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ABDI e IPEA mostra crescimento da produção e emprego no Brasil

A produção física da indústria brasileira apresentou um crescimento de 0,8%, com ajuste sazonal, na passagem de setembro para outubro deste ano. É o que mostra a análise do Boletim de Conjuntura Industrial da ABDI / IPEA (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de dezembro. O boletim aponta que o patamar da produção de outubro se aproxima do nível recorde de agosto, após o recuo registrado no mês de setembro.

O mercado de trabalho em outubro manteve o ritmo de crescimento verificado ao longo deste ano, o que resultou na criação de 45.802postos de trabalho formais na indústria de transformação, um incremento de 0,70% em relação ao mesmo mês do ano passado. E a folha salarial real apresentou aumento de 0,1% frente ao mês anterior, com ajuste sazonal.

O Boletim também aponta que, no período de janeiro a outubro, as exportações cresceram a uma taxa de 17,3%, chegando a um valor de US$ 113,4 bilhões, e as importações tiveram 25,2% de crescimento, correspondendo a US$ 75,5 bilhões. Os produtos semimanufaturados continuam liderando as estatísticas de crescimento, com uma taxa de 21,9% no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano anterior.

O ingresso de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) líquidos totalizou US$ 13,62% bilhões no acumulado do ano, superando em US$ 1,12 bilhão o resultado do ano anterior na mesma comparação. O setor de serviços foi o destino preferido dos investidores. Esse setor absorveu, no acumulado do ano, 56,5% dos recursos e a indústria, 36,5%. Após queda em setembro, o volume mensal de crédito na modalidade recursos livres se recuperou em outubro, totalizando R$ 125 bilhões. Essa perspectiva positiva se soma à queda na inadimplência de 5,1% para 5,0%, retornando aos mesmos patamares de agosto.

O Boletim também traz uma nota especial sobre sobre a mensuração da produtividade no setor de serviços em relação ao setor industrial, inclusive,o acompanhamento da PITCE:

Produção Física: A produção física industrial cresceu 0,8% na passagem de setembro para outubro, com ajuste sazonal. No acumulado do ano, a indústria cresceu 2,9%. Emprego e Salários: Foram criados 45.802 postos de trabalho formais na indústria de transformação em outubro, crescimento de 0,70% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados do CAGED. No mês de setembro, a folha salarial real apresentou aumento de 0,1% frente ao mês anterior, com ajuste sazonal.

Comércio Exterior: As importações, no período de janeiro a outubro de 2006, apresentaram crescimento de 25,2%, correspondendo a um valor de US$ 75,5 bilhões. As exportações, no mesmo período, cresceram a uma taxa de 17,3%, chegando ao valor de US$ 113,4 bilhões. Os produtos semimanufaturados lideraram as estatísticas de crescimento, com uma taxa de 21,9% no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano anterior.

Investimento e Financiamento: No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros diretos (IED) líquidos totalizaram US$ 13,62 bilhões, superando em US$ 1,12 bilhão o resultado do ano anterior na mesma comparação. Após queda em setembro, o volume mensal de crédito na modalidade recursos livres se recuperou em outubro, totalizando R$ 125 bilhões. Essa perspectiva positiva se soma à queda na inadimplência de 5,1% para 5,0%, retornando aos mesmos patamares de agosto. Medidas da PITCE: A partir de Dezembro de 2006, os pedidos de registros de marcas serão feitos exclusivamente em meio eletrônico. Com isso, espera-se, reduzir drasticamente o tempo de concessão de marcas pelo INPI. O evento "Estratégias Regionais de Inovação e Política Industrial", realizado pela ABDI com apoio de entidades federais e regionais, foi realizado em Brasília, Belo Horizonte e Belém.

Produção Física: Houve aumento de 0,8% na produção física, com ajuste sazonal, na passagem de setembro para outubro de 2006. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do IBGE também apontam que o patamar da produção de outubro se aproxima do nível recorde de agosto, após o recuo registrado no mês de setembro.

Nos últimos 12 meses, o acréscimo foi de 2,7%, superior aos 2,3% na mesma comparação do mês anterior. A comparação com o mesmo mês do ano passado revela um crescimento de 4,8% enquanto que, no acumulado do ano, a taxa é de 2,9%.

O avanço no ajuste sazonal foi observado em 12 setores, dos 23 analisados pelo IBGE. O recuo no setor de veículos automotores, após expressivo recuo no mês anterior, obteve aumento de 6,2% na produção. O setor farmacêutico (3,5%) e de “máquinas e equipamentos” (1,8%) também apresentaram resultados positivos.

As maiores quedas foram registradas no setor de “material eletrônico e equipamentos de comunicação” (-10,3%), e “refino de petróleo e produção de álcool” (-11,8%), este último tendo registrado a quarta queda consecutiva.

A recuperação do setor industrial no mês de outubro é corroborada com a análise por categorias de uso. Os bens de consumo duráveis alcançaram a maior taxa positiva, de 3,2%, na comparação com ajuste sazonal, e de 6,9% no acumulado do ano. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a taxa é de 12%. Por suas características de agregação da cadeia produtiva, trata-se de um resultado importante. A produção de bens de capital, por sua vez, cresceu 5,5% no acumulado do ano, bem acima da média da indústria. Por outro lado, a queda de 1,6% em bens de capital, na comparação com ajuste sazonal, não pode ser desprezada.

Média Móvel Trimestral Indústria de Transformação fornecido pelo IBGE: Na comparação com outubro de 2005, apresentaram crescimento significativo: “eletrodomésticos da linha branca” (20,3%), “automóveis” (13,6%) e “máquinas e equipamentos” (11,2%). Os dois primeiros possuem alto encadeamento na indústria na medida em que impactam positivamente a cadeia produtiva. O último é um indicador de investimentos em capacidade de produção.

O setor de bens de capital para fins industriais cresceu 9,3%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esse aumento foi apoiado em dois importantes sub-setores: o de bens de capital para uso misto (20,8%) e para fins industriais (24,3%). Os bens de capital para fins agrícolas, com queda de 13,1%, completam vinte e seis meses consecutivos de resultado negativo. A produção de bens seriados acumula aumento de 2,0% nos últimos doze meses e os bens não-seriados, de 6,3%.

Na construção civil, a quantidade de novas vagas sofreu redução drástica no mês de outubro e a produção de bens de capital para construção cresceu pouco (0,9%) na comparação com outubro de 2005, possivelmente em função do período de chuvas e do final de um ciclo de obras públicas. Porém, outros indicadores apontam para uma perspectiva positiva no setor. O nível de produção de cimento e clínquer cresceu 7,65% na comparação com outubro de 2005. Na mesma direção, o PIB da construção civil no 3o. Trimestre, divulgado pelo IBGE, aponta para um crescimento de 5,5% em relação ao trimestre anterior.

Emprego e salários: No mês de outubro, em relação a setembro, foi registrado aumento do pessoal empregado. No mês, houve uma elevação de 0,47% que corresponde a criação de 129.795 postos de trabalho, como mostra o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED – do Ministério do Trabalho e Emprego.

A indústria de transformação apresentou taxa de crescimento de 0,70%, equivalente a 45.802 novos trabalhadores. No setor de serviços foram criadas 55.776 vagas, no comércio 55.638, e na construção civil 723 empregos foram criados.

Dentre os setores da indústria de transformação, merecem destaque os seguintes setores: produtos alimentares (9.693 vagas criadas), têxtil e vestuário (8.364 vagas criadas), química, produtos farmacêuticos e veterinários (6.533), calçados (5.408) e metalurgia (4.432). O aumento de 0,7% na indústria de transformação ficou levemente acima do registrado em outubro de 2005, quando houve expansão de 0,42%.

No acumulado do ano (janeiro – outubro), houve acréscimo de 6,37% no emprego formal na indústria de transformação, equivalente a 392.446 contratações. Já nos últimos 12 meses houve aumento de 3,87% o que representa 244.359 novas vagas.

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salários (PIMES – IBGE), houve aumento de 0,4% no emprego da indústria de transformação no mês de setembro, comparado a agosto, após ajuste sazonal.

Quando a base de comparação é o mesmo mês do ano passado, foi registrado crescimento de 0,1% na variável. No acumulado do ano houve uma leve retração de 0,3%. Já nos últimos 12 meses, o pessoal ocupado acumulou retração de 0,4%.

Pessoal Ocupado Assalariado Folha de Pagamento Real também de acordo com o IBGE - No que concerne à folha salarial real, em setembro, houve um pequeno avanço de 0,1% na comparação com agosto. Frente ao mesmo mês do ano anterior, o aumento foi de 1,8%. No acumulado do ano houve aumento de 0,8% e, no acumulado dos últimos 12 meses, 1,0%.

Por sua vez, no mês de setembro, as horas pagas aos trabalhadores da indústria cresceram 0,6%, em comparação a agosto, na série dessazonalizada. Frente a igual mês de 2005, a variável apresentou crescimento de 0,3%, no acumulado do ano houve redução de 0,1% e, nos últimos 12 meses, a redução foi de 0,2%.

Comércio Exterior - No período janeiro a outubro de 2006, as exportações brasileiras atingiram US$ 113,4 bilhões, enquanto as importações, US$ 75,5 bilhões. Quando comparados ao mesmo período de 2005, representam taxas de crescimento de 17,3% e 25,2%, nessa ordem. Somente no mês de outubro, o valor exportado alcançou US$ 12,7 bilhões e o valor importado, US$ 8,7 bilhões.

Para o mês de novembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, os resultados preliminares indicam um crescimento de 10% nas exportações e 29,1% nas importações, considerando os valores de US$ 11,9 bilhões e US$ 8,6 bilhões, respectivamente para essas vendas.

Desempenho das Exportações por Classe de Produtos (US$ Milhões) de acordo com o SECEX e MDIC - As exportações dos produtos semimanufaturados foram as que tiveram maior crescimento (21,9%), seguidos pelos produtos básicos (17,7%). O crescimento das exportações se deveu em grande parte à elevação no preço dos produtos. O índice de quantum, que informa o crescimento na quantidade de produtos exportados, cresceu pouco quando comparado ao índice de preço, este último impulsionado pelo aquecimento da demanda mundial.

Com relação às importações por categoria de uso no período de janeiro a setembro de 2006, contra igual período do ano anterior, vale ressaltar o significativo aumento de 55,64% nos bens de consumo duráveis. Já em termos absolutos, destacam-se as matérias-primas e intermediários, seguido pelos bens de capital, que representam, respectivamente, 49,82% e 20,72%.

Importações por Categoria de Uso em US$ Milhões - O aumento de 141,5% nas importações de automóveis contribuiu de maneira decisiva para o incremento no segmento de bens duráveis. Outra contribuição importante foi a do setor de máquinas e aparelhos de uso doméstico, que registrou aumento de 66,3%. A categoria de bens de capital apresentou comportamento mais homogêneo. As importações de maquinaria industrial, por exemplo, cresceram 26,3% enquanto que as aquisições de equipamento móvel de transporte cresceram 36,3%.

Investimento e Financiamento - Os investimentos estrangeiros diretos (IED) totalizaram US$ 1,72 bilhões em outubro e US$ 13,62 bilhões no acumulado do ano, superando os US$ 12,48 bilhões registrados em igual período do ano passado. Dos ingressos de outubro, US$ 1,42 bilhão se referem a participações acionárias e US$ 295 milhões a empréstimos intercompanhias.

A distribuição setorial dos ingressos em participação acionária não sofreu alterações que mereçam destaque, tendo o setor de serviços como destino preferido dos investidores. No acumulado do ano, este setor absorveu 56,5% dos recursos e a indústria, 36,5%.

Os créditos na modalidade recursos livres se recuperaram em outubro, após a queda verificada em setembro. Os empréstimos totalizaram R$ 125 bilhões, que representa um acréscimo de 6,3% em relação a setembro deste ano e de 14,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Esse aumento ocorreu tanto no segmento de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas. O quadro positivo se completa com a queda na inadimplência, após dois aumentos consecutivos. A inadimplência caiu de 5,1% em setembro para 5,0% em outubro. Esse percentual é de 7,6% no segmento de pessoas físicas, e de 2,7% no segmento de pessoas jurídicas.

Acompanhamento das medidas da PITCE - Em setembro deste ano, começou a funcionar o novo sistema eletrônico e-marcas, do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. Por meio dele, é possível efetuar os pedidos via internet. Com o novo sistema, a meta do INPI é reduzir o prazo do exame de um pedido de marca em mais de 80%, dos atuais seis anos para menos de 12 meses. A partir de 1º. de Dezembro de 2006, os pedidos de registros de marcas e outras petições referentes aos serviços prestados pela Diretoria de Marcas devem ser obrigatoriamente feitos no formato eletrônico.

O Projeto de Lei, de autoria do Poder Executivo, sobre o registro de empresas (PL 4345/2004) destina-se a melhorar e simplificar as condições para a abertura, alteração e fechamento de empresas, reduzindo prazos, custos e burocracias, tendo como objetivo final a redução da informalidade e aumento da competitividade da economia brasileira.

Já foi apreciado pelas Comissões de Constituição e Justiça e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados sendo aprovado por unanimidade. Como tem havido unanimidade em relação às propostas, pode-se prever que o projeto estará pronto para deliberação no Senado a partir de meados do mês de novembro. Entre os dias 17 e 25 de outubro, três capitais brasileiras sediaram o evento "Estratégias Regionais de Inovação e Política Industrial", realizado pela ABDI, com apoio de entidades federais e regionais, além da CEPAL, ligadas ao fomento do desenvolvimento industrial e à inovação.

Iniciativa reúne dois projetos da Agência: o Inova Brasil e os Cursos de Formação de Agentes em Política Industrial. A idéia é concentrar a ação da Agência nos estados, mobilizando os atores locais e aproximando as instituições ligadas ao desenvolvimento industrial e à inovação dos agentes que utilizam os instrumentos da PITCE.

O Profarma - BNDES, desde seu início em março de 2004 até outubro de 2006, contou com 44 operações em carteira totalizando R$ 782 milhões em financiamentos que viabilizaram um investimento total de R$ 1, 562 bilhão. Em igual período, no âmbito do Prosoft - BNDES, existem 114 operações em carteira que correspondem a um montante de financiamento de R$ 454 milhões. O Cartão BNDES, por sua vez, acumulou desde março de 2003 até outubro de 2006, 559 operações relativas a software, com financiamentos da ordem de R$ 10,6milhões. No total geral relativo ao setor de software foram 673 operações contratadas até outubro de 2006 no valor de R$ 464,8 milhões.

Conclusão: A produção na indústria se recuperou em outubro, apresentando crescimento de 0,8% com ajuste sazonal após o recuo de setembro. A indústria mantém, portanto, uma trajetória de crescimento moderado com oscilações.

O setor de bens de consumo duráveis foi o destaque positivo do mês, impulsionado pelo bom resultado na produção de automóveis e eletrodomésticos da linha branca. Em termos relativos, as importações continuam crescendo em ritmo superior às exportações ainda muito dependentes do aumento de preços. | Por: Francisco Luna e Luiz Bahia (IPEA)/Rogério Araújo (ABDI).

. No Canal Perfil deste Portal o leitor poderá ter acesso a uma análise sobre este boletim.

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