhões de pessoas e uma vasta gama da nova geração de dispositivos inteligentes, desde termostatos (que permitem o gerenciamento remoto) aos dispositivos móveis de comunicação (que suportam resposta rápidas com suporte integrado em tempo real de vídeo, voz e dados).

Pode-se dizer que com o lançamento oficial do IPv6, iniciou-se um período de transição para o IPv6. É necessário que empresas e órgãos públicos observem se as tecnologias utilizadas, mesmo certificadas para usar o IPv6, suportam o mesmo nível de efetividade, segurança e desempenho que a versão anterior do protocolo. Por isso, a consistência é essencial para atender as expectativas e manter essas tecnologias atualizadas.

Manter a consistência é, particularmente, muito importante quando falamos das tecnologias que ajudarão a proteger sua infraestrutura de IPv6. Não se pode dar o luxo de dar um passo para trás na eficácia, segurança ou desempenho, enquanto se dá um passo a frente ao atualizar a nova versão habilitada do IPv6.

Quando se trata da efetividade da segurança, devemos buscar soluções que: .Demonstram eficácia comparável em identificar e bloquear ameaças voltadas para ambientes de IPv6, assim para ambientes de IPv4;

.Cumpram políticas de segurança em torno das aplicações e tenham consistente controle de acesso no tráfego de IPv4 e IPv6;

.Reconheçam e protejam de mecanismos de Tunnelling, que enviam tráfego IPv6 para comunicar através de redes IPv4, durante esse período de transição em que os dois protocolos precisam ser suportados.

Quanto ao desempenho, é necessário entender se a solução: .Lida com o tráfego de IPv6 da mesma maneira que lida com o IPv4. Por exemplo, se ao acelerar o tráfego de IPv4, o sistema não aplica tecnologias de aceleração semelhantes ao tráfego da versão 6, resultando em grave degradação do desempenho;

.Demonstra interoperabilidade com infraestrutura de segurança de TI existente de acordo com as exigências de teste e certificações do governo federal dos EUA;

. Foi projetado para se adaptar à enorme quantidade de endereços IPv6 disponíveis para busca de vulnerabilidade e não se prender pelo volume de dados.

O IPv6 traz novas possibilidades de uso , novos recursos, novas redes e novos desafios de segurança. Como a infraestrutura continua a crescer o ritmo e complexidade dos ambientes de ameaças, aceleram a eficácia, segurança e desempenho consistente são fundamentais. As empresas precisam garantir que as soluções de segurança da TI utilizadas para IPv4 continuarão a satisfazer suas expectativas com a chegada do IPv6 e as possibilidades que esse novo protocolo traz para o futuro.

. Por: Ricardo Dias, engenheiro de segurança da Sourcefire e possui mais de 9 anos de experiência em tecnologia da informação, sendo 5 deles dedicados à Segurança da Informação.

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