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06/09/2012 - 10:08

O breakeven point entre ensino à distância e ensino em presença

O Break Even Point (BEP) é o ponto de equilíbrio que em economia representa o momento no qual a venda de um produto cobre os custos. Além do BEP, começa o ganho. Transportando este conceito no nosso argumento tentamos neste artigo descobrir o BEP entre ensino à distância e ensino presencial. Ou seja, a partir de qual fator vale a pena (ganho) realizar um curso e-learning ao invés de um curso presencial.

Existem dois fatores que norteiam a escolha entre um curso presencial e um curso e-learning: o fator didático e o fator econômico. O fator didático consiste em conhecer o que podemos realmente ensinar à distância e o que seria oportuno ensinar em presença.

Do ponto de vista didático precisamos considerar que o avançar da tecnologia sobre rede, nos consentiu de progredir muito.

Uma das principais desconfianças sobre a eficácia didática do e-learning sempre foi relativa aos cursos de caráter comportamental. Cursos nos quais preciso reproduzir ou simular um comportamento, uma habilidade ou uma emoção. Nestes casos, o aluno tem a necessidade de ver representadas e dramatizadas por outras pessoas comportamentos e emoções e precisa compartilhar o que aprendeu. Até alguns anos atrás transformar um curso comportamental com estas exigências em e-learning mantendo a eficácia didática, era muito difícil. Hoje com uma maior banda à disposição é possível desenvolver e-learning com vídeo, áudio, imagens e animações que dão suporte a uma explicação e que podem viajar sem problema através da rede.

Alem disso, com as ferramentas de comunicação disponíveis como videoconferência, fórum, chat é possível também realizar sessões de avaliação e de colaboração on-line, além de montar percursos de “social learning”. Sobram, todavia alguns casos nos quais o ensino presencial torna-se a escolha melhor, como para intervenções que requerem dialética política ou quando é preciso avaliar o “saber ser” de um estudante.

Do ponto de vista econômico é agora notório o fato que o e-learning represente uma economia nos investimentos de treinamento. Todavia não é sempre claro a partir de que número de usuários o e-learning torna-se economicamente conveniente. Para citar a literatura podemos dizer que a Brandon Hall, uma das maiores empresas privadas que conduz pesquisas autônomas sobre o e-learning relevou que em um arco temporal de três anos os custos do treinamento e-learning tiveram um trend descendente.

Alem disso, durante o período considerado pela pesquisa conduzida pela Brandon-Hall, os custos do treinamento presencial superaram de sete vezes aquele do e-learning. Um dos fatores que mais incide na escolha do e-learning do ponto de vista econômico, é representado pelos custos de transporte. Especialmente para realidades que têm funcionários disseminados em um amplo território nacional ou até internacional.

Nestes casos o e-learning é sempre conveniente economicamente.

Na Learnway realizamos uma pesquisa para estabelecer o break even point econômico entre um treinamento presencial e um e-learning ambos realizados sob demanda e sem considerar o fator transporte, ou seja para realidades que têm funcionários centralizados e sem necessidade de mobilidade para treinamento. Nestes casos calculamos que o BEP anual entre e-learning e ensino presencial está próximos dos 150 alunos por ano. No cálculo consideramos os custos de um curso presencial, como aula, material didático, instrutor, fator de não produtividade e desenvolvimento do curso. Também avalia-se os custos de um curso de e-learning, LMS, rede, instrutor, fator de não produtividade e desenvolvimento do curso.

Aí vão algumas dicas para avaliar a qualidade de um e-learning. Deve ser baseado em uma metodologia didática explicada e apresentada pelo fabricante; ter constantes momentos de interação motora e didática; ter mecanismos de fixação dos conceitos; ter numerosos mecanismos de retorno (feedback); comunicar uma sensação de desafio que não seja frustrante, mas nem tão simples de aborrecer o aluno; usar oportunamente os recursos gráficos e multimídia para cativar a atenção do aluno sem representar elemento de distúrbio do aprendizado; fornecer ferramentas focadas no objetivo do curso e no estudo do aluno; conter uma guia ao uso da navegação e conter uma guia ao estudo com sugestões para o melhor aproveitamento do curso.

.Por: Giuseppe Mosello, italiano de formação Humanística com foco em Sociologia e Ciência da Comunicação, trabalhou durante 20 anos em empresas de TI na Europa e nos EUA. No Brasil desde 2005, fundou a Learnway e criou a Cidade Virtual: a primeira rede corporativa do Brasil.[ http://redessociaiscorporativas.blogspot.com].

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