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20/09/2012 - 07:08

Presidente da Petrobras apresenta na Câmara Plano de Negócios e Gestão da Companhia


A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, participou no dia 19 de setembro (quarta-feira), e audiência pública conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados, em Brasília. Atendendo a convite dos deputados, Graça Foster apresentou em detalhes o Plano de Negócios e Gestão (PNG) da Companhia para o período 2012-2016, que prevê investimentos totais de US$ 236,5 bilhões.

Graça destacou o aquecimento da demanda por derivados, no Brasil, bem acima da média mundial, desde o ano 2000, em função do desenvolvimento econômico e social que o País vem experimentando. E reafirmou a necessidade de construção das refinarias que fazem parte do PNG 2012-2016, duas delas em obras e outras duas em fase de projeto.

Entre os US$ 71,6 bilhões de investimentos previstos na área de Abastecimento estão as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), com início de operação do primeiro trem (165 mil barris por dia) previsto para abril de 2015, e do segundo trem (300 mil bpd) para janeiro de 2018. Também em obras, com 62% de avanço físico, está a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, que começa a operar o primeiro trem (115 mil bpd) em novembro de 2014, e o segundo (115 mil bpd) em maio de 2015.

Outras duas refinarias, destinadas à produção de produtos Premium, estão sendo projetadas para serem construídas nos estados do Maranhão e do Ceará. A Premium 1, no Maranhão, terá dois trens de refino, cada um com capacidade para 300 mil barris por dia. O início de operação do primeiro trem está previsto para outubro de 2017, e o segundo deve entrar em atividade em outubro de 2020. A Premium 2, no Ceará, também com capacidade de 300 mil bpd, deve iniciar as operações em dezembro de 2017. "Se nós não construirmos o Trem 2 do Comperj e as Premiuns 1 e 2, vamos precisar importar, em 2020, pelo menos 1 milhão de barris de derivados por dia para atender à demanda interna", disse a presidente.

O diesel será um dos principais produtos dessas refinarias. O incremento da produção de gasolina está em fase inicial de avaliação e considera-se sua produção nas refinarias já existentes. "Não temos intenção de mudar os projetos em andamento para aumentar a produção de gasolina no País, queremos evitar novos atrasos nessas refinarias", disse a presidente. Graça Foster aposta no crescimento da produção de etanol para reduzir o ritmo de crescimento da demanda por gasolina.

Os investimentos mais volumosos, no entanto, serão feitos na área de Exploração e Produção (US$ 131,6 bilhões). "Nossa prioridade absoluta é aumentar a produção de óleo", revelou a presidente. A área de Gás e Energia terá investimentos de US$ 13,5 bilhões; a área Internacional, de US$ 10,7 bilhões; Distribuição, US$ 3,3 bilhões; e Biocombustíveis, US$ 2,5 bilhões.

A presidente detalhou os esforços exploratórios da Companhia, que entre 2000 e 2011 registrou crescimento de reservas e da produção de óleo muito acima da média mundial. A produção de óleo cresceu 73% no Brasil, contra 12% no mundo; a de gás natural teve um aumento de 61% no Brasil, contra 36% no mundo; as reservas de óleo e gás natural brasileiras no período aumentaram em 73%, as mundiais em 38%.

Entre 2005 e 2010, mais de 50% das descobertas registradas no mundo foram em águas profundas, sendo que o Brasil responde por 63% dessas descobertas. "Até agosto deste ano, notificamos à ANP 63 declarações de descobertas na área do pré-sal, com um índice de sucesso de 94% registrado em 2011", disse a presidente.

Atualmente, as reservas provadas da Petrobras são de 15,7 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), enquanto que os volumes potencialmente recuperáveis chegam a 15,8 bilhões de boe, levando a Companhia a um horizonte potencial de reservas de 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente.

Graça falou também sobre o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef), já em execução. "Há uma região da Bacia de Campos com áreas que já produzem há mais de 20, 30 anos. Trata-se de UO-BC. Estamos trabalhando fortemente para aumentar a eficiência operacional e recuperar a produção nestas áreas", informou a presidente, lembrando que, embora seja uma área madura, a Bacia de Campos terá óleo novo em 2013, com a entrada em operação de novas plataformas.

Reafirmando a política de preços adotada pela Companhia, a presidente Graça disse que, por princípio, a Petrobras não repassa instantaneamente a volatilidade do Brent às bombas. "Temos uma política de preços de médio e longo prazo", afirmou, lembrando que "a convergência de preços é uma busca constante da Companhia, assim como a manutenção desse grande mercado de derivados que temos no Brasil".

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