Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

12/09/2012 - 10:56

Crise silenciosa

Não é difícil entender por que em algum momento de nossas vidas chegamos a imaginar e a temer a ideia do quão devastador seria receber o diagnóstico médico de um câncer ou qualquer outra doença cardiovascular. Reportagens e artigos na mídia escrita, falada ou televisada sinalizam, constantemente, os elevados índices destas doenças em função dos desafios, estresse e padrões da vida moderna.

No entanto, imagine agora uma crise de saúde ainda mais arrasadora, ocasionada por doenças que raramente atraem a atenção da mídia, mas que em números já ultrapassam os casos de câncer ou problemas do coração: o formigamento dos pés, pernas ou a sensação de choque elétrico percorrendo a coluna em direção aos pés, podem ser os sintomas da paralisia causada pela esclerose múltipla; o cansaço extremo e a fraqueza incapacitadora associados a dores terríveis devido a inflamações nas juntas e outros órgãos, são alguns dos indícios da artrite reumatoide; dores excruciantes nas juntas, inflamações, erupções na pele e sintomas de gripe constituem os casos de lúpus eritematoso. Cada uma destas doenças degenerativas, com potencial de incapacitar, imobilizar e matar, se somam a outras quase cem enfermidades, todas, sob o nome genérico de "doenças autoimunes".

Mas o que são as doenças autoimunes e por que aumentaram de forma alarmante nas últimas décadas? O sistema imunológico do nosso corpo desempenha um papel incrível e complexo: reconhecer e ignorar todas as células e tecidos do corpo e, ao mesmo tempo, defender e destruir quaisquer invasores, células estranhas, vírus, bactérias e fungos. Esse fabuloso sistema de defesa do organismo é capaz de não somente nos proteger como também reconhecer e eliminar bilhões de diferentes infecções com as quais entramos em contato.

Quando tudo está em perfeito estado e funcionando, como uma espécie de máquina bem ajustada, o sistema imunológico ou o sistema de defesa do corpo é capaz de reconhecer a entrada de um vírus ou bactéria e iniciar uma verdadeira batalha para destruir o invasor. Desta forma, dentro de alguns dias conseguimos nos recuperar, por exemplo, de um resfriado. No entanto, é exatamente este mesmo sistema que embora tenha sido desenvolvido com a função de nos proteger, em algumas situações se volta contra o próprio organismo e começa a atacar e destruir as células, tecidos e órgãos, ocasionando assim as chamadas doenças autoimunes.

Os números são alarmantes e crescem no mundo inteiro: Comparativamente, a Associação Cardíaca Americana (The American Heart Association) estima que um em vinte Americanos terão doença coronária, e um em quatorze terão câncer em algum momento de suas vidas, segundo o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde (National Center for Health Statistics). Enquanto isso se estima que um em doze Americanos e uma em nove mulheres desenvolverão doença autoimune. Ora, isso significa dizer que é mais provável uma pessoa desenvolver algum tipo de doença autoimune do que câncer ou doença do coração.

No Brasil, embora não se saiba ao certo os números destas doenças a situação não é muito diferente. Somente a diabetes do tipo 1, outra doença autoimune que resulta da destruição das células beta do pâncreas, as quais produzem insulina, contribui com 5,6% da população, segundo dados do Ministério da Saúde.

Os motivos e as explicações para o aumento destas doenças estariam ligados a muitos fatores, entre eles não somente os poluentes do ar, água e solo, mas o acumulo desses contaminantes no corpo. Segundo pesquisa realizada com pessoas que não foram expostas a estes produtos químicos, ou no trabalho ou por residirem próximo a locais de emissão, foi encontrado, em cada participante, uma média de 91 compostos industriais, poluentes e outros produtos, incluindo inseticidas, dioxina, mercúrio, cádmio e benzeno. A variedade de produtos químicos acumulada no organismo dos indivíduos testados se deu, tão somente, devido às exposições comuns que estamos sujeitos diariamente. Em média, cada participante tinha no organismo um nível detectável de 53 produtos químicos conhecidamente imunossupressores, ou seja, produtos capazes de interferir no funcionamento do sistema imunológico.

Mas a quantidade de produtos químicos e poluentes com os quais entramos em contato diariamente não pára por aí. A situação e aumento das doenças autoimunes é tão dramática que de acordo com as palavras de um epidemiologista, "É um World Trade Center em câmera lenta, jamais notaríamos".

No entanto, um dia, as gerações futuras saberão e entenderão que este foi o legado deixado por nós: Um mundo poluído e doente! Será mesmo que compreendemos a abrangência e as implicações da chamada vida moderna, e o que isto acarreta não somente hoje, mas o que ocasionará para as gerações dos nossos filhos e netos?

.Por: Rosanne Martins, autora do livro Por que Sonhar Se Não Para Realizar?”, bióloga, certificada em Winnipeg em Grupos de Sucesso da autora Barbara Sher, graduada no programa de Coaching, Success Principal, de Jack Canfield e em curso avançado de Psych-K, técnica desenvolvida com o objetivo de mudar crenças na mente subconsciente. Recentemente certificou-se pela Escola de Self-Healing (Auto-Cura) em São Francisco, Califórnia e atua como Terapeuta e Palestrante Motivacional. Nasceu no Rio de Janeiro, reside em São Paulo e durante dez anos morou no Canadá. |Site: [www.rosannemartins.com.br].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira