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12/10/2007 - 10:55

Abigraf funda regional na Paraíba

Estado possui 158 empresas gráficas, que empregam 1.531 pessoas. De 2001 a 2005, houve expansão de 103,5% no valor da produção gráfica, enquanto a média nacional no período foi de 33,5%.

O setor gráfico — considerado um termômetro da economia, pois a impressão de embalagens, notas fiscais, cartões de crédito e talões de cheque indicam fortemente tendências do sistema produtivo e de consumo — ganhará mais uma representante na Região Nordeste. Trata-se da inauguração da 18ª regional da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), desta vez na Paraíba. A cidade escolhida para abrigar a nova entidade é João Pessoa.

A cerimônia de inauguração acontecerá no dia 19 de outubro, às 19 horas, no Hotel Village, (Av. Epitácio Pessoa, 4851, Praia de Tambaú), e contará com a presença dos principais líderes gráficos do país, além de autoridades locais.

Fundada em 1965, a Abigraf Nacional tem sede na capital do Estado de São Paulo e reúne cerca de 4.600 associados. O edifício Cigraf – Centro da Indústria Gráfica abriga também as demais entidades que integram o Sistema Abigraf: Abigraf Regional São Paulo (Abigraf-SP), Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) e Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP).

A missão da Abigraf é representar oficialmente os empresários do setor de impressão perante o poder público e a sociedade, buscando seu fortalecimento e expansão mundial. Uma das mais atuantes entidades setoriais do país, seu trabalho se concentra nas ações de defesa dos interesses, definição de propostas mercadológicas, melhoria das relações de trabalho e promoção da qualidade nas indústrias que integram o parque gráfico nacional – aproximadamente 19 empresas, que geram cerca de 200 mil empregos diretos.

A entidade está representada no território brasileiro por meio de 17 Regionais, responsáveis pela gestão de necessidades e reivindicações das empresas sediadas nos demais estados da Federação. Na América Latina, atua em parceria com a Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), entidade que congrega associações de 15 países do continente.

O setor gráfico brasileiro é composto pos segmentos industriais, como fabricação de embalagens, etiquetas, envelopes, cadernos, impressos fiscais, impressos promocionais, impressão de formulários, impressão de livros, impressão de cartões magnéticos ou não, impressão em mídia externa e impressão digital. Destes, o segmento de livros ocupa o primeiro lugar no ranking do valor da produção, seguido por etiquetas e embalagens.

A indústria gráfica contribui significativamente para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro. A crescente produção de impressos de alta qualidade nos segmentos de livros didáticos, livros em geral, revistas e jornais, tem contribuído para a melhoria da educação e da cultura. Da mesma forma, as produções de embalagens e de material promocional têm sido igualmente importantes no favorecimento da comercialização de diversos setores da economia, contribuindo para o aumento da demanda agregada e, conseqüentemente, para o aquecimento da economia.

Em 2006, o setor acumulou receita de vendas da ordem de R$ 16,27 bilhões (US$ 7,57 bi), ante R$ 15,84 bilhões (US$ 7,14 bi) no ano anterior. Tal resultado representa 3,78% do total do PIB da indústria de transformação e 0,82% do PIB brasileiro.

No tocante ao mercado externo, as exportações atingiram US$ 268,60 milhões no ano passado, contra US$ 175,99 em 2005. As importações somaram US$ 212,46 milhões, enquanto em igual período do ano anterior o volume foi de US$ 180,22 milhões. O saldo da balança comercial foi US$ 56,14 milhões, ante resultado negativo de US$ 4,23 milhões em 2005.

Perfil da Indústria gráfica paraibana - O Estado da Paraíba ocupa uma superfície de 56.584 Km² e abriga uma população de 3.305.616 habitantes. Sua economia baseia-se na agricultura (principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, mandioca, milho e feijão), na indústria (alimentícia, têxtil, sucroalcooleira), na pecuária (de modo mais relevante, caprinos, na região do Cariri) e no turismo.

A participação do Estado no Produto Interno Brunto (PIB) foi de 0,8% em 2004, sendo que a agropecuária responde por 10,4% do total; a indústria por 33,1%; e os serviços por 56,5%. O PIB per capita foi de R$ 4.165 naquele ano, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

No que se refere às indústrias gráficas paraibanas, os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE/RAIS) informam que, no ano de 2005, o Estado tinha 158 estabelecimentos gráficos, um crescimento de 9% em relação ao ano de 2001. A expansão é inferior à média nacional, que foi de 13,5%. Mas representativa para o Estado.

O porte das empresas é menor em relação à média nacional, uma vez que cada indústria gráfica paraibana emprega em média 9,7 pessoas, ante 10,6 na indústria gráfica nacional. As maiores empresas estão localizadas nos municípios de João Pessoa e em Campina Grande, com 10,8 e 8,5 funcionários por empresa respectivamente. Apesar de o município de Conde concentrar apenas um estabelecimento gráfico (2005), é o maior do gênero no Estado, gerando 176 empregos diretos.

Quanto ao número de funcionários, o Estado empregou, em 2005, 1.531 pessoas na função. Isso representou um crescimento de 22% em relação a 2001, que é superior a média nacional de 9,1%, contribuindo assim, para o aquecimento da economia local. A renda média dos funcionários é bastante baixa para os padrões nacionais desta indústria, 66% dos empregados recebem entre 1,01 e 2,00 salários mínimos, enquanto a média nacional nessa faixa salarial é de 31%

Na comparação dos resultados do período 2001-2005 merece destaque o crescimento de 103,5% no valor bruto da produção industrial gráfica paraibana, superando o crescimento médio da produção gráfica nacional, que foi de 33,5% no mesmo período. Conseqüentemente, a participação do valor da produção gráfica paraibana saltou de 0,4% para 0,6% da produção gráfica nacional.

Com relação à balança comercial, de acordo com os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Estado da Paraíba, historicamente, tem sido importador de produtos gráficos. Em 2005, o Estado exportou US$ 6,1 mil e importou US$ 195,7 mil, acumulando assim um saldo comercial negativo de US$ 189,6 mil neste setor. | www.abigraf.org.br

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