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20/09/2012 - 07:20

Brasil avança em índice de atratividade para investimentos

País ganha sete posições no ranking do estudo anual da escola de negócios IESE Business School.

São Paulo, 19 de setembro de 2012 - O Brasil subiu da 43ª para a 36ª posição no ranking do índice Global Venture Capital and Private Equity Country Attractiveness de 2012. O indicador é preparado anualmente pelo Centro de Finanças Internacionais da escola de negócios IESE Business School, em conjunto com a empresa de consultoria Ernst & Young.

O resultado significa que o país manteve a trajetória ascendente nesse índice, que mede a atração exercida pelos diversos países com relação a investimentos internacionais. De 2010 para 2011, o Brasil já tinha subido 14 posições.

A melhor posição do Brasil se deve, em parte, a avanços de caráter humano e social. Em termos de desempenho na educação e capital humano, por exemplo, o país avançou 10 posições desde 2008, passando do 84º para o 74º lugar. Houve avanço também com relação ao controle da corrupção, do 65º para o 58º lugar.

Em resumo, o país avançou em áreas como o tamanho da economia; índice de emprego, liquidez do mercado de capitais e segurança dos direitos de propriedade. Mas caiu em setores como taxação e inovação.

Os Estados Unidos lideraram o ranking, pelo terceiro ano consecutivo. Houve uma mudança no segundo lugar, com o Canadá passando a ocupar a posição do Reino Unido, que foi para a terceira colocação. Japão e Cingapura ocuparam o quarto e o quinto lugares.

Com relação a outras grandes economias emergentes, o Brasil ficou atrás da China, que aparece em 22º lugar, da África do Sul, em 28º, e da Índia, em 32º. Mas ficou à frente da Rússia, que aparece no 41º lugar.

Mais países-Uma importante novidade do índice deste ano foi a grande expansão do número de países examinados, que passou de 80 para 116. Refletindo o aumento da importância das economias emergentes, a maior parte dessa expansão ocorreu entre os países da África, que passou a ter 31 representantes, no lugar dos oito da edição anterior.

A equipe que realizou a pesquisa foi liderada por Heinrich Liechtenstein, professor de Gestão Financeira do IESE Business School. Participaram ainda o professor Alexander Groth, da Escola de Negócios EMIYON, da França, e Karsten Lieser, pesquisador associado do IESE Business School.

Fatores principais -Os seis fatores principais de atratividade considerados pelo estudo foram: atividade econômica; alcance do mercado de capitais; taxação; proteção ao investidor e à governança corporativa; ambiente social e humano; e cultura de empreendedorismo e oportunidades de negócios.

“Esta aparente simplicidade marca uma situação complexa”, afirma Liechtenstein na apresentação do trabalho. “Muitos fatores são resumidos para se chegar a uma composição única. Para um país atingir uma posição alta no ranking, precisa obter notas altas em todos os critérios”, explica.

O estudo levou em conta as mudanças em um período de cinco anos, a partir de 2008. A comparação demonstrou um aumento na atratividade das economias emergentes menores. Diversos países do Oriente Médio se destacaram. Tunísia, Marrocos, Arábia Saudita, Egito e Kuwait subiram pelo menos dez posições cada um, apesar dos efeitos da chamada primavera árabe sobre suas economias. Grécia, Islândia e Irlanda, atingidas pela crise da dívida soberana, caíram diversas posições.

Destaque para os Brics -O destaque, porém, continua a estar nas grandes economias emergentes – as dos chamados Brics, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. São países nos quais os investidores enxergam oportunidades para capitalizar o potencial representado pelo crescimento econômico acelerado, grandes populações e amplas oportunidades de novos negócios.

A China, especialmente, vem obtendo ótimos resultados na atração de capitais. O país apresenta condições econômicas sólidas, alta liquidez das ações e um comportamento firme no mercado de capitais. “A Índia segue logo atrás”, diz o professor, “enquanto o Brasil também melhorou substancialmente as condições para investimentos”.

O relatório vê também um firme avanço da África do Sul, graças a seus laços especiais com o Reino Unido “e ao estabelecimento de uma cultura legal e orientada para o mercado de capitais semelhante”, como explica Liechtenstein.

A pesquisa, porém, também demonstrou a existência de algumas reservas por parte dos investiu dores com relação aos Brics. Elas compreendem preocupações com relação aos níveis de governança corporativa e de proteção aos investimentos, altos índices de pedidos de propinas e corrupção e baixos investimentos em inovação e P&D corporativo. Esses fatores afetam principalmente a Rússia, que está ficando para trás com relação aos outros emergentes.

Há, porém, uma forte preocupação, também com o fato de as riquezas e do progresso criado pelo desenvolvimento muitas vezes ficaram confinados a algumas regiões e a pequenas elites. Sem uma ampliação dos benefícios gerados pelo progresso, adverte o documento, os Brics correm o risco de perderem atratividade se o ritmo de seu crescimento diminuir.

O IESE Business School está entre as dez melhores escolas de negócios do mundo e é pioneira em educação executiva na Europa desde sua fundação em 1958, na Espanha. Em 1964, lançou o Full Time MBA em dois anos, o primeiro com essas características na Europa, e conseguiu atrair estudantes do mundo todo. O IESE é uma escola global de classe mundial, com foco na pesquisa e excelência do ensino. Destaca-se por seu foco na direção geral, na utilização de métodos de caso, sua expansão internacional e ênfase ao colocar a pessoa no centro das tomadas de decisões. O IESE possui campus em Madri e Barcelona, além de um centro em Nova Iorque e escritórios em Munique e São Paulo. No Brasil, sua sede se localiza junto ao ISE Business School, em São Paulo, onde ministra o Executive MBA Brasil, programa exclusivo voltado aos executivos do país, além do Program for Management Development (PMD), Advanced Management Program (AMP) e o Global CEO Program (GCP), em parceria com a Wharton School e China Europe International Business School (CEIBS).[ www.iese.edu].

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