Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

01/09/2012 - 08:52

22º Congresso Apimec: profissionais apontam as perspectivas do mercado de capitais

A comunidade de analistas e profissionais de investimento teve a oportunidade de participar de debate com profissionais do mercado de capitais brasileiro sobre os rumos do mercado de capitais brasileiro e as estratégias de investimento e gestão de carteiras. As discussões ocorreram durante o 22º Congresso Apimec, no dia 31 de agosto (sexta-feira), em São Paulo.

O moderador do painel, Geraldo Soares, superintendente de Relações com Investidores do Banco Itaú Unibanco e vice-presidente do Conselho de Administração do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores), iniciou a sessão questionando Mauro Cunha, presidente da Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais) sobre o impacto do ativismo do governo nas empresas brasileiras.

"A atuação do governo afeta o mercado de capitais em várias dimensões”, apontou Cunha. Na visão do executivo, a figura do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é um inibidor para que mais empresas acessem o mercado de capitais. "Se realizassem uma pesquisa no mercado indagando porquê as empresas não abrem capital, a resposta seria porque existe o BNDES”, destacou. O resultado desse ativismo, segundo ele, é um número menor de empresas no mercado local.

Ao comentar a questão, Lika Takahashi, estrategista da corretora do Banco Fator, disse que a "mão pesada” do governo não é uma exclusividade do Brasil e citou exemplos na Austrália e Rússia. "Isso não é natural, mas é a arma que os governos têm utilizado para minimizar os efeitos da crise”, complementou a explicação.

Soares indagou a Herculano Anibal Alves, diretor de renda variável da Bradesco Asset Management, quais são as perspectivas do mercado local com a dependência do investidor estrangeiro. "Se a economia brasileira crescer a níveis de 3% a 4%, acredito que mais empresas abrirão capital. As oportunidades estão aí”, comentou. Para o executivo, os investidores estrangeiros são parte importante e ensinaram muitas coisas. No entanto, como ressaltou, é preciso fomentar o mercado para os investidores internos – institucionais e pessoa física.

Jorge Simino, diretor de investimentos da Fundação CESP, reforçou a mensagem de que o cenário atual é diferente do passado, inclusive a velocidade com que as coisas estão acontecendo. "Existe um ranço cultural dos empresários brasileiros com relação à prestação de contas”, opinou. No que diz respeito ao investidor pessoa física, Simino afirmou que o caminho é longo e requer muita educação financeira.

A visão dos investidores foi retratada por Rafael Maisonnave, diretor da Tarpon, que elencou quais setores a Tarpon privilegia ao escolher opções de investimento. "Setores ligados ao mercado interno, como de alimentação, e também aqueles em que conseguimos entender a dinâmica do mercado”, revelou. Segundo ele, em tempos de incerteza, deve-se procurar histórias que ofereçam um pouco mais de certeza, ou seja, "ter o conforto da entrega de resultados”, finalizou. [www.congressoapimec.com.br].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira