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07/09/2012 - 09:53

Os novos rumos da economia italiana

Governo da Itália reforça compromisso com a retomada do desenvolvimento do país e discute as novas iniciativas de crescimento econômico, desafios e oportunidades com o Brasil.

Terceira maior economia da zona do euro e segunda potência manufatureira, a Itália colocou em prática uma estratégia concreta e progressista para a retomada do crescimento econômico no país. As medidas visam criar condições mais favoráveis para a internacionalização, o estabelecimento e a criação de novas empresas e a atração de investimentos estrangeiros.

Uma das principais diretrizes é o foco na exportação, particularmente para os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), grandes mercados emergentes que são caracterizados por taxas de desenvolvimento particularmente elevadas e com perspectivas de crescimento significativas. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países totalizou US$ 11 trilhões, o equivalente a 18% da economia mundial (dados do Ministério Brasileiro das Relações Exteriores).

Para a Itália, o Brasil representa um dos mercados prioritários no desenvolvimento das relações econômicas e comerciais. Atualmente, é o segundo maior parceiro comercial do Brasil na Europa e o oitavo no mundo.

No último ano, segundo a Secex, a corrente comercial dos países girou em torno de € 8,37 bilhões. Em 2011, a Itália exportou cerca de € 4,5 bilhões para o Brasil, tendo importado do mesmo cerca de € 3,9 bilhões. Dentre os principais produtos italianos adquiridos pelo Brasil, figuram as máquinas e equipamentos industriais, representando quase 50% do volume de importações, seguindo-se automóveis e produtos farmacêuticos. Já o Brasil, exporta para Itália basicamente produtos primários, como minério de ferro, café, pasta de madeira, peles e couros.

Cerca de 500 empresas italianas, num total de 700 estabelecimentos comerciais e industriais, têm presença direta no Brasil, número que triplicou nos últimos 10 anos. Além dos tradicionais grandes grupos, como Fiat, Pirelli e Telecom Itália, chama a atenção a forte presença de empresas de pequeno e médio porte, de vários setores.

Reforçando o interesse em estimular o comércio bilateral entre os dois países, o atual Ministro do Desenvolvimento Econômico, da Infraestrutura e dos Transportes da Itália, Corrado Passera, estará pela primeira vez no Brasil, de 18 a 20 de setembro de 2012.

Na ocasião, o Ministro realizará encontros com empresários e lideranças políticas do país. Na tarde do dia 19/09, profere palestra para empresários e autoridades governamentais sobre o tema “Brasil e Itália, desafios e oportunidades na atual conjuntura econômica mundial”, na FGV, em São Paulo.

Reformas-Nos últimos meses, a Itália passou por uma série de reformas e intervenções com o objetivo de tornar a economia do país mais eficiente e competitiva. Dentre as medidas, estão a reforma do mercado de trabalho, a liberalização dos mercados, a simplificação de processos e a aceleração da construção de grandes obras de interesse nacional.

As diversas diretrizes de reforma abriram uma série de ações que deverão ter continuidade e, posteriormente, serão aprofundadas junto ao planejamento definido pelo Governo. Os esforços já obtiveram posicionamento favorável por parte das grandes instituições internacionais, como a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia.

O desafio para os próximos meses será reforçar a estratégia iniciada, aumentando a eficiência, produtividade e competitividade e abrindo novas oportunidades de negócios e de trabalho. Igualmente, estímulo adicional será apresentado através do desenvolvimento de um ambiente propício para a criação de novas empresas e a facilitação de investimentos estrangeiros no país, de forma a favorecer a instalação de novas unidades produtivas internacionais em território italiano.

Segundo Corrado Passera, Ministro do Desenvolvimento Econômico, da Infraestrutura e dos Transportes da Itália, para retomar o crescimento, em um país como a Itália, torna-se necessário agir em todas as variáveis da competitividade. Afirmou ainda, que para alcançar o crescimento não existem atalhos, é preciso trabalhar com determinação.

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