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04/09/2012 - 08:16

Petrobras Biocombustível estuda projeto de produção de etanol em Moçambique


O diretor de Etanol da Petrobras Biocombustível, Ricardo Castello Branco, afirmou, no dia 29 de agosto (quarta-feira), que uma das condições para o etanol se tornar uma commodity global é que mais países passem a produzir. “Projeções apontam apenas duas grandes regiões produtoras em 2020: América do Norte e América do Sul. É importante alcançar a globalização da produção e ter mais regiões produtoras”, comentou o executivo no Seminário Etanol, realizado no Rio de Janeiro. Nessa linha, Castello destacou o projeto em estudo pela subsidiária na África, considerada um dos possíveis novos players para o etanol.

“Somos sócios da Guarani com uma usina de produção de açúcar em Moçambique e estamos avaliando o investimento para produção também de etanol com base no melaço”, comentou, acrescentando que o governo daquele país está legislando um mandato interno para mistura de etanol na gasolina.

O diretor acrescentou que os dados mostram uma oportunidade para o etanol brasileiro que dependerá do aumento da produção nacional. “Em 2020, a América do Norte deve ter um mercado de 80 bilhões de litros contra uma produção de 70 bilhões. O país tem uma janela para exportação e para isso vai precisar vencer desafios internos e aumentar a competitividade do etanol”, informou.

Segundo Castello, é importante retomar o perfil de crescimento da produtividade da cana e viabilizar o aumento da produção por hectare. “Trabalhamos para aumentar a eficiência industrial, pesquisamos o sorgo sacarino como alternativa para a entressafra, e temos como meta colocar em operação a primeira unidade de produção comercial de segunda geração da companhia já em 2015”.

Para o consultor do Instituto Datagro, Plínio Nastari, que participou do painel, a origem e desenvolvimento do etanol no Brasil veio da área de petróleo. “O álcool não teria se desenvolvido no País se não fosse a Petrobras, que colocou o produto em cada um dos postos de combustíveis”. Plínio salientou que está otimista com o setor e com a capacidade do etanol virar uma commodity. “Vivemos uma situação transitória que advém da crise financeira, que envelheceu os canaviais, e das condições climáticas, mas o ponto de inflexão já foi superado e se observa a recuperação do rendimento, o que deve trazer aumento de oferta”, avaliou Nastari.

Participaram ainda do painel “Etanol como Commodity Internacional”, Adriano Dalbem, diretor da BP Biofuels Brasil, e Teófilo Lacroze, diretor da Raízen. O seminário faz Programa Rio Capital da Energia, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro.

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