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19/09/2012 - 06:41

Demanda por refino cresce em escala global e desafia o setor

Tido como a mola propulsora de crescimento de qualquer país, os desafios dos projetos voltados à refinação, ou o conjunto de processos destinados a transformar petróleo bruto em produtos adaptados às necessidades dos consumidores, foram tema de um dos painéis do segundo dia da Rio Oil&Gas.

Mediado pelo diretor de Abastecimento da Petrobras, José Cosenza, o encontro reuniu o diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Reliance, empresa indiana que administra a maior refinaria do mundo a Jamnagar --, Partha Maitra; o vice-presidente para Oriente Médio e Norte da África da Total, Olivier Alexandre; e Gil Nebeker, vice-presidente da IHS Consulting.

Aberto por Cosenza, o painel apresentou um cenário atual do setor de refinação de derivados no Brasil, que cresceu 35% no último ano, e revelou que o parque brasileiro de refino já é insuficiente para dar conta da demanda crescente.

De acordo com o executivo, a Petrobras aposta em quatro empreendimentos para suprir a exigência local: a Rnest (Refinaria do Nordeste), que já está 60% concluída; o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), cujas obras estão em andamento; e as refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará, que estão em análise e devem ser viabilizadas em breve.

Em seguida, Partha Maitra falou sobre o projeto da Jamnagar, que tem capacidade para produzir 1,5 milhão de barris por dia. Segundo ele, os novos empreendimentos de refino precisam ser grandes, para dar conta da demanda local e internacional, e bem planejados desde o início, para evitar custos com retrabalho ou redesenho.

Maitra entende que a globalização e a abertura dos mercados são elementos importantes para o sucesso desses megaprojetos. "Uma planta de refino é concebida para operar por 50 anos, por isso é importante buscar os insumos junto aos players líderes e consolidados de mercado, fator que garantirá menos manutenção durante a vida útil do empreendimento", afirmou.

Olivier, da Total, detalhou a parceria firmada entre a empresa e a Saudi Aramco na construção de Jubail, um complexo químico na Cidade Industrial de Jubail, na Arábia Saudita, cujo investimento total no empreendimento é calculado em US$ 20 bilhões.

Para ele, os estudos de viabilidade econômica, a divisão clara das etapas do projeto, a projeção de cenários futuros e a integração entre todos os profissionais envolvidos na construção são alguns dos fatores que garantem o sucesso da refinaria.

Gil Nebeker encerrou o painel destacando que a demanda mundial de refino deve chegar a 1,7 milhão de barris por dia até 2015. "Serão necessários investimentos de US$ 300 bilhões até 2020 e mais US$ 195 bilhões até 2030 para atender a essa demanda", projetou.

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