Mais do que pleno emprego

Tecnicamente, o termo pleno emprego é a situação em que quase o total das pessoas em idade e condições de trabalhar estejam empregadas. Mesmo nesse caso, o desemprego nunca é zero, devido ao tempo entre saída do trabalhador de um posto de trabalho e seu ingresso em outro. Esse panorama é o sonho de todo país. Atualmente, no clima desalentador do emprego no Brasil, há pelo menos um oásis - que se repete, aliás, em todo o mundo: o segmento de Tecnologia da Informação (TI). De acordo com os especialistas, o boom se deve ao crescimento econômico mundial, o que leva muitas companhias a expandir e investir em sistemas de informática.

No vestibular 2007 da Fuvest, por exemplo, a relação de candidatos por vaga nos cursos ligados à TI da Universidade de São Paulo (USP) não chegou a dez, enquanto em Publicidade e Propaganda essa relação chegava a 61.

"O CIEE mantém mais de 13 mil estudantes de TI em programas de estágio e, nesse momento, conta com cerca de oitocentas vagas abertas", informa Eduardo Sakemi, superintendente de Tecnologia e Logística do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). De acordo com ele, em 2006 treze mil organizações privadas e públicas abriram 42 mil vagas de estágio.

Aspectos positivos - No lado positivo, a qualidade da formação do profissional brasileiro atinge o mesmo nível técnico dos países desenvolvidos. "Temos alunos que saem do país e brigam em igualdade de condições com seus colegas dos locais para onde se mudam", conta Arlindo Neto Montagnoli, coordenador do curso de Ciências da Computação, do campus de Rio Claro/SP, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Entretanto, apenas ter o curso universitário não é garantia de que alguém se manterá empregado. "Ao contratarmos profissionais e estagiários, buscamos pessoas com disposição para continuar estudando, força de vontade, coragem para arriscar, além de conhecimentos em inglês e/ou espanhol", explica Miguel Ruiz, diretor da consultoria de Informática MRC.

Valor do treinamento - Estágio, na opinião de profissionais e professores, é uma das melhores formas de capacitação do futuro profissional. "Esse tipo de treinamento propicia a troca de informações com o mercado de trabalho, o que não temos condições de oferecer dentro do ambiente universitário e essa atividade nos ajuda muito", conta Montagnoli.

Que tal desenvolver uma pauta sobre o assunto. Podemos conseguir ótimas fontes para falar sobre os diferenciais exigidos de candidatos a estágio em TI e sobre como contar com estagiários tem sido uma excelente ferramenta de captação de novos talentos para empresas do setor.

CIEE - Fundado há 43 anos, o Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE é uma organização não governamental (ONG), filantrópica e sem fins lucrativos. Nessas quatro décadas, já inseriu por meio do estágio cerca de sete milhões de jovens estudantes no mercado de trabalho, contando com a parceria de 140 mil empresas e órgãos públicos. Mantido por empresas, sua atuação se pauta pela legislação específica para o estágio: a Lei 6.494/77 e seu decreto de regulamentação (87.497/82) | www.cieesp.org.br