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12/10/2007 - 11:28

WiMAX – a solução para o sonho da banda larga sem fio?

Aprender com os erros do passado é vital para o fortalecimento de um setor em que as mudanças se dão em um ritmo cada vez mais acelerado, como é o caso das telecomunicações. No Brasil, a privatização do setor, no final da década de 90, teve como um de seus pilares a universalização dos serviços, que tinha o objetivo de acabar de vez com a demanda reprimida.

No entanto, o modelo brasileiro foi todo pensado apenas para voz, e não para dados. Como conseqüência disso, a base de clientes de telefonia fixa - antes de se estagnar - expandiu-se significativamente nos primeiros anos após privatização, especialmente entre as classes C e D.

O acesso à banda larga, no entanto, que crescia expressivamente em todo o mundo, ficou estagnado no País, fazendo com que até hoje as discussões sobre inclusão digital para serviços públicos de educação, cultura e saúde continuem ocorrendo. Isso acontece porque o potencial de crescimento para o mercado de banda larga no Brasil é imenso e ainda há muita gente para ser incluída social e digitalmente.

Com a telefonia móvel, o crescimento da base de assinantes foi ainda mais impressionante: hoje são mais de 100 milhões de usuários. Porém, mais uma vez, o fenômeno ficou restrito às aplicações de voz. É só observarmos que quase 80% dos celulares do País são pré-pagos, usados essencialmente para receber chamadas telefônicas. Em termos de voz, a mobilidade é hoje uma realidade incontestável, mas, novamente, o modelo adotado não privilegiou a transmissão de dados.

Muitos acreditam que, no futuro, a transmissão de dados sem fio nos permitirá estar conectados em banda larga onde quer que estejamos. Com nossos dispositivos sempre ligados poderemos compartilhar informação, comprar e vender bens e serviços ou simplesmente nos divertir. Esta visão é bastante agradável e otimista, mas a verdade é que não se sabe ainda como faremos para chegar a ela.

Falando em alternativas tecnológicas, o 3G e o WiMAX têm sido apontadas como as principais alternativas de banda larga para as próximas gerações de redes móveis. No passado recente falava-se também na possibilidade de se utilizar redes WiFi outdoor com topologia mesh, mas a opção parece ter perdido força para as duas primeiras.

Em relação à 3G, o principal argumento favorável é que se trata de uma tecnologia a mais tempo no mercado, já tendo sido implantada na Europa e nos Estados Unidos. Contra ela pesa o fato de não ser barata e serem reportadas dificuldades para sua utilização com aplicações como vídeo streaming, por exemplo.

Com relação ao WiMAX, as experiências existentes até aqui com a versão disponível comercialmente, designada 802.16d, ou WiMAX fixo, indica que ela já se mostra uma alternativa excepcional para construção de abordagem a novos pontos, a chamada “última milha”. Nestes casos, é possível a abordagem de novos endereços em ciclos que variam de um a quatro dias, oferecendo serviços que permitem a construção de redes privadas (VPNs) com priorização de tráfego de acordo com as aplicações dos clientes, com velocidade de 2 até 20 Mbps. Tudo isto com uma relação custo-benefício que é de longe a melhor de todas às das demais tecnologias disponíveis hoje.

As expectativas também são muito grandes em relação à próxima versão da tecnologia (802.16e, ou WiMAX móvel) e à partir de sua disponibilidade comercial, que vai permitir sua compatibilidade para uso em dispositivos pessoais como handhelds e notebooks. Não é por acaso que a Sprint Nextel, terceira maior operadora de telefonia móvel dos EUA, decidiu investir US$ 5 bilhões até o fim de 2010 em uma rede WiMAX que cobrirá boa parte do país.

Outra empresa norte-americana, a ClearWire, atualmente operando com tecnologia proprietária, mas alinhada com o WiMAX móvel, também anunciou que vai continuar seguindo o mesmo caminho. Há inclusive uma parceria anunciada entre as duas empresas, para garantir a conexão e complementaridade entre as duas redes, que devem alcançar 100 milhões de pessoas. Desse total, a Sprint espera cobrir 70 milhões, ficando o restante com a Clearwire. Além disso, o FCC, órgão regulador dos EUA, anunciou a aprovação do primeiro cartão para banda larga voltado para notebooks, a ser oferecido pela ClearWire.

Seria um cenário factível termos a co-existência das tecnologias, que se complementarão e garantirão a realização da visão da banda larga em todos os lugares? Pode ser, mas existem ainda questões regulatórias a serem contempladas. Por exemplo, no Brasil observamos o atraso do governo em promover o novo leilão das faixas de freqüência de 3,5 GHz a serem utilizadas para o WiMAX. Quanto antes esse impasse for resolvido, melhor será para que a tecnologia ganhe escala, baixando os preços dos equipamentos e se tornando ainda mais atrativa para os usuários.

Dessa forma, mais que uma guerra entre tecnologias de banda larga, o que está em jogo são as potencialidades que podem ser oferecidas aos usuários. Estes, por sua vez, gostariam mesmo é de ter a possibilidade de utilizar dispositivos amigáveis a qualquer hora e em qualquer lugar para acessar Internet, conversar (VoIP), assistir a vídeos, acessar redes corporativas,etc. Isso nada mais seria do que a tão falada convergência, agora na transmissão de dados.

.Maurício Coutinho, presidente da Neovia. A Neovia - com grandes investimentos em equipamentos e infra-estrutura, a Neovia foi fundada em 2001 e iniciou suas operações em 2002. A companhia possui hoje uma rede totalmente baseada em tecnologia IP wireless e é pioneira na oferta comercial da tecnologia WiMAX. Seu foco é o mercado de transmissão de dados, corporativo e residencial, para o qual oferece serviços inteligentes e tecnologia de última geração, tendo como diferenciais: qualidade, preços competitivos, agilidade e operação através de rede própria.

A empresa possui também a maior área de cobertura sem fio no Estado de São Paulo, incluindo 52 municípios, na Grande São Paulo e nas regiões metropolitanas de São José dos Campos, Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto, onde oferece serviços de conexão Internet banda larga, VPN/IP, conexões dedicadas, serviços de valor agregado, VoIP e projetos especiais. No final de 2005, a Neovia adquiriu o controle da Directnet. A empresa possui hoje uma base de 35 mil assinantes e 5 mil pontos de presença no Estado de São Paulo, nas regiões metropolitanas indicadas.

Os principais acionistas da Neovia Telecomunicações são: - Vanguard - holding que concentra os investimentos dos fundadores.

- Intel Capital – criado pela Intel Corp., é um dos maiores programas de investimentos de capital de risco no setor de tecnologia no mundo. Sua missão é efetuar e acompanhar investimentos com bom potencial de rentabilidade, que apóiam os objetivos estratégicos da Intel Corp.

- Fundo REIF - FMIEE (Returning Entrepreneur Investment Fund – Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes) é administrado pela DGF Gestão de Fundos Ltda. Seus cotistas são o FUMIN / BID (Fundo Multilateral de Investimentos vinculado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID) ou MIF/IDB (em inglês) , o Sebrae Nacional, o Sebrae São Paulo e o Banco ABN AMRO Real. O fundo conta com onze investimentos totalizando R$ 22,0 milhões.

Fundo Stratus VC - fundo de investimento em empresas emergentes administrado pelo Grupo Stratus, que injeta capital em empresas com grande potencial de crescimento nos setores de tecnologia aplicada. Os principais investidores institucionais do fundo são BID, Banco Privado Português, Bovespa, FAPES, FINEP, Grupo PEBB, e Sebrae.

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